1. Foi hoje notícia a descida das taxas de juro implícitas na cotação da dívida pública irlandesa (yields), no prazo de 2 anos, para um nível inferior a 0%.
2. Trata-se de uma situação que ultrapassa, surpreendentemente, a mais ambiciosa pretensão dos Reestruturacionistas que por cá se manifestam – que, como sabemos, consiste em alargar os prazos da dívida para o extremo do horizonte visual, se possível com juros bonificados, pressupondo a inocência dos credores – com a enorme vantagem de não indispor os credores, antes recebendo a sua adesão espontânea...
3. Sem ruídos que se notem, sem proclamações reestruturacionistas, sem planos geniais para a saída “controlada” do Euro - que entre nós continuam a ser glosados pelos mais eloquentes produtores de opinião - a Irlanda vai fazendo o seu caminho, sem alardes, com a economia a crescer e...
4. ...como agora se vê, tendo os credores/mercado na mão, ao ponto de se disporem a pagar para deter o estatuto de credor da Irlanda.
5. Mais uma vez, como aqui já salientamos noutras oportunidades, a Irlanda mostra-nos o caminho!
«A inocência dos credores»
ResponderEliminarAcontece que os “credores” são um Monopílio Bancário e os maiores parasitas do planeta.
O que se passou na Irlanda foi um roubo brutal levado a cabo pelo Monopólio Bancário Internacional. Qualquer pessoa bem informada sabe que a Irlanda está de rastos. Portanto, estas medidas não passam de areia atirada aos olhos dos irlandeses.
O único caminho possível é exterminar esse Monopólio Bancário Internacional e os seus capangas.
Caro Tavares Moreira, há muitos anos, desde muito antes dos tempos conturbados actuais, que a Irlanda mostra o caminho. Não vejo quem o queira seguir em Portugal como antanho não houve quem o quisesse ver.
ResponderEliminarCaro Zuricher,
ResponderEliminarInfelizmente e por muita vontade que tivesse, não consigo contestar este seu ponto. Ainda esta semana tive a fugaz "felicidade" de ver e ouvir, por uns instantes (ao fim de alguns segundos estava esgotado, não aguentei mais) dois talentosos comentadores, num dos mais vistos canais de TV, dissertando solenemente sobre uma "saía controlada do Euro", perante o ar enternecido de uma pivot que tinha a obrigação de perceber o enorme logro da conversa...
Não existe remédio possível, tem razão, infelizmente!
Que patetice a minha, não é que li que a Irlanda vai fazendo o seu caminho sem ALARVES? Claro que o meu caro não ia chamar isso a boa parte dos intelectuais do Quelhas...
ResponderEliminarSe são ALARVES, não estou em condições de avaliar, caro Pires da Cruz...que algumas das suas proclamações têm o sabor irresistível da alarvidade, certamente...
ResponderEliminarE o que mais me impressiona, confesso, é o ar doutoral e definitivo, a tanger a arrogância, com que essas teses são proferidas; e sabendo nós que, caso tivessem de ser postas à prova, constituiriam o maior desastre social e económico que alguma vez se viu...
É patético, muito patético mesmo.
Isto é
Epistemologias do Sul, meu caro. Não são alarvidades, são Epistemologias do Sul...
ResponderEliminar"Irlanda mostra-nos o caminho...mais uma vez!"
ResponderEliminarQue caminho?
O caminho de ajoelhar e calar?
De beijar a mão aos FDPs da banca internacional?
Hoje os juros estão a A%, amanhã são 2xA%, um dia um banqueiro de wall street acorda com diarreia e disparam para 20xA%.
Depois outro banqueiro nojento, dá um peido a a bolsa cai, provoca uma crise global. Nas TV aparecem palhaços a dizer que a economia Portuguesa não estava preparada e não é competitiva o suficiente para aguentar peidos daquele tamanho.
Os banqueiros e quem gosta deles, quem gosta de lhe lamber o rabo deviam ser todos estripados na praça pública.
Podem crer que não havia mais crises das dívidas e défices acima de 130%.
Pensamento do Pedro Lopes
ResponderEliminar"
Os banqueiros e quem gosta deles, quem gosta de lhe lamber o rabo deviam ser todos estripados na praça pública. "
Quando é que os pedros lopes entendem que quem pede mais deficit, mais investimento, mais subsídios, mais dívida, mais dinheiro, mais apoios, menos cortes, mais etc, estão a fazer o jogo desses banqueiros abutres capitalistas.
Se tivermos uma dívida controlada (pequena), deficites zero, os abutres capitalistas mandam menos que zero.
Pensamento do Pedro Lopes
ResponderEliminar"
Os banqueiros e quem gosta deles, quem gosta de lhe lamber o rabo deviam ser todos estripados na praça pública. "
Quando é que os pedros lopes entendem que quem pede mais deficit, mais investimento, mais subsídios, mais dívida, mais dinheiro, mais apoios, menos cortes, mais etc, estão a fazer o jogo desses banqueiros abutres capitalistas.
Se tivermos uma dívida controlada (pequena), deficites zero, os abutres capitalistas mandam menos que zero.
Pensamento do Pedro Lopes
ResponderEliminar"
Os banqueiros e quem gosta deles, quem gosta de lhe lamber o rabo deviam ser todos estripados na praça pública. "
Quando é que os pedros lopes entendem que quem pede mais deficit, mais investimento, mais subsídios, mais dívida, mais dinheiro, mais apoios, menos cortes, mais etc, estão a fazer o jogo desses banqueiros abutres capitalistas.
Se tivermos uma dívida controlada (pequena), deficites zero, os abutres capitalistas mandam menos que zero.
O caminho da Irlanda ???
ResponderEliminarEntão...mas afinal:
- a legislatura está a cumprir-se
- a execução do programa da Troika foi um sucesso (x12 avaliações !!!)
- já vamos aos mercados.
Pelo que a divida publica só pode mesmo ter baixado, certo ?
Apertamos o cinto, aguentamos os cortes, passamos a viver dentro das possibilidades....
...não tá já tudo bem ???
Ou será que afinal, não é nada assim...e estamos com uma divida ainda maior ?? queres ver ???
então sem Crescimentistas e sem Investimento Publico....a divida cresceu ???
não posso crer, será...?
Essa expressão Epistemologias do Sul merece ser emoldurada, caro Pires da Cruz.
ResponderEliminarAcho muito bem observado, embora me pareça que estas epistemologias tratam mais dos problemas filosóficos decorrentes da fantasia social do que da ciência...
Caro luis barreiro,
Tem certamente toda a razão nas observações que produz...
Todavia, creio que nunca valeu nem valerá a pena lutar contra moinhos de vento...ou paredes de betão ideológico.
Caro Tavares,
ResponderEliminarConcordo em absoluto que a expressão «Epistemologias do Sul» merecia ser emoldurada (onde diabo terá o Pires da Cruz aprendido essa palavra tão complexa - «epistemologia»?).
Igualmente, deveria também ser emoldurada a fotografia do Pires da Cruz. Mostra a expressão de um homem que sabe o que quer e sabe para onde vai. Os braços cruzados, a gravata composta, a camisa bem passada e o ar decidido não enganam. E se, por acaso, ele não seja um profundo conhecedor destas matérias financeiras, pelo menos a sua fisionomia é convincente.
E, amigo Tavares, talvez valha a pena lutar contra moinhos e paredes, que talvez não sejam de vento ou de betão, mas simplesmente parasitárias a uma escala planetária.
E estou convencido que um número crescente de portugueses, espanhóis, italianos, gregos, franceses, irlandeses, alemães, nórdicos, americanos e milhares de milhões de outros habitantes deste satélite do sistema solar estão cada vez mais dispostos a isso.
Penso que os próximos anos vão ser ricos em emoções...