Ontem, mais uma greve de trabalhadores da TAP encheu os noticiários da rádio e das televisões. Aliás, as greves são produto que os media recebem com enorme gulodice e promovem com não menor entusiasmo. Enchem-lhes à borla os noticiários e o trabalho está feito: reportagens de há um ou dois anos podiam até substituir perfeitamente os directos de agora.
Naturalmente, a greve causou transtornos a muita gente que tinha pago o seu bilhete, coisa de somenos para os trabalhadores grevistas, para quem os direitos alheios são coisa de nula importância.
Mas o espantoso é que, nas reportagens que vi, a culpa dos problemas vividos com a anulação dos voos era sempre da TAP. Os grevistas nada tiveram a ver com isso. Claro, eles só faziam o que, eles ou outros, constantemente têm vindo a fazer. Pelo que dizem, lutando A bem da Nação.
Claramente!
Tem toda a razão. Para mim, o "êxito" das greves está directamente relacionado com a propaganda que a comunicação social lhes faz. Tolamente, claro.
ResponderEliminarDr. Pinho Cardão
ResponderEliminarO que é também extraodinário é que ninguém se questione com princípio, meio e fim sobre qual a razão da greve. A crise acaba por ser a justificação e como a crise afecta muita gente, aceita-se a greve e pronto. Num directo de uma televisão, perguntavam a um passageiro há horas em terra se sabia qual a razão da greve, se concordava e se não causava transtorno. Resposta: se não fizerem greves até parece que está tudo bem! Mudei de canal, mas no outro canal a história era mais ou menos a mesma...
Privatize-se e depressa, talvez esta gente bem paga pelos contribuintes, pois o acumulado de prejuízos é enorme, tomem consciência do mal que fazem à Nação e ás pessoas que têm os seus compromissos.Se somarmos as greves dá um rombo de 50 milhões.
ResponderEliminarCaro Tiro ao Alvo:
ResponderEliminarCreio que o termo é mesmo esse: propaganda, já que não se trata de mera informação.
E é comovente verificar que as televisões acertam sempre nos locais onde estão os dirigentes sindicais para usar da palavra...
Cara Margarida:
Na função pública e nas empresas nacionalizadas há dezenas e dezenas de greves por ano. Há, porque sim. Ninguém já questiona as causas, porque já todos desistiram de as compreender. Todos, com excepção dos militantes e alguns outros, claro está.
Caro opjj:
De facto, a greve é contra todos nós, a quem dizem que as empresas públicas são nossas. Mas não são. São de quem, a seu bel prazer, põe e dispõe dos dias em que o pessoal pode ou não trabalhar.