terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O lockout na TAP

Hoje, mais um sindicato decretou mais uma paralisação na TAP. Os sindicatos espoliaram a empresa aos cidadãos deste país, que lhe deram capital e a pagam, tornaram-se os novos donos, puseram-na ao serviço dos seus interesses, abrem-lhe  e fecham-lhe as portas quando entendem. 
Não, não há uma greve na TAP. O que há é um lockout decretado pelos patrões. Ilegal e inconstitucional.
Mas que interessa isso aos sindicatos-patrões da TAP que boicotam a economia, dispõem da vida das pessoas, e nenhum poder soberano os afronta?

3 comentários:

  1. Anónimo12:59

    Os sindicatos dos funcionários da TAP fazem-me lembrar os da Alitalia. Na Alitalia o pessoal de bordo, principalmente de cockpit, habituou-se a uma série de mordomias perfeitamente impossiveis nos tempos actuais e nunca perceberam o que estava a acontecer à companhia que, por fim, caiu na bancarrota. Alguns dos seus activos foram comprados por investidores privados dando origem à actual Alitalia. Claro que muitos tripulantes da antiga Alitalia foram para a rua e os que ficaram tiveram condições mais consentâneas com os tempos actuais na industria da aviação.

    Assim estão os tripulantes da TAP. Recusam-se a entender que os tempos mudaram e que os tempos em que podiam ser primadonnas já lá vão há muito. Provavelmente o que não entendem a bem vão entender a mal e terão tempo para reflectir sobre o assunto quando estiverem na bicha da Segurança Social (ou lá onde se trate disso) com o impresso para pedir o subsidio de desemprego na mão.

    A industria da aviação mudou muito nos últimos 30 anos. Viajar de avião deixou de ser elitista e as viagens deixaram de ter os luxos doutros tempos. O acesso ao avião abrange hoje vastos segmentos da sociedade que antanho nem podiam sonhar em aproximar-se do aeroporto mais que para ver os aviões. O reverso da medalha é que houve a necessidade de cortar custos nas companhias aéreas e, claro, um desses cortes vem na conta com o pessoal. Reduzem-se tripulantes até ao mínimo legal (algo que os tripulantes de cabine da TAP não aceitam) e os salários deixaram de ser o que eram. Aceito que sejam bem pagos até por ser uma profissão (tanto tripulantes de cockpit como de cabine). Mas o que foi em tempos era também um exagero.

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  2. E, por consequência, os voos Lisboa versus Manaus ficam também comprometidos.

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  3. Anónimo13:06

    Aditamento ao post das 12h59.

    Onde se lê "Aceito que sejam bem pagos até por ser uma profissão (tanto tripulantes de cockpit como de cabine)." deverá ler-se "Aceito que sejam bem pagos até por ser uma profissão (tanto tripulantes de cockpit como de cabine) com fortes exigencias ao nivel da vida pessoal.".

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