sábado, 12 de abril de 2014

"Topo de gama" fiscal...


Afinal os portugueses não são favoráveis ao sorteio de automóveis. Nesta sondagem, a maioria dos inquiridos respondeu que a ideia é má. Porque será?
O SE dos Assuntos Fiscais prevê arrecadar mais 600 a 800 milhões de receita fiscal. Resta saber como será gasta... 

5 comentários:

  1. Estimada Margarida C Aguiar,

    Paulo Núncio deve ser seguidor de Deng Xiaoping - Não interessa a cor do gato desde que cace os ratos - porque a ideia não será elegante mas pode ser eficiente. Veremos.

    Os resultados da sondagem poderão em alguma medida reflectir a impopularidade do governo porque estão longe de ser consonantes com o apetite dos portugueses por totolotos, totobolas, raspadinhas, etc.

    Eu, que até agora não tinha aderido à ideia, até porque nunca me fiei em apostas, sejam elas quais forem, mudei de ponto de vista e passei a dar a estas manobras de Paulo Núncio o benefício da dúvida.

    Com uma excepção, o meu barbeiro.

    Escrevi ontem no meu bloco de notas sobre isso.

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  2. Pois, eu também não entendo por que será que as pessoas acham uma má ideia, a não ser pela intensa barragem de opinião publicada sobre o assunto.
    O que está em causa não são novas obrigações fiscais, mas sim o cumprimento das obrigações fiscais que existem.
    O seu não cumprimento por parte de alguns agentes constitui uma concorrência desleal em relação aos que são cumpridores, o que bastaria para que as pessoas que querem uma economia mais eficiente fossem favoráveis à medida.
    Mas mesmo que este benefício mais imaterial não seja suficiente, podemos comparar com medidas alternativas.
    Este medida vale a recuperação de 600 a 800 milhões que andavam fugidos ao fisco.
    Provavelmente as pessoas que acham uma má medida preferem uma nova CES (420 milhões), um novo corte nos salários da FP (600 milhões), uma nova sobretaxa do IRS (735 milhões) e por aí fora.
    henrique pereira dos santos

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  3. Caro Henrique Pereira dos Santos; talvez não entenda porque as pessoas acham uma má ideia o sorteio do carro, porque provavelmente ainda não terá entendido duas outras questões muito sérias. A primeira, é que o pagamento de impostos, tal como a palavra indica, é uma imposição. No entanto, e porque vivemos em sociedade, encontramos justificação para essa imposição, se constatarmos que o princípio que lhe deu origem, está a ser integralmente respeitado; não sendo o caso, qualquer "lorpa" compreende que o governo, o qual tem às suas ordens um polícia que prende os malandros que fogem à imposição... imposto; engendrou esta manigância do concurso para os incentivar a ajudar o polícia que prende os incumpridores.
    Ora, tudo isto seria desnecessário, se cada macaco soubesse qual é o seu galho e não houvesse alguns a tentar lixar o galho do outro, ou, a tentar açambarcar-lho.

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  4. Estimado Rui Fonseca
    Perdões fiscais, casinos fiscais, descontos do IRS com a manutenção de automóveis ao mesmo tempo que se eliminam as deduções fiscais com a "manutenção" da saúde, CES sobre pensões obtidas com poupança privada, só para dar alguns exemplos, mostram-nos um tipo de sociedade com a qual não me identifico.
    Talvez os portugueses até concordem com o sorteio fiscal, mas a escolha de automóveis de topo de gama é ofensivo para muita gente. É uma escolha infeliz.

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  5. Caro Henrique Pereira dos Santos
    São 600 a 800 milhões de euros a médio prazo (?), A CES está estimada para 2014 em cerca de 700 milhões de euros. Não vejo como pode este corte nas pensões justificar um casino fiscal. Ouviu alguma promessa sobre a redução do IRS com a receita do sorteio?
    Caro Bartolomeu
    Somos muito desenvolvidos numas coisas, mas noutras é o que se vê.

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