Ontem, domingo, 18 de Janeiro, algures entre Viseu e Guarda, na A25, pelas
11 horas da manhã.
-Já viste a quantidade de
camiões que estamos a ultrapassar? - disse eu para um dos meus
companheiros de viagem, muito experimentado naquela estrada, por sinal o
condutor da viatura...
-Vinha a reparar nisso, respondeu o meu amigo. Mas não é de agora, há já
uns tempos que venho notando...
-E então?
-Então? Então é que isto está a virar!...(e entrou numa explicação técnica para evidenciar
que o facto de esse movimento de TIRs se efectuar ao domingo assumia ainda um
maior significado). E continuou: as
empresas estão a trabalhar mais, se não havia este movimento e, se trabalham
mais, empregam mais ou pagam mais. É bom, porque, mais tarde ou mais cedo, vai chegar a todos...
O meu amigo não sabe muito bem, nem porventura muito mal, o que é o PIB, mas tem uma ideia nítida do que é a actividade económica. Ao contrário de muitos e variados famosos economistas e catedráticos, que saberão vagamente o que é o PIB, mas nada sabem do que seja actividade económica. E ainda há dias um deles, o Director, insigne por certo, de uma Faculdade de Economia do centro do país, perorava sobre os malefícios absolutos da evolução positiva da balança de pagamentos...
Uma viagem pela A25 com o meu amigo não lhes faria, por certo, mudar
de ideias. Mas, em dia de neve na serra, até era capaz de lhes refrescar a
cabeça.
É que a economia, mesmo hostilizada por um Estado que a suga até ao tutano, mais uma vez mostra que sabe reagir.
Mais uma vez é a economia, a dos bens transaccionáveis, e não a política, que nos vai valer.
É que isto está mesmo a virar!...Só catedrático e bem pensante é que não vê.
Caro Pinho Cardão, devo dizer que a forma como os agentes económicos Portugueses reagiram à crise surpreendeu-me pela positiva. E muito! Gosto de ver. Pena serem tão mal-tratados pelo Estado.
ResponderEliminarEscrevo este comentário, porém, para fazer-lhe uma pergunta sobre algo que escreveu e deixou-me curioso.
"E ainda há dias um deles, o Director, insigne por certo, de uma Faculdade de Economia do centro do país, perorava sobre os malefícios absolutos da evolução positiva da balança de pagamentos..."
Terei lido bem? Pode dar-me algum link ou brevemente resumir tais declarações? Fiquei realmente muito curioso.
Eu sou membro da Ordem dos Economistas mas tenho que aceitar que isto é demasiado sério para estar nas mãos de políticos e economistas...
ResponderEliminarO empresário é mal visto. Cada Português devia ser obrigado a abrir uma PME para perceber o que é vender, produzir e pagar salários
Caro Zuricher:
ResponderEliminarNão tenho o link, mas louvo-me nas palavras de, esse sim, um conhecido, honesto e grande economista que não mente , mas cujo nome não devo revelar, pois que falava numa reunião preparatória de uma entidade de que brevemente se apresentara, a Missão Crescimento, uma organização das Ordens dos Economistas e Engenheiros, do Fórum de Administradores de Empresas, da Deloitte. A "sentença" foi proferida pelo Prof. Doutor Jose Reis.
Bem dito, caro Luis Moreira. E eu também sou membro da ordem dos economistas.
ResponderEliminarEstá a virar, está. E de que maneira... caro Dr. Pinho Cardão.
ResponderEliminarOlhe que sim, caro Bartolomeu, olhe que sim!...
ResponderEliminarO caro Dr. Pinho Cardão faz-me recordar a história do tipo que tinha uma perna mais curta e devido a essa diferença, não conseguia encontrar uma rapariga que quisesse sair com ele. Certo dia, um amigo falou-lhe numa prima da província que vinha à cidade e que ia combinar com ela encontrarem-se e sair. O tipo ficou contente com a ideia, mas tinha o óbice da perna que fazia com que coxeasse... Então o amigo sugeriu-lhe; olha lá, a minha prima não te conhece, não sabe da tua deficiência, portanto, fazes o seguinte: quando te fores encontrar com ela, andas sempre pela beira do passeio e colocas o pé da perna mais comprida na estrada...
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