segunda-feira, 22 de julho de 2013

"Vida longa eu lhe darei, e lhe mostrarei a minha salvação." Salmos, 91:16 (I)

A maioria dos comentadores e analistas continua a discorrer sobre quem ganhou ou quem perdeu com a crise política e com o desfecho das negociações entre os partidos. Ontem, na habitual prédica dominical, o Professor Marcelo opinava que a crise por um pouco não era mortal para o líder do PS; que os líderes do PSD e do CDS PP milagrosamente resuscitaram ao 3ª dia.
O que continua a interessar parece ser a política pequena, feita de fait divers, de afetividades e cumplicidades, de farpas, de construção de factos políticos e de calculismos. Poucos, muito poucos, são os líderes de opinião que se preocupam com a morte do País e com a impossibilidade de ressureição se continuarmos o caminho da divergência quanto ao que é essencial. Poucos parecem ser os que ouvem as palavras e aceitam como boas as motivações do Presidente da República.
Neste clima de endógena conspiraçãozinha à portuguesa - clima que constitui o abono de família de muitos -, faça-se o justo registo das exceções: os parceiros sociais, CGTP excluída, naturalmente. É de sublinhar o elevado e patriótico sentido de responsabilidade dos seus dirigentes. Alguns dos atuais líderes partidários deveriam por os olhos no seu comportamento. 
A bem da Nação.

5 comentários:

  1. Caro JMFA,

    A minha obsessão doentia faz-me confundir patrióticas palavras e motivações com parvoíces que estoiram centenas de milhões de euros ao país. E deve ser essa mesma obsessão que me faz afastar dessa visão de que existe uma câmara de lords oficiosa feita de parceiros sociais (sindicatos a que ninguém pertence e patrões que já não têm empresas) cujo comportamento está muito para lá da oficial câmara de comuns feita de gente eleita por ignorantes e besuntosos. Não me leve a mal, mas esta minha obsessão não me impede de ver que esse país que descreve FALIU! Já não existe. E se calhar é essa a notícia que ainda não chegou a alguns pontos do antigo regime que, qual guarnição japonesa em ilha deserta, ainda continua numa guerra que já não existe.

    Mas isso é a minha obsessão. Já agora, como é que o PR pensa pagar a conta das suas "palavras e motivações"? Ou ele acha que isto foi de borla?

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  2. Anónimo15:11

    Concordo com a primeira frase do seu comentário, caro Tonibler.

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  3. Teremos então ambos bem presente, como no ancien regime luso usávamos a expressão "A bem da Nação".
    Viu-se no que deu.
    Que creio dever ser tida agora em conta, e de acordo com as elites políticas, como:
    A bem do Regime.
    Reforma do Estado? Ou o caminho faz-se caminhando?
    Ver-se-à no que vai dar.

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  4. O mais importante é que regressou a normalidade e que as pessoas perceberam o custo da anormalidade.
    O País voltou a ter estabilidade politica e um rumo.

    Ficando Portas com o pelouro da troika deixa de haver na maioria quem alimente que poderia ser diferente. O susto foi grande para que se repitam gracinhas. Portas vai ter que dar ao litro para, cumprindo, limpar a sua imagem.Pires de Lima também saberá o que entrava a vida das empresas.

    O acima dito significa que os ganhos para o País foram muito grandes e que talvez compensem os custos.

    Resta o Constitucional e... muitos comentadores que nunca perceberam nada do que se estava a passar.

    António Alvim

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