Hoje, mais um sindicato decretou mais uma paralisação na
TAP. Os sindicatos espoliaram a empresa aos cidadãos deste país, que lhe deram capital e a pagam, tornaram-se os novos donos, puseram-na ao serviço dos seus interesses, abrem-lhe e fecham-lhe as portas quando entendem.
Não, não há uma greve na TAP. O que há é um lockout
decretado pelos patrões. Ilegal e inconstitucional.
Mas que interessa isso aos sindicatos-patrões da TAP que boicotam a economia, dispõem da vida das pessoas, e nenhum poder soberano os afronta?
Mas que interessa isso aos sindicatos-patrões da TAP que boicotam a economia, dispõem da vida das pessoas, e nenhum poder soberano os afronta?
Os sindicatos dos funcionários da TAP fazem-me lembrar os da Alitalia. Na Alitalia o pessoal de bordo, principalmente de cockpit, habituou-se a uma série de mordomias perfeitamente impossiveis nos tempos actuais e nunca perceberam o que estava a acontecer à companhia que, por fim, caiu na bancarrota. Alguns dos seus activos foram comprados por investidores privados dando origem à actual Alitalia. Claro que muitos tripulantes da antiga Alitalia foram para a rua e os que ficaram tiveram condições mais consentâneas com os tempos actuais na industria da aviação.
ResponderEliminarAssim estão os tripulantes da TAP. Recusam-se a entender que os tempos mudaram e que os tempos em que podiam ser primadonnas já lá vão há muito. Provavelmente o que não entendem a bem vão entender a mal e terão tempo para reflectir sobre o assunto quando estiverem na bicha da Segurança Social (ou lá onde se trate disso) com o impresso para pedir o subsidio de desemprego na mão.
A industria da aviação mudou muito nos últimos 30 anos. Viajar de avião deixou de ser elitista e as viagens deixaram de ter os luxos doutros tempos. O acesso ao avião abrange hoje vastos segmentos da sociedade que antanho nem podiam sonhar em aproximar-se do aeroporto mais que para ver os aviões. O reverso da medalha é que houve a necessidade de cortar custos nas companhias aéreas e, claro, um desses cortes vem na conta com o pessoal. Reduzem-se tripulantes até ao mínimo legal (algo que os tripulantes de cabine da TAP não aceitam) e os salários deixaram de ser o que eram. Aceito que sejam bem pagos até por ser uma profissão (tanto tripulantes de cockpit como de cabine). Mas o que foi em tempos era também um exagero.
E, por consequência, os voos Lisboa versus Manaus ficam também comprometidos.
ResponderEliminarAditamento ao post das 12h59.
ResponderEliminarOnde se lê "Aceito que sejam bem pagos até por ser uma profissão (tanto tripulantes de cockpit como de cabine)." deverá ler-se "Aceito que sejam bem pagos até por ser uma profissão (tanto tripulantes de cockpit como de cabine) com fortes exigencias ao nivel da vida pessoal.".