Ontem, grevistas da CP ocuparam a via férrea e não deixaram partir comboios.
Nas empresas privadas de
transportes, que têm donos que visam remunerar adequadamente o capital
investido, os trabalhadores asseguram regularmente
o serviço de transportar os cidadãos, em paz social, sem greves ou perturbações
de serviço.
Nas empresas públicas de transportes, que visam exclusivamente prestar
o serviço público de transportes, os trabalhadores não passam um dia sem greve
ou perturbação do serviço.
Nas primeiras, privadas, mandam os donos e os trabalhadores colaboram
activamente no serviço público que regularmente prestam.
Nas segundas, públicas, os donos, que dizem sermos nós, seguramente não mandam, o poder é dos sindicatos
que se arrogaram o direito de transportar ou parar. Ou, agora, tornar suas as próprias
infraestruturas públicas.
Nas primeiras, privadas, pagamos o bilhete ou o passe, e somos servidos.
Nas segundas, públicas, pagamos o passe por antecipação, e as indemnizações
compensatórias nos impostos, e ficamos em terra.
Compreendo que haja quem goste deste tipo de serviço público. E não o queira
exercido por empresas privadas. Naturalmente, quem dele se aproveita para fins
privados. Cinicamente, invocando o serviço público e o bem do povo. Que lhes
paga, sem receber a contraparte. Um roubo. Dizem que constitucional.
Os monopólios de prestação do serviço dão nisto. Exigem este e o outro mundo.
ResponderEliminar
ResponderEliminarCaro António,
E por que é que este Governo, com experiência de privatizações qb, não concessiona a exploração das diferentes CPs? Uma já era um problema bicudo, criaram pelo menos três no tempo já não sei de quem, continuam todas totalmente debaixo da asa do Orçamento.
E digo, totalmente, porque estes serviços de transportes públicos dificilmente deixarão, em Portugal, de ser pagos parcialmente com impostos.
Mas, caramba, pelo menos podiam engendrar formas de acabar com esta múltipla bagunça em que as greves são diárias e o endividamento cresce todos os dias.
Sobretudo naquela onde a actual ministra das Finanças foi directora (ou administradora?)
financeira.
Porquê, perguntas, caro Rui?
ResponderEliminarOlha que não sei responder!...
Para mim, entra na categoria de mistério.
repetir os chavões que se houvem dito por aqueles cidadãos impolutos e que entregam as ideias já remoidas e em que não é necessário pensar dá nisto: eleitores á nora sem grande norte e há falta de melhor ou votam nos mesmos jotinhas ou se abstêm - o que até dá jeito= a minha camara foi eleita com maioria absoluta com 18,8% dos eleitores a votarem no legitimo presidente que só na 1º fase das destruições domar já aumentou o pib da camara numas decimas valentes: ainda dizem que não há eleitores cheios de fé?
ResponderEliminarmentirosos!!!
Isto das greves nas empresas públicas de transportes é problema antigo e, claro, têm agenda política, evidentemente.
ResponderEliminarRui, a divisão da CP nas suas várias unidades foi iniciada durante o mandato de Crisóstomo Teixeira, nomeado presidente em 1997. Entretanto as unidades já foram mais aprofundadas, menos aprofundadas, enfim.
A empresa onde a actual Min Fin trabalhou nunca poderá dar lucros. É virtualmente impossivel. Isso sim, nos países civilizados os Estados encomendam às empresas gestoras das infra-estruturas ferroviarias a construção e manutenção das vias a seu cargo e pagam o que isso custa. Em Portugal o Estado não paga mas dá avales para o endividamento. Era uma forma mais de desorçamentação...
Eu acho que temos que libertar estes pobres trabalhadores do jugo deste patrão opressivo. Já viram quantas greves se fazem contra o mesmo patrão? Isto não pode continuar, temos que meter esses pobres trabalhadores com outro patrão...
ResponderEliminarÓ Cristóvão:"houvem"?Esta é mesmo instrutiva!
ResponderEliminar