Vêem o que não vêem; outros,
fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.
Em que vivemos, morreremos. Colhe
O dia, porque és ele.
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.
Por que tão longe ir pôr o que
está perto-
A segurança nossa? Este é o
dia,Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.
Perene flui a interminável
hora
Que nos confessa nulos. No mesmo
haustoEm que vivemos, morreremos. Colhe
O dia, porque és ele.
ricardo reis
É difícil fruir o momento sem trazer o passado que nos fez chegar ao que somos e sem olhar o futuro que não se vê mas que preenche os nossos sonhos. Cada momento é feito de fatalidade e de esperança, de aceitação e de ambição, daí a capacidade de o fruir plenamente, ou de hesitar nisso.
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