"...Penso pela minha cabeça. E não conheço nenhuma prova de que a acção do
Homem tenha efeitos no clima. Nem eu nem muita gente que pensa também
pela sua cabeça.
Obviamente, as emissões de dióxido de carbono, resultantes da queima de
combustíveis fósseis, não obstante serem diminutas em relação à massa total de
dióxido de carbono já existente na atmosfera, poderão dar algum contributo ao
efeito de estufa global da mesma atmosfera, mas nada que justifique ondas de
calor, vagas de frio, cheias, secas, tufões, tornados e toda a parafernália de
desgraças com que os alarmistas amedrontam as pessoas. E sobretudo tentam
amedrontar os governos, para que estes lhes ponham nas mãos os saborosos
subsídios com que eles, por artes mágicas, acabariam com as terríficas ameaças.
Mas só daqui a cem anos, claro...
Tudo isto é uma charlatanice de vendilhão de feira. Até porque existe uma
verdadezinha inconveniente que os alarmistas procuram esconder: o principal gás
com efeito de estufa é o vapor de água e não o dióxido de carbono, nem nenhum
outro gás.
E não porque a molécula H2O tenha maior potencial de absorção da
contra-radiação infravermelha (a emitida pela superfície que foi aquecida pela
radiação solar incidente) do que a molécula CO2. Pelo contrário, numa
perspectiva molecular, a molécula CO2 tem um potencial de absorção superior ao
da molécula H2O.
Acontece no entanto que, em média, na atmosfera existe uma massa total de
vapor de água entre quatro a cinco vezes a massa de dióxido de carbono. Daí que
a maior responsabilidade, em termos de efeito de estufa, seja do vapor de água
e não do dióxido de carbono. É claro que depois há uns “detalhes” que têm a ver
com a sobreposição das bandas de radiação absorvidas, mas isso já é demasiado
técnico.
Portanto, se alguém, à cautela, quer fazer um seguro contra o efeito de
estufa, que o faça contra o vapor de água e não contra o dióxido de carbono, o
magnífico fertilizante atmosférico que oferece às plantas o carbono que elas
integram nas suas moléculas e que depois os animais aproveitam. E nós também...".
Jorge Oliveira
(Jorge Oliveira é um ilustre engenheiro, brilhante aluno do Técnico,
depois, assistente, e detentor de um sólido e reconhecido curriculum
profissional que, aliás, o obrigou a abandonar a docência).
tanta certeza num assunto tão complexo faz-me lembrar a "certeza" que os charlataes filipinos tinham ao tratarem o cancro - aqui com a vantagem de ser em vida que "provavamos" que era mesmo "esquema".
ResponderEliminarUm amigo meu que foi lá tratar-se veio sem qualquer duvida muito melhor; tres meses depois morreu.
Segundo ouvi dizer foi doutra coisa diferente do cancro tratado muito bem, só que coincidencias só com bruxas.
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarConfesso que não percebo em que é que ser um brilhante aluno em engenharia qualifica alguém para falar sobre climatologia, mas deixemos isso de lado.
Sugiro uma leitura de um post antigo que fiz sobre o assunto:
http://ambio.blogspot.pt/2009/12/e-se.html
Confesso que me espanta que o seu sólido bom senso e objectividade em matérias económicas e financeiras não seja tão evidente quando se trata de discutir energia e matérias ambientais.
É que faz uma coisa que não lhe é habitual: filtra toda a informação, partindo do princípio de que alguns dizem só coisas certas e outros só dizem coisas erradas.
Ora o mais provável é todos dizermos coisas certas e erradas.
henrique pereira dos santos
PS um dia gostaria de discutir a economia das questões ambientais: não só provavelmente estaríamos muitos mais de acordo do que pode parecer, como provavelmente seria fácil ver como a maioria das questões ambientais são, antes de mais, questões de ineficiência económica.
E, já agora, o post ainda mais antigo, do Miguel Araújo, bastante mais sólido que eu na matéria:
ResponderEliminarhttp://ambio.blogspot.pt/2008/01/uma-resposta-aos-cpticos-climticos.html
henrique pereira dos santos
Caro Pinho Cardão
ResponderEliminarPrezo muito o meu amigo para me zangar consigo, mas penso que deveria ter informado os seus leitores de que eu não pedi para publicar este meu texto, trocado entre nós no âmbito de uma tertúlia diferente.
E quando permiti a revelação do meu nome também não encomendei elogios, que agradeço, mas que expõem o meu nome a comentários desagradáveis de quem tem opinião diferente da minha mas não sabe contestá-la senão através de ataques à pessoa.
Na verdade, não sou especialista em climatologia. Como, aliás, não são os vários colunistas e comentadores chamados pelos jornais e televisões.
O que escrevi neste texto sobre as questões climáticas faz parte de um conjunto de conhecimentos bastante banalizados, que só não são divulgados em Portugal por obra e graça da barragem que lhes é feita pela vergonhosa comunicação social portuguesa, absolutamente enfeudadade aos ditames do IPCC, da Comissão Europeia e à publicidade de empresas que ganham muito dinheiro com as tarifas subsidiadas das eólicas.
Caro Jorge Oliveira,
ResponderEliminarSabe com certeza muito mais de clima que eu e o meu comentário inicial não é nenhum comentário pessoal sobre si mas sim um comentário geral sobre os argumentos de autoridade usados por Pinho Cardão no seu PS do post.
Suponho, por isso, que não será com os meus comentários, que conhece há muito e que já discutimos em tempo, que terá ficado zangado.
Se, contra o que me parece, entende que fiz algum comentário pessoal desagradável, peço já desculpa por não ter a mais vaga intenção nesse sentido.
henrique pereira dos santos
Concordo inteiramente com o primeiro comentário de Henrique Pereira dos Santos; independentemente de se defender pontos de vista ou e ainda conhecimentos técnicos e científicos de alto valor.
ResponderEliminarMais ainda relativamente ao texto que o nosso caro Dr. Pinho Cardão transcreve, e, na condição de completo leigo na matéria, pergunto: uma vez que o efeito de estufa se fica a dever ao vapor de água e não ao Dióxido de Carbono e se constata que o aquecimento global é uma realidade, então não será que o mesmo aquecimento será o responsável pela evaporação de água? Mas... se também se constata a evidência do aumento de emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, resultado da queima de combustíveis fósseis, e se a concentração desse gás também influencia o aumento do aquecimento... não será lógico - pensando pela nossa cabeça - que essa concentração seja a "ignição" que coloca um imenso "motor" a funcionar; motor esse que não sabemos minimamente se irá explodir e incinerar tudo em seu redor?
É dito no texto e com toda a sinceridade reclamo não ter a menor intenção de ofender o autor, que:«as emissões de dióxido de carbono, resultantes da queima de combustíveis fósseis, não obstante serem diminutas em relação à massa total de dióxido de carbono já existente na atmosfera, poderão dar algum contributo ao efeito de estufa global da mesma atmosfera, mas nada que justifique ondas de calor, vagas de frio, cheias, secas, tufões, tornados e toda a parafernália de desgraças com que os alarmistas amedrontam as pessoas.» E eu pergunto: ... com que os alarmistas amedrontam as pessoas. ??? Mas afinal, a causa dos "fenómenos" atmosféricos que se repetem cada vez a um ritmo maior e cada vez a uma escala maior, são criados pelos alarmistas, ou na sua origem estão outras causas, como aquelas que cientistas de todo o mundo apontam e que têm a ver diretamente com a queima desenfreada de combustíveis fósseis, tanto a nível da indústria, como particular??? E para finalizar, pergunto ainda: Se o fulcro do problema não se situa na queima dos combustíveis fósseis, porquê então o esforço dos industriais de automóveis em criar sistemas alternativos de alimentação dos motores e porquê o esforço em desenvolver as tecnologias de produção de energia não poluente? Será que todos esses cientistas e industriais de todo o mundo, vivem enganados por aquela gentinha mesquinha que debita estudos e relatórios com o fim único de verem os subsídios pro-silêncio saltarem-lhes para as mãos?!
Caro Jorge Oliveira,
ResponderEliminarnão me conhece mas posso-lhe adiantar que não serei eu aquele que o condenará pelas conclusões algo "disruptivas" que tira. O mundo avança com estes, não com os outros.
No entanto, até porque o post do caro Pinho Cardão não serviria para dizer tudo, há uma distancia relativamente grande entre a composição de ar, as concentrações relativas e a causa de um efeito ao ponto de chamar de charlatães boa parte da comunidade científica que, concordo, tem mais a ganhar com a ideia de aquecimento por causas humanas. Pode avançar com outras ligações entre as duas coisas, i.e., concentrações e causa? Os medicamentos, por exemplo, são concentrações mínimas que podem matar ou salvar.
O caro Henrique Pereira dos Santos não fez nenhum comentário desgradável. Agora. Mas, é como diz, já conheço as suas posições há muitos anos e já debatemos estas questões vezes suficientes na caixa de comentários do seu blog para eu pensar que não vale a pena retomar essa prática. O que está dito, está dito, cada um fica na sua.
ResponderEliminarO leitor Bartolomeu deixou um comentário em que levanta demasiadas questões para lhe poder responder de uma só vez. Caso esteja interessado, obviamente. Eu não pretendo obrigar ninguém a concordar com as teses dos cientistas que não se revêem na teoria oficial do IPCC. Mas é nos textos desses cientistas, curiosamente apelidados de cépticos, que recolho a informação e os conhecimentos que me parecem mais próximos da verdade. Como acontece com qualquer curioso em relação a qualquer outra matéria. A climatologia não tem nenhum estatuto especial, a não ser desde que os alarmistas climáticos fizeram dela um motivo de pressão para atingirem outros objectivos, concretamente a imposição, pelos governos, de subsídios generosos às energias renováveis intermitentes, sacrificando fortemente os consumidores de energia eléctrica.
ResponderEliminarO efeito de estufa não se fica a dever exclusivamente ao vapor de água. Não foi isso que eu disse e, lendo bem, verifica-se que tive o cuidado de dizer que “as emissões de dióxido de carbono, resultantes da queima de combustíveis fósseis, não obstante serem diminutas em relação à massa total de dióxido de carbono já existente na atmosfera, poderão dar algum contributo ao efeito de estufa global da mesma atmosfera”.
ResponderEliminarNinguém nega que o dióxido de carbono tem um potencial de efeito de estufa, pelo que todo aquele que for lançado na atmosfera pode incrementar o efeito total. Mas há que ser cuidadoso com as conclusões.
Por um lado, a quantidade que é acrescentada pelo Homem é mesmo diminuta, da ordem de 1% por ano, do total de CO2 existente na atmosfera.
Depois há que considerar que cerca de metade do CO2 emitido pelo Homem acaba por ser reciclado pela Natureza, voltando à superfície, terra ou mar.
E depois ainda há que ter em conta, para os diversos gases presentes na atmosfera, a sobreposição das gamas de frequência de absorção da contra-radiação infravermelha, razão pela qual os efeitos não são aditivos.
A sensibilidade da temperatura de equilíbrio da atmosfera em resposta a uma variação da concentração de CO2 não é proporcional, antes revelando uma curva típica em que os efeitos marginais são decrescentes, como aquela que os economistas conhecem por utilidade marginal decrescente.
Se assim não fosse, e uma vez que as emissões antropogénicas de CO2 são permanentes, o efeito de estufa estaria a aumentar continuamente e a temperatura global à superfície do planeta estaria também a aumentar continuamente.
Ora, não é nada disso que acontece ! Desde início deste século, ou mesmo antes, que a temperatura média global não aumenta. Pelo contrário, ameaça diminuir...
Portanto, a conclusão a tirar é que a temperatura média global à superfície não pode ser tão dependente do CO2 emitido pelo Homem como alguns dizem. Deve haver outra causa que tenha maior influência do que o CO2 nas variações da temperatura superficial média.
E essa causa está bem à vista de todos. Chama-se Sol, não é um objecto estelar estático, apresenta flutuações de radiação muito significativas, passando por períodos de intensificação e por períodos de abrandamento, que influenciam o que se passa na Terra.
Caro Jorge Oliveira, porque é que este tipo de conclusões e este "conjunto de conhecimentos bastante banalizados" não chega às revistas científicas?
ResponderEliminarPor exemplo neste artigo "Quantifying the consensus on anthropogenic global warming in the scientific literature", não se nota que sendo algo tão evidente, por exemplo essa questão do vapor de água, existam estudos que o suporte.
Mas se eu for ao CATO Institute (400pm [de CO2] is cause for celebration), ao Heartland Institute (CO2 You Light Up my Life)ou ao Competitive Enterprise Institute (They Call it Pollution, We Call it Life), todos dizem exactamente o que o Jorge Oliveira diz, se bem que na forma de publicações, publicidade e anúncios que chegam a ser grotescos (e só podem ser destinado a faixas da população dos EUA extremamente iletradas). Não acha intrigante esta coincidência de opiniões e a sua falta em virtualmente todas as publicações científicas? -- JRF
E no entanto, o Sol passa por um período de abrandamento e entretanto, a Terra aquece. É mais uma, que apresenta como "conhecimento bastante banalizado", até evidente e no entanto — hélas — não há nada nas revistas científicas que sustente o que diz. Mas se eu for ao CATO, ao CEI, ao Heartland aposto que encontro lá alguma coisa... Vejamos... -- JRF
ResponderEliminarObrigado José Rui, tinha andado à procura desse artigo para fazer o link. Que acho relevante.
ResponderEliminarÉ preciso dizer que a ciência não é um processo democrático, não é o número de opiniões que define quem está certo ou errado.
Mas para leigos como eu não é irrelevante saber que o consenso científico sobre esta matéria não só vai esmagadoramente num sentido, como esse sentido se tem reforçado à medida que o tempo passa e se acumula evidência.
Explicar isso tudo como sendo todos charlatães que querem ganhar uns trocados através dos subsídios às energias renováveis parece-me uma explicação fraquinha.
henrique pereira dos santos
Reparei agora que refere cientistas de onde recolhe informações… Era isso que gostaria de saber, quem são esses cientistas e onde publicam. Agradeço antecipadamente.
ResponderEliminarA climatologia, ao contrário do que diz tem um estatuto especial. É o único ramo da ciência constituído apenas por idiotas ou vendidos.
Quem o lê, ou aos think tanks, ou à Fox News, ou vários blogues, dir-se-ia que se está em presença de uma fraude de proporções planetárias com "verdadezinhas inconvenientes" extremamente evidentes que só os auto-proclamados cépticos sabem. E no entanto, se assim fosse, haveria publicação científica sobre o assunto. Abundante. Mas não. -- JRF
Caro HPS, acabei por colocar mais um comentário a dizer quase o mesmo… Eu não acho que é democrático ou deva ser. O que não é admissível é como ainda ontem li é compararem-se a copérnicos dos tempos modernos. Copérnico era o cientista, tinha o Papa e populaça contra a ciência; Aqui os cientistas têm brilhantes engenheiros e a populaça contra a ciência.
ResponderEliminarDe Novembro de 2012 a December 2013 de 2,258 artigos publicados (de 9,136 autores), 1 (um) rejeitou a teoria do aquecimento global antropogénico. Deve ser o Copérnico, só pode… -- JRF
Caro Jorge Oliveira, agradeço-lhe ter respondido ao meu comentário.
ResponderEliminarCumprimentos.
Caro Henrique Pereira dos Santos:
ResponderEliminarEu, nesta matéria, por falta de conhecimento, sou agnóstico. Mas, confesso, embirro com algumas teorias ambientalistas apresentadas como incontestáveis, como se a ciência também não fosse um fluxo contínuo. Veja que, no tempo de Galileu, toda a comicidade científica da época afirmava que o sol andava à volta da terra. Talvez por isso, e só por isso, público de vez em quando alguns textos que a mim, leigo, me parecem ter alguma curiosidade. Foi o caso deste do Jorge Oliveira, que apresentava argumentação que não conhecia. Pecado meu, mas não conhecia. Aliás, nem juntei comentário algum, esperando alguma habitual contestação, como, claro, a sua. Só isso, pois. De qualquer forma agradeço-lhe o comentário simpático sobre o meu dito bom senso no domínio da economia. Muito obrigado.
Caro Jorge Oliveira:
Claro que o meu amigo não me pediu para publicar o seu texto. Eu é que lhe pedi, pela razão acima explicitada. E se juntei de minha lavra alguns elementos sobre o seu curriculum não foi dar autoridade ao seu escrito, mas apenas identificar profissionalmente o autor.
Publico e não público na terceira linha do primeiro comentário anterior
ResponderEliminarEstes debates têm tendência para se tornar intermináveis. Por isso vou pôr fim à minha intervenção sobre este assunto deixando aqui um contributo que considero esclarecedor sob vários aspectos.
ResponderEliminarNo entanto, dada a sua extensão vou ter de dividir o texto em três ou quatro partes. Trata-se da transcrição de uma carta aberta dirigida ao Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, em 13 de Dezembro de 2007, por ocasião da cimeira sobre o clima realizada em Bali.
Quer pelo conteúdo, quer pelo momento, quer pelo número de subscritores, entre os quais muitos cientistas internacionalmente destacados na área da climatologia, pode parecer estranho, mas esta carta não teve uma única referência na comunicação social portuguesa.
Eis o texto, em tradução minha :
A Vossa Excelência, Senhor Ban Ki-Moon
Re : A Conferência das Nações Unidas sobre o Clima está a levar o mundo numa direcção completamente errada.
Não é possível deter as alterações climáticas, um fenómeno natural que tem vindo a afectar a humanidade através dos tempos.
Os testemunhos geológicos e arqueológicos, bem como os testemunhos históricos, orais e escritos, revelam bem os desafios dramáticos que as sociedades antigas tiveram de enfrentar perante alterações imprevistas da temperatura, precipitação, vento e outras variáveis climáticas.
Em consequência, devemos preparar as nações para resistir a todos estes fenómenos naturais promovendo o crescimento económico e a criação de riqueza.
O Painel Intergovernamental das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (IPCC) tem vindo a publicar conclusões cada vez mais alarmistas sobre a influência climática do dióxido de carbono (CO2) de origem antropogénica, não obstante o CO2 ser um gás não poluente, essencial à fotossíntese das plantas.
Embora se possa compreender as razões que levaram a considerar prejudiciais as emissões de CO2, as conclusões do IPCC são absolutamente desajustadas como justificação para a implementação de políticas que vão reduzir significativamente a prosperidade futura.
Em especial, não está demonstrado que seja possível modificar significativamente o clima global mediante redução das emissões antropogénicas de gases com efeito de estufa.
Acima de tudo, na medida em que as tentativas de travar as emissões têm como consequência um retardar do desenvolvimento, a abordagem actual da ONU acerca da redução do CO2 é susceptível de agravar o sofrimento humano devido a futuras alterações climáticas, em vez de o reduzir.
Os Sumários do IPCC para Decisores Políticos são os documentos mais amplamente consultados por políticos e por não-cientistas, estando na base da maior parte das decisões políticas sobre as alterações climáticas.
Contudo, estes sumários são preparados por um núcleo relativamente restrito de redactores e a sua versão final é aprovada, linha a linha, por representantes dos governos.
A grande maioria dos colaboradores e recensores do IPCC e as dezenas de milhares de outros cientistas que estão qualificados para emitir pareceres sobre estas matérias não são tidos nem achados na preparação destes documentos.
Os sumários do IPCC não podem, portanto, ser apresentados como um ponto de vista consensual entre os especialistas.
(continua)
(continuação da carta ao Secretário Geral das Nações Unidas)
ResponderEliminarE, contrariamente à ideia divulgada pelos Sumários do IPCC:
a) As recentes observações de fenómenos como a retracção dos glaciares, a subida do nível do mar e a migração de espécies sensíveis à temperatura, não constituem prova de uma alteração climática anormal, porque não ficou demonstrado que alguma dessas alterações se encontre para além dos limites da variabilidade natural conhecida.
b) O ritmo médio de aquecimento, entre 0,1ºC e 0,2ºC por década, registado pelos satélites durante o séc. XX, está dentro dos limites conhecidos das taxas de aquecimento e de arrefecimento observadas nos últimos 10 mil anos.
c) Cientistas de primeiro plano, incluindo alguns dos representantes séniores do IPCC, reconhecem que os modelos informáticos actuais não podem prever o clima. Em conformidade, apesar das projecções dos computadores que apontam para um aumento das temperaturas, não se tem observado um saldo global de aquecimento desde 1998. O actual patamar de temperatura, que sucede a um período de aquecimento no final do séc. XX, enquadra-se no prosseguimento, através dos nossos dias, de um ciclo climático natural, multidecenal ou milenar.
Em total oposição à afirmação, frequentemente repetida, de que a ciência das alterações climáticas está “assente”, um conjunto de novas e significativas investigações, recenseadas pelos pares, tem vindo a lançar cada vez mais dúvidas sobre a hipótese de um aquecimento perigoso de origem antropogénica. Mas como os grupos de trabalho do IPCC foram instruídos (vide http://ipcc-wg1.ucar.edu/wg1/docs/wg1_timetable_2006-08-14.pdf) no sentido de terem em conta apenas os trabalhos publicados até Maio de 2005, importantes conclusões posteriores não são incluídas nos seus relatórios, ou seja, os relatórios de avaliação do IPCC são baseados em resultados obsoletos.
A conferência das Nações Unidas em Bali, sobre o clima, foi planeada de forma a conduzir o Mundo por um caminho de severas limitações ao CO2, ignorando as lições evidentes dadas pelo malogro do Protocolo de Quioto, pela natureza caótica do mercado europeu de direitos de emissão de CO2 e pela ineficácia de outras dispendiosas iniciativas destinadas a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.
Análises de custo-benefício isentas não legitimam a introdução de medidas globais destinadas a limitar e a reduzir o consumo de energia com o intuito de restringir as emissões de CO2. Além disso, é irracional aplicar o “princípio da precaução” porque numerosos cientistas reconhecem que tanto o arrefecimento, como o aquecimento, são hipóteses climáticas realistas num futuro a médio prazo.
O esforço actual da ONU no sentido de “combater as alterações climáticas”, tal como foi apresentado no Relatório sobre o Desenvolvimento Humano, de 27 de Novembro de 2007, de acordo com o Programa de Desenvolvimento da ONU, desvia a atenção dos governos da necessidade de adaptação à ameaça colocada pelas alterações climáticas naturais e inevitáveis, seja qual for a forma que possam vir a assumir.
Perante tais perspectivas, torna-se necessário um planeamento nacional e internacional, que auxilie prioritariamente os cidadãos mais vulneráveis a adaptar-se às condições futuras.
As tentativas para evitar a ocorrência de alterações climáticas globais são, em última análise, fúteis e constituem uma trágica má aplicação de recursos, os quais seriam bem melhor utilizados na resolução dos verdadeiros e mais prementes problemas da humanidade.
Fim de transcrição.
Deixo a lista de signatários para os próximos comentários.
Signatários da carta ao Secretário Geral das Nações Unidas, por ordem alfabética de apelidos (1ª parte):
ResponderEliminar1. Don Aitkin, PhD, Professor, social scientist, retired vice-chancellor and president, University of Canberra, Australia
2. William J.R. Alexander, PhD, Professor Emeritus, Dept. of Civil and Biosystems Engineering, University of Pretoria, South Africa; Member, UN Scientific and Technical Committee on Natural Disasters, 1994-2000
3. Bjarne Andresen, PhD, physicist, Professor, The Niels Bohr Institute, University of Copenhagen, Denmark
4. Geoff L. Austin, PhD, FNZIP, FRSNZ, Professor, Dept. of Physics, University of Auckland, New Zealand
5. Timothy F. Ball, PhD, environmental consultant, former climatology professor, University of Winnipeg
6. Ernst-Georg Beck, Dipl. Biol., Biologist, Merian-Schule Freiburg, Germany
7. Sonja A. Boehmer-Christiansen, PhD, Reader, Dept. of Geography, Hull University, U.K.; Editor, Energy & Environment journal
8. Chris C. Borel, PhD, remote sensing scientist, U.S.
9. Reid A. Bryson, PhD, DSc, DEngr, UNE P. Global 500 Laureate; Senior Scientist, Center for Climatic Research; Emeritus Professor of Meteorology, of Geography, and of Environmental Studies, University of Wisconsin
10. Dan Carruthers, M.Sc., wildlife biology consultant specializing in animal ecology in Arctic and Subarctic regions, Alberta
11. R.M. Carter, PhD, Professor, Marine Geophysical Laboratory, James Cook University, Townsville, Australia
12. Ian D. Clark, PhD, Professor, isotope hydrogeology and paleoclimatology, Dept. of Earth Sciences, University of Ottawa
13. Richard S. Courtney, PhD, climate and atmospheric science consultant, IPCC expert reviewer, U.K.
14. Willem de Lange, PhD, Dept. of Earth and Ocean Sciences, School of Science and Engineering, Waikato University, New Zealand
15. David Deming, PhD (Geophysics), Associate Professor, College of Arts and Sciences, University of Oklahoma
16. Freeman J. Dyson, PhD, Emeritus Professor of Physics, Institute for Advanced Studies, Princeton, N.J.
17. Don J. Easterbrook, PhD, Emeritus Professor of Geology, Western Washington University
18. Lance Endersbee, Emeritus Professor, former dean of Engineering and Pro-Vice Chancellor of Monasy University, Australia
19. Hans Erren, Doctorandus, geophysicist and climate specialist, Sittard, The Netherlands
20. Robert H. Essenhigh, PhD, E.G. Bailey Professor of Energy Conversion, Dept. of Mechanical Engineering, The Ohio State University
21. Christopher Essex, PhD, Professor of Applied Mathematics and Associate Director of the Program in Theoretical Physics, University of Western Ontario
22. David Evans, PhD, mathematician, carbon accountant, computer and electrical engineer and head of 'Science Speak,' Australia
23. William Evans, PhD, editor, American Midland Naturalist; Dept. of Biological Sciences, University of Notre Dame
24. Stewart Franks, PhD, Professor, Hydroclimatologist, University of Newcastle, Australia
25. R. W. Gauldie, PhD, Research Professor, Hawai'i Institute of Geophysics and Planetology, School of Ocean Earth Sciences and Technology, University of Hawai'i at Manoa
(continua)
Signatários da carta ao Secretário Geral das Nações Unidas, por ordem alfabética de apelidos (2ª parte):
ResponderEliminar26. Lee C. Gerhard, PhD, Senior Scientist Emeritus, University of Kansas; former director and state geologist, Kansas Geological Survey
27. Gerhard Gerlich, Professor for Mathematical and Theoretical Physics, Institut für Mathematische Physik der TU Braunschweig, Germany
28. Albrecht Glatzle, PhD, sc.agr., Agro-Biologist and Gerente ejecutivo, INTTAS, Paraguay
29. Fred Goldberg, PhD, Adjunct Professor, Royal Institute of Technology, Mechanical Engineering, Stockholm, Sweden
30. Vincent Gray, PhD, expert reviewer for the IPCC and author of The Greenhouse Delusion: A Critique of 'Climate Change 2001, Wellington, New Zealand
31. William M. Gray, Professor Emeritus, Dept. of Atmospheric Science, Colorado State University and Head of the Tropical Meteorology Project
32. Howard Hayden, PhD, Emeritus Professor of Physics, University of Connecticut
33. Louis Hissink MSc, M.A.I.G., editor, AIG News, and consulting geologist, Perth, Western Australia
34. Craig D. Idso, PhD, Chairman, Center for the Study of Carbon Dioxide and Global Change, Arizona
35. Sherwood B. Idso, PhD, President, Center for the Study of Carbon Dioxide and Global Change, AZ, USA
36. Andrei Illarionov, PhD, Senior Fellow, Center for Global Liberty and Prosperity; founder and director of the Institute of Economic Analysis
37. Zbigniew Jaworowski, PhD, physicist, Chairman - Scientific Council of Central Laboratory for Radiological Protection, Warsaw, Poland
38. Jon Jenkins, PhD, MD, computer modelling - virology, NSW, Australia
39. Wibjorn Karlen, PhD, Emeritus Professor, Dept. of Physical Geography and Quaternary Geology, Stockholm University, Sweden
40. Olavi Kärner, Ph.D., Research Associate, Dept. of Atmospheric Physics, Institute of Astrophysics and Atmospheric Physics, Toravere, Estonia
41. Joel M. Kauffman, PhD, Emeritus Professor of Chemistry, University of the Sciences in Philadelphia
42. David Kear, PhD, FRSNZ, CMG, geologist, former Director-General of NZ Dept. of Scientific & Industrial Research, New Zealand
43. Madhav Khandekar, PhD, former research scientist, Environment Canada; editor, Climate Research (2003-05); editorial board member, Natural Hazards; IPCC expert reviewer 2007
44. William Kininmonth M.Sc., M.Admin., former head of Australia's National Climate Centre and a consultant to the World Meteorological organization's Commission for Climatology Jan J.H. Kop, MSc Ceng FICE (Civil Engineer Fellow of the Institution of Civil Engineers), Emeritus Prof. of Public Health Engineering, Technical University Delft, The Netherlands
45. Prof. R.W.J. Kouffeld, Emeritus Professor, Energy Conversion, Delft University of Technology, The Netherlands
46. Salomon Kroonenberg, PhD, Professor, Dept. of Geotechnology, Delft University of Technology, The Netherlands
47. Hans H.J. Labohm, PhD, economist, former advisor to the executive board, Clingendael Institute (The Netherlands Institute of International Relations), The Netherlands
48. The Rt. Hon. Lord Lawson of Blaby, economist; Chairman of the Central Europe Trust; former Chancellor of the Exchequer, U.K.
49. Douglas Leahey, PhD, meteorologist and air-quality consultant, Calgary
50. David R. Legates, PhD, Director, Center for Climatic Research, University of Delaware
(continua)
Signatários da carta ao Secretário Geral das Nações Unidas, por ordem alfabética de apelidos (3ª parte):
ResponderEliminar51. Marcel Leroux, PhD, Professor Emeritus of Climatology, University of Lyon, France; former director of Laboratory of Climatology, Risks and Environment, CNRS
52. Bryan Leyland, International Climate Science Coalition, consultant and power engineer, Auckland, New Zealand
53. William Lindqvist, PhD, independent consulting geologist, Calif.
54. Richard S. Lindzen, PhD, Alfred P. Sloan Professor of Meteorology, Dept. of Earth, Atmospheric and Planetary Sciences, Massachusetts Institute of Technology
55. A.J. Tom van Loon, PhD, Professor of Geology (Quaternary Geology), Adam Mickiewicz University, Poznan, Poland; former President of the European Association of Science Editors
56. Anthony R. Lupo, PhD, Associate Professor of Atmospheric Science, Dept. of Soil, Environmental, and Atmospheric Science, University of Missouri-Columbia
57. Richard Mackey, PhD, Statistician, Australia
58. Horst Malberg, PhD, Professor for Meteorology and Climatology, Institut für Meteorologie, Berlin, Germany
59. John Maunder, PhD, Climatologist, former President of the Commission for Climatology of the World Meteorological Organization (89-97), New Zealand
60. Alister McFarquhar, PhD, international economy, Downing College, Cambridge, U.K.
61. Ross McKitrick, PhD, Associate Professor, Dept. of Economics, University of Guelph
62. John McLean, PhD, climate data analyst, computer scientist, Australia
63. Owen McShane, PhD, economist, head of the International Climate Science Coalition; Director, Centre for Resource Management Studies, New Zealand
64. Fred Michel, PhD, Director, Institute of Environmental Sciences and Associate Professor of Earth Sciences, Carleton University
65. Frank Milne, PhD, Professor, Dept. of Economics, Queen's University
66. Asmunn Moene, PhD, former head of the Forecasting Centre, Meteorological Institute, Norway
67. Alan Moran, PhD, Energy Economist, Director of the IPA's Deregulation Unit, Australia
68. Nils-Axel Morner, PhD, Emeritus Professor of Paleogeophysics & Geodynamics, Stockholm University, Sweden
69. Lubos Motl, PhD, Physicist, former Harvard string theorist, Charles University, Prague, Czech Republic
70. John Nicol, PhD, Professor Emeritus of Physics, James Cook University, Australia
71. David Nowell, M.Sc., Fellow of the Royal Meteorological Society, former chairman of the NATO Meteorological Group, Ottawa
72. James J. O'Brien, PhD, Professor Emeritus, Meteorology and Oceanography, Florida State University
73. Cliff Ollier, PhD, Professor Emeritus (Geology), Research Fellow, University of Western Australia
74. Garth W. Paltridge, PhD, atmospheric physicist, Emeritus Professor and former Director of the Institute of Antarctic and Southern Ocean Studies, University of Tasmania, Australia
75. R. Timothy Patterson, PhD, Professor, Dept. of Earth Sciences (paleoclimatology), Carleton University
(continua)
Signatários da carta ao Secretário Geral das Nações Unidas, por ordem alfabética de apelidos (4ª e última parte):
ResponderEliminar76. Al Pekarek, PhD, Associate Professor of Geology, Earth and Atmospheric Sciences Dept., St. Cloud State University, Minnesota
77. Ian Plimer, PhD, Professor of Geology, School of Earth and Environmental Sciences, University of Adelaide and Emeritus Professor of Earth Sciences, University of Melbourne, Australia
78. Brian Pratt, PhD, Professor of Geology, Sedimentology, University of Saskatchewan
79. Harry N.A. Priem, PhD, Emeritus Professor of Planetary Geology and Isotope Geophysics, Utrecht University; former director of the Netherlands Institute for Isotope Geosciences
80. Alex Robson, PhD, Economics, Australian National University Colonel F.P.M. Rombouts, Branch Chief - Safety, Quality and Environment, Royal Netherland Air Force
81. R.G. Roper, PhD, Professor Emeritus of Atmospheric Sciences, School of Earth and Atmospheric Sciences, Georgia Institute of Technology
82. Arthur Rorsch, PhD, Emeritus Professor, Molecular Genetics, Leiden University, The Netherlands
83. Rob Scagel, M.Sc., forest microclimate specialist, principal consultant, Pacific Phytometric Consultants, B.C.
84. Tom V. Segalstad, PhD, (Geology/Geochemistry), Head of the Geological Museum and Associate Professor of Resource and Environmental Geology, University of Oslo, Norway
85. Gary D. Sharp, PhD, Center for Climate/Ocean Resources Study, Salinas, CA
86. S. Fred Singer, PhD, Professor Emeritus of Environmental Sciences, University of Virginia and former director Weather Satellite Service
87. L. Graham Smith, PhD, Associate Professor, Dept. of Geography, University of Western Ontario
88. Roy W. Spencer, PhD, climatologist, Principal Research Scientist, Earth System Science Center, The University of Alabama, Huntsville
89. Peter Stilbs, TeknD, Professor of Physical Chemistry, Research Leader, School of Chemical Science and Engineering, KTH (Royal Institute of Technology), Stockholm, Sweden
90. Hendrik Tennekes, PhD, former director of research, Royal Netherlands Meteorological Institute
91. Dick Thoenes, PhD, Emeritus Professor of Chemical Engineering, Eindhoven University of Technology, The Netherlands
92. Brian G Valentine, PhD, PE (Chem.), Technology Manager - Industrial Energy Efficiency, Adjunct Associate Professor of Engineering Science, University of Maryland at College Park; Dept of Energy, Washington, DC
93. Gerrit J. van der Lingen, PhD, geologist and paleoclimatologist, climate change consultant, Geoscience Research and Investigations, New Zealand
94. Len Walker, PhD, Power Engineering, Australia
95. Edward J. Wegman, PhD, Department of Computational and Data Sciences, George Mason University, Virginia
96. Stephan Wilksch, PhD, Professor for Innovation and Technology Management, Production Management and Logistics, University of Technolgy and Economics Berlin, Germany
97. Boris Winterhalter, PhD, senior marine researcher (retired), Geological Survey of Finland, former professor in marine geology, University of Helsinki, Finland
98. David E. Wojick, PhD, P.Eng., energy consultant, Virginia
99. Raphael Wust, PhD, Lecturer, Marine Geology/Sedimentology, James Cook University, Australia
100. Zichichi, PhD, President of the World Federation of Scientists, Geneva, Switzerland; Emeritus Professor of Advanced Physics, University of Bologna, Italy
Fim.
Julgo que para a maioria dos leitores terá ficado claro que a divisão da carta e da lista de subscritores em várias partes teve a ver apenas com a limitação de caracteres por cada espaço.
ResponderEliminarAs alterações climáticas são o bombo da festa do Pinho Cardão -- uma fixação semelhante ao FCP. Parece que depois do post de desportivismo se dedicou ao bullying às alterações climáticas.
ResponderEliminarPara memória futura: depois do estudo de Berkeley, afirmar que não há alterações climáticas de origem antropogénica é tão estúpido como dizer que a terra é oca (à la Jules Verne).
Vivemos num país livre, o tal dos 70 economistas signatários de uma coisa que não lembra ao diabo.
Um excelente contraditório, caro JPO.
ResponderEliminarE, ponderado tudo, cada qual que conclua.
Excelente contraditório, uma carta?… Jesus Cristo, realmente até nem é preciso estudar nada… faz-se a tese primeiro e arranjam-se uns resultados depois. E no fim escreve-se uma carta.
ResponderEliminarEsta lista recorda-me uma lista de 116 "proeminentes cientistas" listado num anúncio do CATO Institute…
Quando muito esta carta resume uma discordância quando a prioridades da humanidade, não tem qualquer valor em termos do que está em discussão.
Destes ilustres signatários quantos estudam activamente o assunto em causa? Responda só a esta, porque deve saber e não vou investigar um a um. -- JRF
Mas quanto a motivações a carta denuncia-se a si mesma. Gosto especialmente da parte em que diz "as tentativas de travar as emissões têm como consequência um retardar do desenvolvimento"… claro. Energia solar, eólica tecnologias de vanguarda (os cavalos de batalha ao que consta) são atraso, petróleo, carvão tecnologias do século XIX são desenvolvimento. Está certo. Atraso é uma lâmpada de leds, desenvolvimento é com um pêlo da barba do Thomas Edison. Correcto.
ResponderEliminarA sonda Spirit em Marte, prolongou a sua missão por mais seis anos para além do previsto, mas não era a carvão, era a energia solar.
O Jorge Oliveira lamenta que não tenha passado na televisão porque isto é uma carta para a imprensa, para a desinformação que serve a não sei quem (para além dos do costume). O objectivo é que a ideia de prosperidade esteja associada a poluição e destruição. Tudo o resto é regressar às cavernas. -- JRF
O relatório vou dar de barato que seja alarmista; é uma refinada mentira sequer sugerir que exista alarme. Fala-se de Quioto, podia-se falar de outras grandes conferências e o business é as usual. Se for consultar o gráfico de CO2 (esse grande fertilizante!) desde 2010, não vejo alarme nenhum.
ResponderEliminarPortanto, caro Pinho Cardão, porquê o cavalo de batalha? Isso gostava de saber. -- JRF
Vejo que não se aperceberam de que o post de Miguel Araújo que citei lá muito acima (antiguinho), é uma resposta a essa carta, desmontando-a de forma clarinha, clarinha, clarinha.
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão,
Também a mim me irritam os alarmistas, e as pessoas por dá cá aquela palha, usam os fenómenos meteorológicos para tentar provar tendências climáticas, o que é uma rematada idiotice.
Quanto à argumentação do vapor de água, ela é, também, velhinha, velhinha, velhinha.
Veja, por exemplo, este post do Miguel Oliveira e Silva (http://ambio.blogspot.pt/2009/12/aquecimento-global-ser-ou-nao-ser-e-o.html).
No essencial a questão é a seguinte: se Jorge Oliveira estiver certo e tivermos adoptado a políticas erradas, ficamos um bocadinho mais pobres do que poderíamos, na pior das hipóteses.
Mas se Jorge Oliveira estiver errado e não tivermos adoptado as mesmas medidas, as perdas serão brutais, quer económica, quer socialmente.
Pergunte a qualquer gestor de risco o que faria num quadro de incerteza desses e penso que rapidamente chegaremos a acordo sobre o essencial.
henrique pereira dos santos
Caros,
ResponderEliminara indústria do paper é uma indústria como outra qualquer e não é desprovida de interesses. Argumentos que sugerem que há interesses de um lado e não interesses do outro é uma falácia. Isto sem contar com os interesses da indústria das "renováveis". Nos opositores a esta carta há algumas centenas largas de "investigadores" que tiram a sua rendas dos estados à conta da ideia (que pode estar correcta, não digo que não) da causa humana. Há interesses económicos dos dois lados, não apenas de um, como é sugerido e nenhum dos lados é movido apenas pelos interesses da humanidade.
Do ponto de vista físico, faz sentido que exista uma relação entre a libertação de gases para atmosfera e o aquecimento. Mesmo que essa libertação corresponda a apenas 1%. Estamos a falar de aumentos de 1% na velocidade média das partículas da atmosfera, portanto o jogo faz-se nessas escalas. E, como é óbvio, já havia um problema de poluição ANTES de se descobrir as variações climáticas.
Mas a questão económica de facto não é menor e o problema aqui não me parece ser se há ou não um papel humano na destruição dos recursos naturais, mas da urgência na resolução desse problema, que leva a soluções patetas como as eólicas e a negar-se investimentos mais racionais no nuclear.
Caro João Pires Cruz,
ResponderEliminarChegamos sempre ao mesmo ponto: o que é bom é o nuclear.
Só ainda não percebi por que razão o nuclear é mais racional.
É que se discutimos custos, o exemplo dado é o do nuclear histórico e os seus custos baixos à custa da privatização dos lucros e da socialização dos riscos e prejuízos. Mas se falamos de risco, o exemplo dado é o nuclear que está para vir, mas que não está comercialmente maduro em lado nenhum.
O que nunca ouvi foi uma defesa do nuclear assente nestes dois pressupostos ao mesmo tempo: a economia do nuclear com a respectiva internalização do risco.
Como sabe todos os países mais desenvolvidos e economicamente eficientes investem em renováveis (eólicas e outras) e em eficiência energética (incluindo os EUA), mas muito poucos dentre eles investem neste momento em nuclear.
Perderam a noção de eficiência económica, ou o problema é um bocadinho mais complexo e a racionalidade do nuclear não é um dado adquirido (muito menos o seu baixo custo)?
henrique pereira dos santos
Eu não disse que nuclear é que é bom. Até ver, é o que de mais "renovável" existe, do que mais limpo existe e do que menor investimento público recebe, muito em resultado das campanhas soviéticas da guerra fria.
ResponderEliminarA porcaria das ventoínhas, um fiasco anunciado há anos, tem planos de investimento a décadas baseados em pressupostos nunca cumpridos de resiliência dos custos face aos combustíveis. O nuclear, que é um mero problema de baixa tecnologia, não recebe nada disto. Porquê? Imagem de mercado. Essa conversa da socilaização disto e daquilo é treta, desculpe lá que lhe diga. Privado nesta história é toda a gente, a começar pelos engenheiros de soluções miraculosas.
Diz o caro Jorge Oliveira, no início da primeira parte do seu último comentário que: «Estes debates têm tendência para se tornar intermináveis.» Sou inteiramente de acordo. E, penso que essa infinitude será resultante da inabilidade de a ciência poder ser omnisciente. A ciência limita-se a verificar dados, a conjuga-los, a estima-los, a medi-los, a organiza-los estatisticamente, por forma a conseguir identificar os fenómenos, as causas e os efeitos dos mesmos, mas nunca a previsibilidade.
ResponderEliminarDaí, as opiniões cientificas serem suscetíveis de não coincidir, mesmo dispondo de dados inegável e comprovadamente existentes.
Um exemplo do que acabo de expor, acontece quando a rota de alguns cometas se aproxima demasiado do campo magnético da terra. Quando isto sucede, apesar de todos os sofisticados aparelhos de observação e medição, apesar de todos os programas informáticos e dos super-mega-híper computadores ao serviço da comunidade científica, nunca esta consegue afirmar com precisão se a rota do cometa sofrerá alterações e se virá a colidir com o nosso planeta e quais as alterações no clima, na inclinação do eixo magnético, na ocorrência de fenómenos geológicos e comportamentais dos seres humanos, esta passagem irá influenciar.
Resumindo; possuímos ciência, a qual nos coloca cada dia mais questões e nos obriga a procurar respostas, mas não possuímos omnisciência.
Caro João Cruz,
ResponderEliminarDeixe-me só ver se entendo: no seu ponto de vista, o que o Estado fez em Three Mile Island, Chernobyl ou Fukushima não é investimento público, é isso?
O que o Estado faz na investigação não é investimento público?
O que a EDF, uma empresa estatal durante anos, fez não foi investimento público?
O que os Estados fazem para resolver os problemas dos resíduos (sem terem conseguido até agora) não é investimento público?
A transferência de tecnologia militar e civil nesse domínio (não, não é só a Rússia da guerra fria) também não envolve investimento público?
Faça bem as contas (incluindo as contas das eólicas, como elas devem ser feitas, não é ao preço médio da energia, mas ao preço marginal de mercado por cada unidade de energia a mais) e provavelmente chegará a valores bem diferentes do que diz.
Espero que não use contas à moda do Pinto de Sá, por favor, porque essas desmontam-se com uma perna às costas.
henrique pereira dos santos
Não, isso foi despesa pública. Investimento público creio ser o que está a acontecer na Finlândia que andam há séculos a desenvolver a tecnologia para desenvolver formas de tornar mais segura a fissão enquanto, em paralelo, financiam no âmbito europeu a fusão. As tecnologias para tornar a fissão mais seguras são uma coisita quando comparadas com as tecnologias necessárias para tornar a fusão viável ou a eólica rentável. O meu ponto é apenas esse, de um lado estamos a falar de tecnologias mais que maduras e no âmbito dos materiais, nos outros dois estamos a falar de décadas de R&D.
ResponderEliminarE ao nuclear nunca foi dada a "abebia" que foi dada ao vento ou ao solar foto. O nuclear sempre se teve que desenvolver a partir dos resultados da produção. Os outros foram subsidiados para produzir.
Quem é o Pinto de Sá? :)
O Eng Pinto de Sá tem um blog, muito citado nestas discussões, chamado a ciência não é neutra, onde faz umas contas em que conclui que é sempre tudo muito mau para o lado das renováveis.
ResponderEliminarPois, a socialização da despesa associada aos riscos (como sabe, nenhuma seguradora no mundo aceita segurar a responsabilidade civil de uma nuclear) é uma das grandes vantagens comparativas do nuclear.
O nuclear nunca teve abébias como as renováveis? Não há nuclear nascido nas empresas, todo ele foi iniciado pelo Estado, mesmo nos países mais liberais (em grande parte, por razões militares, é certo, mas com dinheiro público).
A Finlândia é mesmo o melhor exemplo, porque é, neste momento, uma boa demonstração da aplicação prática da segurança nuclear (e as centrais ultrapassaram todos os prazos de construção, todos os orçamentos e sem fim à vista).
O dilema do nuclear é exactamente o facto de que o que está comercialmente maduro não dá garantias suficientes e o que dá garantias não está comercialmente maduro.
Convenhamos que o assunto é muito mais complexo que simplesmente assumir-se que é mais racional.
O nuclear, como qualquer outra tecnologia, tem vantagens e desvantagens e é preciso discuti-las em concreto, não apenas empurrar a discussão para debaixo do tapete com a evidência da racionalidade ou da economia, que são coisas que estão por demonstrar.
henrique pereira dos santos
As renováveis também nasceram no estado. O problema não é o nascimento, é o crescimento. Digamos que é uma adolescência bem prolongada. É neste sentido que falo da abébia. De resto, não me parece pior o ultrapassar dos orçamentos finlandeses que os orçamentos das renováveis. Segundo sei a data de convergência dos preços foi adiada mais uns anos valentes e vou ser eu a pagar isso. Os finlandeses quando acabarem vão ter tecnologia que, provavelmente, todos querem enquanto que nós vamos ter sucata dinamarquesa em barda.
ResponderEliminarMas, repare, eu não estou a fazer conta nenhuma. Por mim, se a technologia das baterias e do fotovoltaico avançar por outros lados, melhor. Agora, como as coisas se estão a mostrar, acho que vamos cair no nuclear sim. Talvez de forma mais europeia, talvez num array de centrais na Lapónia a fornecer a europa toda(hoje também não faz sentido ter as centrais no meio das cidades). Não sei. Sei que o caminho das eólicas, não me parece.
Era bom fazer contas. Aos preços das últimas eólicas, está perfeitamente competitivo (ao contrário das primeiras tarifas, essas sim, muito altas. A verdade é que estão a acabar os primeiros desses contratos passando esses parques eólicos a praticar preços de mercado).
ResponderEliminarPode chamar-lhe sucata dinamarquesa, mas aconselho também uma leitura dos números da exportação na fábrica de viana do castelo.
henrique pereira dos santos
Para gestor de risco não há que procurar muito, basta considerar o nosso conhecido dr. Pinho Cardão, que é vogal da Comissão de Avaliação de Riscos do BCP!
ResponderEliminarAliás o modo pausado, prudente e razoável como analisa o tema das alterações climáticas demonstra a qualidade da formação que decerto recebeu na Assembleia da República. Enquanto Deputado deve ter tido muitas vezes que tomar decisões em matérias em que não era especialista e onde o bom senso e pragmatismo devem imperar.
Tem é o problema de ter estudado finanças e não nunca poder ser um verdadeiro sábio. Já dizia um exemplar superior da espécie dos tugas que o homem mais sábio que conheceu era analfabeto. É uma limitação do dr. Cardão (e dos que por aqui lêem e escrevem), não ser(em) mais sábio(s) que o tal referido pelo Nobel, mas ninguém é perfeito!
Está ainda muito bem assessorado, como demonstra o texto que citou onde o autor pôs claramente o dedo na ferida -- o que é importante é o H20 e não o CO2. Consta que esta descoberta fulminante vai ser aplicada na legislação das garagens. Se o que conta é o O2 que respiramos, os avisos e sensores de CO devem ser substituídos por sensores de O2. Está visto que essa ideia do CO é conluio da máfia das eólicas. Entretanto empresas do nuclear chamam a atenção de que o O2 é mais rico em neutrões que o CO (facto confirmado por milhões de cientistas em todo o mundo). Sendo por isso lícito esperar que contribua positivamente para o PIB.
Por outro lado este brilhantismo na escolha de assessores demonstrado pelo dr. Pinho Cardão, já foi topado pelos olheiros do Sr. Presidente da República. Já se planeiam uma aulas do futuro Prof. Cardão permitindo a Cavaco Silva realizar o feito de terminar o mandato em ombros da Associação de Protecção dos 25 de um dia de Abril 1974.
Caro Ilustre Mandatário:
ResponderEliminarSe o ter publicado um texto que não era meu me elevou às alturas referidas neste seu último comentário, poderei subir às estrelas se me esmerar a presentear o meu amigo com um texto bem estufado e servido a quente ou a frio, como melhor entender. Vou pensar nisso, que isto de ficar pela presidência da república parece-me coisa modesta para o meu merecimento.
E o meu amigo vá mandando, que o seu baile mandado, mesmo impreciso, sempre é capaz de alegrar alguém. O 4 R gosta das pessoas felizes.!
“o principal gás com efeito de estufa é o vapor de água e não o dióxido de carbono, nem nenhum outro gás.”
ResponderEliminarCorrecto. Mas pressupõe que aceitamos como válida a ideia de que há, nas atmosferas planetárias (talvez em Vénus, pela sua densidade) um efeito de estufa. Convém recordar que as estufas aquecem, independentemente dos gases lá contidos, porque uma barreira física (as paredes e tecto, sólidos, da estufa) impede a convecção e consequente perda de energia por trabalho (expansão do volume).
“E não porque a molécula H2O tenha maior potencial de absorção da contra-radiação infravermelha (a emitida pela superfície que foi aquecida pela radiação solar incidente) do que a molécula CO2. Pelo contrário, numa perspectiva molecular, a molécula CO2 tem um potencial de absorção superior ao da molécula H2O.”
Tenho que discordar. As moléculas de vapor de água, além de (em média) estarem presentes na nossa troposfera em número 50 vezes superior ao das moléculas de dióxido de carbono têm, de facto, analisando molécula a molécula, maior capacidade de absorção de radiação infravermelha que aquele gás. Veja-se aqui [http://wattsupwiththat.files.wordpress.com/2008/06/atmospheric_spectral_absorption.png] os espectros de absorção dos dois gases (no conjunto: infravermelho longínquo, infravermelho e infravermelho próximo (gama onde o CO2 não absorve, e que é mais energética)). E a água ainda leva de vantagem, o facto de absorver também, na gama de microondas.
A capacidade de absorção de calor pelas moléculas da água é muito superior à das de dióxido de carbono (agradeço correcção se estiver a ver algo erradamente) tal como se comprova por comparação da capacidade térmica mássica de ambos os gases (quer a pressão constante quer a volume constante).
“Acontece no entanto que, em média, na atmosfera existe uma massa total de vapor de água entre quatro a cinco vezes a massa de dióxido de carbono.”
Também não concordo com esta frase. A massa de um mole de CO2 é de 44 g; a massa de um mole de água é 18 g, portanto, o CO2 é, para o mesmo número de moléculas, cerca de 2,45 vezes mais "pesado". A quantidade de CO2 na atmosfera é (na versão da NASA) de aproximadamente 400 ppm (0,04%); a quantidade de água na atmosfera é (muito variável, mas habitualmente considerada como) em média 2%, portanto 50 vezes mais abundante. A massa total de água, na atmosfera é, portanto (50/2,45) cerca de 20 vezes superior à de dióxido de carbono.
Considera-se habitualmente que o teor médio, em volume, de vapor de água na atmosfera é cerca de 0,4%. O teor em massa dá cerca de 0,25%.
ResponderEliminarPara o CO2, o teor médio em volume é de 400 ppmv, ou 0,04%. Em massa dá 606 ppmm, ou 0,06%.
Para estes valores determina-se que a massa total de vapor de água
na atmosfera é cerca de 13x10^12 toneladas e a de CO2 é de 3x10^12 toneladas. A relação é de 4,3.
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarEntão o meu amigo não visitou o site que aqui deixei no post lá acima? Era serviço público e gratuito. Aliás era esse o objectivo do meu primeiro post. Visite-o que fica mais bem servido que com os bitaites que vai recolhendo aqui e acolá (que só o diminuem a si e aos autores).
Mas se quiser um sumário executivo, poderá encontra-lo em:
http://static.berkeleyearth.org/pdf/skeptics-guide-to-climate-change.pdf.
Os autores são homens de ciência, mas não estão isolados do mundo nem das empresas (também pode verificar isso no site acima).
Quanto à argumentação e o texto que pede, tenha paciência, infelizmente a minha vida é muito curta para andar a defender as alterações climáticas -- aliás o Henrique Pereira dos Santos é sólido e não precisa de ajuda. Quem quiser aprender que trabalhe por si próprio no site que referi.
Cumprimentos, IMdR
Henrique,
ResponderEliminarestou a seguir as informações de um estudo que ouvi na católica há duas semanas. Não fiz as contas no sentido em que não as revi.
Peço desculpa por não ter passado por aqui há mais tempo para agradecer a resposta (e correcção) ao meu comentário, pelo Eng. Jorge Oliveira.
ResponderEliminar2% (em média) de vapor de água na atmosfera da Terra é um exagero, de facto, apesar de já ter visto este número em vários livros e artigos. Escreve-se e diz-se tanto disparate, que é quase impossível não reproduzirmos um ou outro. Os 0,4% que aponta, apesar de me “parecerem” ligeiramente baixos, estão certamente muito mais próximos da realidade que os 2% que referi.
Obrigado.