quinta-feira, 27 de junho de 2013

A greve no sector público

Sendo a greve o último instrumento de luta contra os patrões, uma  greve do sector público é uma greve contra os cidadãos. Mormente num regime democrático, como o português, uma greve do sector público é uma greve, não contra o governo, qualquer governo, mas contra os portugueses. Causando-lhes prejuízos e privando-os de um serviço que compram e pagam através dos impostos, sem direito a qualquer desconto.  
Uma greve política, pois tem como objectivo mudar o governo, como hoje os dirigentes sindicais muito têm referido. Mas é aos cidadãos que assiste o direito de mudar governos, em eleições, não aos trabalhadores do estado, fazendo greve. 
Felizmente que há muito mais gente a trabalhar no sector privado. A trabalhar, pois a greve, salvo casos esporádicos, não passou por lá. São eles que ainda vão sustentando os grevistas e o país.
PS: Nada de confusões entre o que se passa e o direito inalienável à greve. Não ao brincar à greve. Porque, se se precisar verdadeiramente dela, já está há muito desacreditada.  

10 comentários:

  1. Precisamente: o mesmo que argumentava aqui há poucos minutos!...
    Estou cansado do PM e ainda mais do MF, mas uma greve com o objetivo de os correr não lembra a ninguém...

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  2. LOBBYS PATRONAIS E LOBBYS SINDICAIS UNIDOS:
    - ambos, nas suas negociações com os governos, QUEREM MANTER O CONTRIBUINTE DE FORA… de facto, os mafiosos dos lobbys patronais (e dos lobbys sindicais) não querem que QUEM PAGA (vulgo contribuinte) possua o Direito de Vetar negociatas…
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    --->>> O contribuinte não pode andar constantemente a correr atrás do prejuízo: BPN, PPP's, etc, etc, etc.
    !!!...DEMOCRACIA SEMI-DIRECTA...!!!
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    Dito de outra forma:
    -> Não seja cúmplice dos 'Políticos Carta Branca': os políticos que querem carta branca para continuar a estoirar milhões e milhões em endividamento...
    -> Apoia os 'Políticos Disponíveis para serem Fiscalizados' (pelo contribuinte): "O Direito ao Veto de quem paga".
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    ---> É uma 'regra' da democracia:
    - Um ministro das finanças que dê abébias a certos lobbys tem a vida facilitada... pelo contrário, um ministro das finanças que queira ser rigoroso, tem de enfrentar uma (constante) tempestade política.
    ---> Mesmo depois de já terem sido estoirados mais de 200 mil milhões em endividamento... os 'Políticos Carta Branca' querem estoirar mais: eles continuam a falar em mais e mais despesa... NÃO ENQUADRADA na riqueza produzida!?!?!
    -> Mais, para os 'Políticos Carta Branca' já se vislumbra uma luz ao fim do túnel: "implosão da soberania, ou o caos" - federalismo...
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    ---> Por um sistema menos permeável a lobbys, os 'Políticos Disponíveis para serem Fiscalizados' (pelo contribuinte) farão uma gestão transparente para/perante cidadãos atentos... leia-se, são necessários melhores mecanismos de controlo... um exemplo: "O Direito ao Veto de quem paga" (vulgo contribuinte): ver blog 'fim-da-cidadania-infantil'.
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    O CONTRIBUINTE TEM QUE SE DAR AO TRABALHO!!!
    -> Leia-se: o contribuinte tem de ajudar no combate aos lobbys que se consideram os donos da democracia!

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  3. Caro Pinho Cardão, importa acrescentar que a greve se estende à AR - as bancadas do PCP, do Bloco de Cimento e Verdes estão vazias, dizem as notícias, por causa da greve.
    Assim, é forçoso concluir que uma parte do sector privado aderiu à greve: concretamente, o sector privado de senso!

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  4. Em dia de greve geral, de repetidos anúncios de um “país paralisado”, recordar este facto: Mais de quatro quintos dos trabalhadores do País (82,4%) nunca aderiram a uma paralisação.
    http://jornalismoassim.blogspot.pt/2013/02/o-wishful-thinking-das-redaccoes-vs-o.html

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  5. Caro Pinho Cardão,

    Chapelada.

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  6. Se não fosse o dr. Pinho Cardão a "explicar" o que é uma greve e quando é que deve ser feita (nunca!), como é que os trabalhadores seus dependentes haviam de saber?

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  7. Caro Pinho Cardão, não vejo qualquer vantagem em se alimentar essa "guerra" entre o sector público e o sector privado, como se uns fossem fantásticos e os outros um monte de inúteis. É profundamente injusto para quem trabalha no sector público, ninguém gosta de ser humilhado e desconsiderado assim na generalidade. Se o sector público fosse realmente como o querem fazer passar pode crer que muitos cidadãos estariam bem pior, na minha opinião o sentido de dever ainda prevalece, felizmente, e apesar de tudo. Por isso, caro amigo, discordo profundamente do modo como se avalia uma greve com base nos elementos que apontou, discordo e acho que é perigoso. Com muita amizade, aqui fica a minha discordância.

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  8. Regime democrático Pinho ? tás a brincar . Uma brincadeira de muito mau gosto.
    Um regime socialista escroto pseudo democrático queres tu dizer ?

    Os políticos e muitos pseudo jornalistas deveriam receber uma visita de algum sucedâneo de Robespierre.

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  9. Caro antónio m. p.

    Os trabalhadores não precisam de explicação, sabem muito bem quando fazer greve. Por isso, é que ontem a maioria foi trabalhar.

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  10. Cara Suzana:
    Porventura, ter-me-ei explicado mal, porque nunca tive qualquer intenção de pôr trabalhadores do público contra trabalhadores do privado. Nem, relendo o texto, julgo que tal interpretação lá caiba. O que me limitei a descrever foi que a greve dita geral foi apenas uma greve no sector público, ou melhor, em parte do sector público. Porque o sector privado funcionou praticamente na totalidade. Ora isto não é pôr alguém contra alguém. Admito todavia, sem qualquer esforço, que houve quem pusesse trabalhadores contra trabalhadores, mas aí estou inocente.
    Com toda a mizade, que é imensa, uma discordância não faz mal nenhum!...


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