sábado, 7 de junho de 2014

Tribunal Imotivacional

"...nenhum critério densificador do significado gradativo de tal diminuição quantitativa de dotação e da sua relação causal com o início do procedimento de requalificação no conceito e específico órgão ou serviço resulta da previsão legal, o que abre caminho evidente à imotivação..."
(Naco de Acórdão do TC sobre rubricas do OE- Recolhido do artigo de Miguel Sousa Tavares, Imotivação,  no Expresso de 7 de Junho de 2014).
Ora aí está um naco de prosa verdadeiramente consonante com a Constituição!...
E absolutamente ifrustracional.

10 comentários:

  1. São estas pequenas erudições que fazem os promissores mágicos da comédia, sobressair e, tornar-se... GRAAAANDES!
    - Grandes, quê?!
    - Isso, nada interessa. O importante é que sobressaiam e sejam visíveis, "depois" se verá!
    - Hmmm??? Não vai haver "depois" ???!!!
    - É lá... se também cortarem o "depois" é que está tudo... tramado.
    https://www.youtube.com/watch?v=DmNKm9oU-Kk

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  2. Dr. Pinho Cardão
    Provavelmente é uma frase que não faz qualquer falta? Ou será improvável que assim seja?

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  3. quando acordam escrevem textos dignos da arte de Cantinflas

    ou
    a história do 'j. ratton' caído e cozido no Calderón
    La vida es sueño e El gran teatro del mundo

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  4. Caro Dr. O TC tem muito de enigmático o que se torna num risco para qq. Estas últimas decisões são uma afronta ao pobre, basta ver as notícias.
    Por outro lado, causa-me perplexidade como 13 pessoas, tantas como um governo, trabalham tão pouco. Levar 4 meses para dizer pouco, é obra.
    Perplexidade tb pela imagem de negritude.As cabeças nem prá esquerda nem prá direita.Mais aspecto sedativo, o que não faria mal, tal como a polícia, mudarem de cor nas fardas.
    Com tantos a ajudarem a coisa vai ficar Negrita.
    Cumps.

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  5. Um acórdão infeliz. Também na forma.

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  6. Cara Margarida:
    "Provavelmente é uma frase que não faz qualquer falta?", pergunta a Margarida.
    Creio que não, creio que não. É que a frase traduz o profundo pensamento juríco-constitucional do autor. E é,na sua clareza, a chave para a compreensão do venerando acórdão.

    Caro Fluribundus:
    Tem toda a razão. Ainda a coisa há-de vir a servir de conto às criancinhas: portas-te mal, vais para o ratton...

    Caro opjj.
    Trabalham pouco e demoram tanto? Olhe que talvez não!...É que juntar aquele conjunto de palavras para nada dizer parece-me trabalho aturado!...
    Eu digo-lhe que não seria capaz.

    Caro Ferreira de Almeida:
    Hoje deu-me para discoradar. Acórdão infeliz? Não. O TC até me vparece bem feliz e o autor deve estar felicíssimo com o rasgo.
    Infelizes, nós, que suportamos o acórdão e a forma.

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  7. Nos tempos em que o desenvolvimento das nações é sabido fazer-se de educação, inovação, criatividade e tecnologia, a nossa está refém de um grupo de velhos que fizeram matemática do 9° ano, mal e porcamente. Dá nisto, claro!

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  8. Creio que, se alguns tivessem feito como deve ser, eram mais claros no raciocínio...

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  9. Creio que esta citação não é deste acórdão, pelo menos trata da questão da requalificação e dos critérios que levariam aos despedimento e esse tema não foi tratado agora, mas realmente ilustra bem a dificuldade em transmitir um raciocínio. Prática muito comum entre nós, basta ligar a televisão e assistir a uma mesa redonda.

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  10. Cara Suzana:
    Sempre optimista...
    É que, no caso, não há qualquer raciocónio subjacente. Apenas um monte de palavras.

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