1. De tanto se falar em Crise, insistir num estado de Crise, malhar na Crise, gritar e manifestar contra a Crise, lamuriar-se com a Crise (e com o neo-liberalismo que a fantasia de N comentadores encartados converteu em principal factor da dita Crise), será que a própria Crise estará a entrar em crise?
2. É o que parece, a avaliar por dois indicadores, esta manhã divulgados, que se vêm juntar a uma série de outros revelados ao longo dos últimos tempos...
3. Concretamente, a confiança dos consumidores em Portugal continuou a recuperar em Dezembro de 2013 – segundo os dados divulgados, desde 2007 que os Portugueses não estavam tão optimistas quanto à sua evolução económica próxima/futura...
4. Ao mesmo tempo, a confiança dos investidores na zona Euro subiu em Dezembro para o nível máximo desde Abril de 2011...
5. Se esta evolução prosseguir, acabará por se levantar um sério problema, de hermenêutica opinativa, para os muitos comentadores que, com lugar cativo na generalidade dos “media”, vêm carpindo a toda a hora as suas mágoas por causa da crise e investindo com valentia contra o neo-liberalismo gerador da mesma crise...
6. ..como vai essa ínclita geração de pensadores e “opinion-makers” fazer a transição de um ambiente de Crise para um ambiente em que a Crise entra também em crise? Chorar com saudades da Crise? Talvez seja a solução mais lógica...mas quem culpar pela crise da Crise? Outra vez o neo-liberalismo?!
Vão dizer que não era preciso sofrer tanto
ResponderEliminarUn nuevo documento de trabajo presentado por el FMI entrega un contundente programa de instrucciones para dar solución a la crisis de la deuda soberana en Europa. El documento señala que el problema de la deuda es mucho más grave de lo que se ha visto hasta ahora, y advierte que todas la medidas adoptadas por la UE, la CE, el BCE y el propio FMI “no serán suficientes para resolver la crisis”. El mantra de la amnesia colectiva ha llevado a pensar a estos países que esas medidas (como los planes de austeridad y los recortes presupuestarios) serían suficientes pero la verdad es que no ha sido más que una ilusión.
ResponderEliminarDe acuerdo a los autores del documento (Carmen Reinhart y Kenneth Rogoff), esta crisis supera todas las crisis anteriores, con una deuda que ha batido todos los récord históricos y que tiene atrapada a toda la economía mundial.
El documento se titula Financial and Sovereign Debt Crises: Some Lessons Learned and Those Forgotten (http://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2013/wp13266.pdf) Crisis financiera y deuda soberana: lecciones aprendidas del pasado – y lo que hemos olvidado, y pone énfasis en lo que hemos olvidado.
El documento de Reinhart y Rogoff señala que los países del euro están experimentando un shock, y que la magnitud del problema hace que sea muy dificil la salida: “La deuda soberana de los países desarrollados se acerca a niveles no vistos en 200 años”. Por eso no hay una salida facil y debe aplicarse una cirugía drástica: recortes en la deuda y masivas confiscaciones en los depósitos o la riqueza.
O documento acima assinalado do FMI(http://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2013/wp13266.pdfsinalado) é datado de Dezembro de 2013
ResponderEliminarSem crise o país vai entrar num período de obscuridade fascista onde a opressão sobre os trabalhadores, estudantes e pequenos empresários trará lucros incalculáveis à banca e aos especuladores da economia de casino. Ou pelo menos deve isso que deve dizer aquele jornal francês que faz do Soares mais culto que o Eusébio.
ResponderEliminarTavares Moreira: «Será que a própria Crise estará a entrar em Crise? Quid juris?»
ResponderEliminarTavares Moreira: 1. De tanto se falar em Crise, insistir num estado de Crise, malhar na Crise, gritar e manifestar contra a Crise, lamuriar-se com a Crise (e com o neo-liberalismo que a fantasia de N comentadores encartados converteu em principal factor da dita Crise), será que a própria Crise estará a entrar em crise?
Diogo – 1. A «Crise» está à vista de toda a gente: salários mais baixos, pensões mais baixas, mais desemprego, mais miséria, etc. Só um cego não a vê.
A grande questão são os motivos da «crise» - Não houve nenhuma guerra nem nenhum terramoto que tenha destruído as infraestruturas produtivas do país, então que diabo aconteceu? Nada de especial, o monopólio financeiro internacional, que controla a quantidade de dinheiro em circulação (e , portanto, inflações e deflações), assim como governantes, políticos, legisladores e tribunais, procederam a uma manobra gigantesca de sugar a riqueza dos países e das populações. Um roubo de proporções apocalíticas.
Tavares Moreira: 2. É o que parece, a avaliar por dois indicadores, esta manhã divulgados, que se vêm juntar a uma série de outros revelados ao longo dos últimos tempos...
3. Concretamente, a confiança dos consumidores em Portugal continuou a recuperar em Dezembro de 2013 – segundo os dados divulgados, desde 2007 que os Portugueses não estavam tão optimistas quanto à sua evolução económica próxima/futura...
4. Ao mesmo tempo, a confiança dos investidores na zona Euro subiu em Dezembro para o nível máximo desde Abril de 2011...
Diogo – 1.2.3 Você vive neste mundo, Tavares?
Tavares Moreira: 5. Se esta evolução prosseguir, acabará por se levantar um sério problema, de hermenêutica opinativa, para os muitos comentadores que, com lugar cativo na generalidade dos “media”, vêm carpindo a toda a hora as suas mágoas por causa da crise e investindo com valentia contra o neo-liberalismo gerador da mesma crise...
Diogo – 5. Tanta mentira, Tavares! Qualquer idiota percebe que existe um batalhão de comentadores venais que enxameiam completamente os Media. Veja o programa «Opinião Pública» - até gente analfabeta lhes topa a mentira asquerosa e não tem pejo de lhes atirar isso na cara.
6. ..como vai essa ínclita geração de pensadores e “opinion-makers” fazer a transição de um ambiente de Crise para um ambiente em que a Crise entra também em crise? Chorar com saudades da Crise? Talvez seja a solução mais lógica...mas quem culpar pela crise da Crise? Outra vez o neo-liberalismo?!
Diogo – 6. Quem tem a barriga cheia bons tachos e de pensões (adquiridas ao fim de meia dúzia de anos), bem pode sorrir da «crise». Nojo!
Concordo que a crise pode estar em crise (que bela ideia, vou usá-la no meu quotidiano) mas, Dr Tavares Moreira, não se esqueça que o TC, lamentavelmente, não está em crise, diria até que está em grande forma,imparável mesmo, receio então que a crise da crise possa vir a entrar também em crise devido à inexistência de crise do TC.
ResponderEliminarCaro Luís Moreira,
ResponderEliminarÉ bem possível que seja essa a escapatória, tem lógica certamente...
Caro Tonibler,
Também admito essa temível saída da crise, para algo de bem pior que a mesma...os casinos vão encher-se, tal como em Macau, com essa nova fase pós-Crise ou com a Crise em crise...
Diogo,
Nojo e vómitos, mas do mais profundo pode crer, é o que me causa a parte final do eu comentário...pela alarvidade e a falsidade grosseira e anárquica que o inspira!
Caro Brytto,
Sim, tem razão, a crise da Crise pode ela própria entrar em crise, gerando um processo iterativo de crises, em que a crise de ordem N é abatida pela crise de ordem N+1 e esta, por sua vez, é suplantada pela de ordem N+2...tema do maior interesse para as análises políticas que se vão suceder...
A Vitória da Justiça I
ResponderEliminarExpressso - 8 de julho de 2009 - Saldanha Sanches
http://expresso.sapo.pt/o-caso-tavares-moreira=f524039
O caso Tavares Moreira
Se não se obtiver absolvição ou arquivamento, pode sempre conseguir-se uma prescrição. Já foi assim na Caixa Faialense.
O dr. Tavares Moreira ex-governador do Banco de Portugal, depois presidente de uma instituição bancária ligada às caixas de Crédito Agrícola foi um dos primeiros banqueiros portugueses a encontrar-se a contas com a justiça.
Sujeito a um processo do Banco de Portugal (que desta vez actuou) viu a decisão do Banco ser confirmada pela primeira instância. Recorrendo para o Tribunal da Relação, este resolveu anular a decisão e mandar repetir o julgamento.
Hoje, segundo nos informa o interessado, o delito encontra-se prescrito. O dr. Tavares Moreira, segundo afirmou ao prestante "Público", pondera a possibilidade de processar o Banco de Portugal.
Uma das especificidades do nosso processo penal é que além de existir, como por toda a parte, uma presunção de inocência antes da condenação em relação a crimes de colarinho branco, essa presunção é iniludível.
Se tudo correr de acordo com a intenção do legislador penal, se houver algum processo contra este tipo de actuação criminosa depois de alguma agitação, o processo será arquivado.
Se por acaso chegar à primeira instância, em princípio, o juiz terá dúvidas e o acusado absolvido. Se por acaso isso não acontecer há sempre a possibilidade de recorrer para os tribunais superiores e conseguir que estes mandem repetir o julgamento.
Se mesmo assim se não tiver acabado com o processo ainda há a possibilidade de ir para o Tribunal Constitucional.
Em suma, se não se obtiver uma absolvição ou um arquivamento pode sempre conseguir-se uma prescrição. Foi assim na Caixa Faialense, foi assim no presente caso.
No caso Tavares Moreira, como este afirma gravemente na sua entrevista, tudo se deveu a uma conspiração.
Pode mesmo aventar-se que tudo se deveu ao conhecido fundamentalismo do Banco de Portugal e à intransigência doentia com que se persegue em Portugal qualquer fumo de corrupção. No entanto, se não dermos isto como provado, surge uma questão desagradável.
Com esta regulação e com esta justiça (mesmo quando a regulação funciona, a justiça anula as suas decisões) como podemos ter actividade bancária em Portugal? A banca assenta numa relação fiduciária com os clientes. Na confiança (fiducia) do mercado: sem ela ou não funciona ou funciona com mais elevados custos de transacção.
A dureza da condenação de Madoff recorda-nos a importância que as economias de mercado dão a estas questões.
A comparação da velocidade dos dois sistemas (o deles e o nosso) deveria ser um motivo de contrição nacional.
Mas isso não vai acontecer:
Primeiro porque ainda há alguns tolos que acham que o nosso sistema é óptimo e o mais importante é manter tudo. O nosso sistema é um exemplo para o mundo, o que é verdade.
Por exemplo a separação de carreiras entre juízes e ministério público faz parte do plano de Berlusconi para a reforma da justiça em Itália.
Depois porque não se pode comparar a importância como factor de depressão nacional da verificação destes bloqueios que parecem intransponíveis com os que seriam provocados, por exemplo, pela eliminação da selecção nacional do próximo campeonato do mundo.
A Vitória da Justiça II
ResponderEliminarhttp://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=646048
DN - Maria João Gago e Helena Garrido 15 setembro 2006
Queixa-crime contra Tavares Moreira arquivada
O Ministério Público decidiu arquivar a queixa-crime contra o ex-governador do Banco de Portugal José Tavares Moreira, no âmbito do processo desencadeado pela falência do Central Banco de Investimento (CBI) de que o antigo deputado do PSD foi presidente, confirmou fonte oficial da Procuradoria-Geral da República ao DN. Ao que foi possível apurar, o processo terá sido arquivado por falta de provas.
A decisão do Ministério Público (MP) será idêntica para os restantes membros da administração do CBI entre 2001 e 2002 indiciados neste caso: José Lemos, ex-presidente da Bolsa de Lisboa e militante socialista; Nuno Contreras de Oliveira, Miguel Contreras de Oliveira, Edgar Proença, Luís Marques, Augusto Martins e Luís Lagarto.
O arquivamento do caso resultará do facto de a acusação não ter conseguido reunir provas que demonstrassem os indícios criminais detectados pelo Banco de Portugal (BdP), que em Novembro de 2003 enviou para o Ministério Público o inquérito ao CBI. A entidade de supervisão concluía que os gestores lhe tinham prestado informações falsas e manipulado e falsificado as contas do CBI, por forma a ocultar prejuízos de cerca de 25 milhões de euros em 2000 e 2001, com recurso a sociedades offshore ligadas ao banco.
Para o BdP, estava em causa o facto de a gestão do CBI ter autorizado a venda de acções de 13 empresas - como a Pararede, CBI , PT e Teixeira Duarte - àquelas entidades acima do preço de mercado. As offshores financiaram esta aquisição com um empréstimo da UBS, concedido mediante garantia do CBI. Para o supervisor, esta operação correspondia a um parqueamento das acções não declarado ao BdP e ao não provisionamento da garantia, permitindo esconder prejuízos.
Apesar da decisão do MP, continua a correr um processo contra- -ordenacional na pequena instância criminal, que resultará do recurso que Tavares Moreira e os restantes ex-gestores do CBI interpuseram relativamente às sanções aplicadas pelo supervisor. O BdP concluiu que a administração do CBI tinha praticado infracções especialmente graves e puniu os gestores dentro das suas competências.
Tavares Moreira foi o gestor mais penalizado. O supervisor aplicou uma coima de mais de 200 mil euros ao economista e determi- nou a sua inibição de desempe- nhar funções de administração em instituições de crédito por sete anos. Também os restantes ex-administradores executivos do CBI ficaram temporariamente impe- didos de regressar à gestão de bancos.