Os taxistas lisboetas não querem motociclistas nas faixas bus.
Os mesmos taxistas contestam a legalidade das operações dos tuk-tuk.
Os taxistas (e pelos vistos o regulador) consideram ilegal o Uber.
Em suma, os taxistas consideram que ninguém pode invadir o seu território ou fazer-lhes concorrência. Alguns dos ultaliberais no poder também...
Os taxistas só não estão contra os veículos decrépitos, desconfortáveis, sujos que conduzem.
Nem contra a antipatia de muitos, contra a má apresentação nem contra os muitos casos de burla e más contas. Ao que parece o neoliberalismo também não está.
Um exemplo, entre muitos, da nossa endógena ultraliberal alergia à concorrência e à competição estimulantes...
Grande humor, caro Ferreira de Almeida:
ResponderEliminarO facto é que, por cá, e para muitos, essa "endógena alergia à concorrência e à competição" é chamada de neoliberalismo.
A coisa vai ao ponto de algumas medidas tipicamente socialistas do governo, como o aumento de impostos ao nível do confisco, sobretudo se adionado à CES para reformados, também serem apodadas de medidas neoliberais.
Enfim, uma enorme contradição, o termos um governo classificado como neoliberal, mas com medidas a mais das vezes típicas de governos socialistas...
...repudiadas pelos socialistas bateriologicamente puros!
ResponderEliminar...não há como ser preciso...
ResponderEliminarUtilizei durante bastante tempo, o serviço de táxi. E essa experiência, fundamentada nas histórias que me foram sendo transmitidas pelos (na maioria) faladores-condutores-de-táxi, levou-me a estabelecer uma comparação entre eles e as prostitutas, que na altura decoravam os bares do Cais do Sodré. Tanto uns como os outros "atendiam" os clientes em pardieiros, ambos se esmeravam na "lábia" que fazia com que o cliente saísse satisfeito e, ambos se degladiavam com o(a)s seus congéneres quando ocorria um roubo de cliente. Sempre, tanto os taxistas como as prostitutas defenderam os seus territórios, a sua honra eo seu profissionalismo. Sempre, tanto uma classe como a outra, viveu de espertezas, jeito para a treta e para a venda de ilusões, tudo isto exposto numa feira onde a multiculturalidade está presente e é assídua. Contava-me certa vez um taxista, queixando-se da crise, que o que o safava, eram as prostitutas, porque "aviavam" os clientes no banco traseiro do táxi. E assegurou-me que a partir de certa hora da madrugada, os táxi faziam fila à porta das discotecas, esperando esse serviço rentável. Então...? Parece-me que os taxistas estão azelar pelo cliente e a boa prestação do serviço... não estou a ver os tuk-tuk a deslizar pelas ruas de Lisboa, enquanto uma brazuca do "trombinhas" vai mostrando os encantos a um camone...
ResponderEliminarPor acaso faz-nos falta um manifesto "Taxistas por Portugal" pela importância de manter os centros de decisão dentro de automóveis e contra a invasão desregulamentada de transportes tradicionais do oriente...
ResponderEliminarNão seria a despropósito, o manifesto que o Amigo Cruz propõe. Atendendo a que um número indeterminado (com tendência a grande)de decisões cruciais em diversas áreas (politica inclusive)terão já, sido inspiradas por ardentes côxas, em bancos traseiros de táxis.
ResponderEliminarJosé Mário
ResponderEliminarÉ uma daquelas profissões que pararam no tempo, não foram capazes de se modernizar e, em especial, de se qualificarem. Acham que a paciência dos consumidores é ilimitada, não querem perceber as vantagens da concorrência. Querem que fique tudo na mesma. Estão totalmente ultrapassados! E enganados, também!
Não podia estar mais de acordo. Afinal, estamos no país onde, há poucas décadas, o preço da chávena de café ("bica" para os lisboetas") era tabelado em Conselho de Ministros!
ResponderEliminar