domingo, 5 de abril de 2015

A jangada do Nóvoa

"Tal como em Abril, temos de ser nós a dar um contributo para alterar o panorama europeu. Podemos, sim. Não somos uma jangada".
Sampaio da Nóvoa, no Congresso da Cidadania 
Há quem arrebanhe palavras a esmo, conjecturando que do monte sai alguma ideia. Não sai. Mas tem normalmente o efeito de evidenciar a indigência dos tolos que aplaudem para mostrar terem sido capazes de captar a profundidade do nada.
Com aquela frase, o homem foi aplaudido de pé!...
Na jangada, roubadas ao dicionário, há milhares de palavras. É só juntá-las, é só juntá-las...que há sempre um nóvoa a sair delas. Aplaudido à nascença. 

15 comentários:

  1. Mais um gerador de lero-lero...

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  2. Faz-me muita confusão como um homem destes, com alta graduação cultural,(penso eu que terá, dado as qualificações que apresenta) "embarca" numa destas, com o senil MS a apoiar e, mais uma vez, a desestabilizar o PS.
    As pessoas não se enxergam ou é o brilho ilusório do poder, a vaidade e a perspectiva de muito maior promoção que as torna lerdas?

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  3. Caro SLGS:
    Independentemente do que refere, e eu posso concordar, só diria que alta graduação académica não significa alta graduação cultural...

    Caro JPC:

    Pois é, a vida está para os ajuntadores de palavras...

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  4. Caro Pinho,
    se sem dizer nada, a "novoa" já gera tantos anti-corpos...


    ...tá visto que esta "novoa" vai fazer "sombra" e muita gente que gosta de andar em bicos dos pés!

    (Nota:Antes que possa ser mal interpretado, esclareço que isto é um comentário generico e generalista que não aponta o dedo a ninguem em particular, muito menos ao autor do post...apenas salienta a "resposta exacerbada" com que a "novoa" tem sido recebida.)

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  5. Caro Dr. Pinho Cardão:
    Expressei-me mal, mesmo muito mal, pelo que a sua advertência, com a qual concordo, é oportuníssima. De qualquer modo creio que todos me entenderam.

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  6. Sr. Dr. Pinho Cardão:
    Francamente, não percebo como, de repente, ficou tanta gente tão incomodada com a possível entrada de António Nóvoa na corrida presidencial. Principalmente quando a esmagadora maioria dessas pessoas está segura de que ele não tem a mínima hipótese. Se é tão irrelevante, como tanta gente diz, porquê tantos holofotes e tanto enxovalho? Especialmente com o seu apelido.
    Não se percebe!
    Ao mesmo tempo, os mesmos que são contra A. Nóvoa, foram tão benevolentes para com H. Neto, um quase octogenário.
    A idade, neste caso, já não é óbice.
    Mas há 10 anos, com Mário Soares, foi.
    (Para mim também, mas há 10 anos e hoje).
    Diz-se que os políticos dos partidos são todos corruptos, a solução só pode vir de fora: quando aparece um independente partidariamente ouve-se disto a que temos assistido, vindo de muita gente que nunca fez nada na vida.
    Exige-se a reforma do Estado como solução para os nossos males: quando alguém faz a sua parte, como ele fez, unindo uma universidade com 100 anos e outra com 80 anos, tarefa que muitos diziam impossível: desvaloriza-se. (Já já tentada no 1.º mandato, com o Politécnico de Lisboa, para alargar a abrangência da instituição à área das tecnologias, mas tal foi inviabilizado por Mariano Gago).
    Quando foi vice-reitor da Universidade de Lisboa durante, durante 8 anos, fez um contrato com uma instituição dos EUA e pôs a funcionar um sistema de ligação da sua universidade às mais importantes do mundo, coisa que nunca tinha existido, para consulta permanente de bases de dados, bibliografia, troca de informações, etc.
    Mas isso implicava um determinado número de consultas por mês e viu-se aflito para que as pessoas, professores e alunos, se habituassem a fazer esse intercâmbio universitário, essencial nos dias que correm.
    Como reitor, pôs como meta incluir a UL no ranking das 100 melhores do mundo, não o conseguiu completamente mas conseguiu uma melhoria muito substancial, subiu mais de 200 lugares.
    Propôs fundir a UL com a UTL, tarefa que muitos diziam impossível de concretizar, para criar uma grande universidade com todas as áreas, potenciando a interacção de áreas de investigação, como, por exemplo, a biologia e certas tenologias.
    Quando deixou o cargo de reitor recebeu uma homenagem na universidade: houve um almoço em Julho de 2013.
    De entre as pessoas que falaram todos realçaram as suas excepcionais qualidades para pôr as coisas e as pessoas a funcionar correctamente.
    Especialmente as pessoas do sector administrativo, habituadas a receber ordens e nada mais. Referiram com muita enfâse a responsabilização a que eram sujeitas e o grau de autonomia que lhes era dado. E racionalizou assim os recursos, 1 só reitoria, 1 só Serviço Social, a eliminação de departamentos e de cursos repetidos.
    Prescindiu de ajudas de custo e do carro com motorista: deslocava-se de Oeiras para Lisboa num Ford Fiesta banal.
    Não precisa, não quer, não faz parte do seu espírito e maneira de ser enriquecer, muito menos na política: vive muito bem com o que tem para os seus objectivos de vida.
    Já disse que prescindiria do ordenado de presidente, continuando a receber o de professor, pois considera o cargo como um serviço a prestar ao país.
    Como professor universitário, sempre que foi convidado para palestras ou conferências sempre se deslocou no seu carro e nunca recebeu 1 euro: considera que é a parte que tem de dar ao país. (Paulo Macedo fez coisa semelhante nestes 4 anos de ministro, recebendo um ordenado muito inferior ao que recebe como gestor onde tem trabalhado. E disse-o: é a minha parte que devo ao país).
    De certeza que António Nóvoa reduzirá o staff da presidência e os 16 milhões que se gastam actualmente para metade ou muito perto disso.
    É um mouro de trabalho e nunca passa férias, desde sempre. Apenas 5 dias para visitar os familiares no Minho, na quinta da família.
    É uma pessoa positiva, capaz de motivar as outras pessoas, de formar equipas e de traçar objectivos para o país (não deprimentes, como os de alguns que nós conhecemos).

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  7. Caro Manuel Silva:
    Por mim, não brinco com o nome, nem me insurjo contra a candidatura de Sampaio da Nóvoa. Tem todo o direito de a apresentar e até o dever, se sentir que tem as qualidades para exercer a função.
    Posto isto, o que eu critiquei, e continuarei a criticar, se for caso disso, é o tipo de discurso de SN.
    As palavras traduzem conceitos e antes da palavra tem que haver um pensamento; Sampaio da Nóvoa junta e articula palavras à procura de um pensamento. Claro que, assim, o que sai é confuso e carece de qualquer significado. E, como sempre, na ausência de compreensão, os ouvintes aplaudem, para aparentarem que atingiram a profundidade do "pensamento". Já era assim nos oráculos e verifica-se que a humanidade não mudou. Não tardarão os intérpretes do pensamento de SN. E assim se cria o mito. Uns juntam palavras, outros traduzem o significado.
    De qualquer modo, quando e se SN começar a falar coisa entendível ou se deixar de grandes frase ocas cá estarei para o enaltecer, se concordar, ou criticar, se discordar das ideias. Mas é preciso que as palavras exprimam qualquer ideia.

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  8. Senhor Dr. Pinho Cardão:
    Eu sei que o senhor nunca desce à baixeza de ofender gratuitamente, como tanta gente faz, infelizmente.
    O senhor é muito mais sofisticado, mas mais elegante e educado, desdenha sempre os de um lado, independentemente do que dizem ou do que valem, e enaltece (ou tolera) sempre os do outro, independentemente do que dizem ou do que valem.
    É próprio das visões marcadamente partidárias da vida pública: paciência.
    O que me dói, verdadeiramente, é viver neste cima de intolerância, de irracionalidade de argumentos, de ódio entre as pessoas, por vezes de insultos gratuitos, como se cada um não tivesse o direito e pensar como entender, desde que o faça com respeito pelos outros e suas ideias.
    Como se não pertencêssemos ao mesmo país, não tivéssemos interesses comuns.
    Se há um actor político toma decisões ou realiza algo, 3 desses actos manifestamente bons e um mau: uns, falam dos 3 bons e esquecem o outro; outros falam só do mau e esquecem os outros três.
    Como se a realidade não fosse composta das duas metades.
    Enfim!

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  9. Caro JPC:
    Frases, mais frases em modo lero lero é negócio de espertalhaços, com venda assegurada a compradores de banha da cobra...

    Caro Pedro:
    Pois a mim a candidatura de SN nem me aquece ou arrefece. Mas, em atenção ao homem, só estimaria que ele deixasse de debitar palavras em redondo, produzindo frases com significado real.

    Caro Manuel Silva:
    Fico satisfeito por o meu amigo me considerar educado, elegante e sofisticado.
    Por mim, também considero que falo claro e sempre o fiz. E, talvez por isso, abomino quem fala em modo de oráculo, de forma misteriosa ou escondendo vazios no espalhafato das palavras.
    Mas admito que haja quem goste...

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  10. Caro Dr. Pinho Cardão,

    Contra o gongórico vazio, nada como uma demolição pulverizadora! Muito bem, pois!

    Saudações,

    Eduardo Freitas

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  11. Diz o Manuel Silva, e muito sensatamente, em minha opinião: «... é viver neste cima de intolerância, de irracionalidade de argumentos, de ódio entre as pessoas...».
    Por um lado, andamos todos insatisfeitos com a vaguidão que grassa na política, por outro, rebuscam-se argumentosinhos de merda para aumentar essa vaguidão.
    Assim, duvido que alguma coisa se venha a modificar na política e nos políticos que neste país; sejam de de direita do centro ou da esquerda, acalentem um projeto de tornar Portugal mais saudável e os portugueses menos insatisfeitos e mais desejosos de participar num projeto de recuperação económica, social e financeira. Mantendo-nos na trilha das "comadres" que à soleira reparam e criticam a brancura da roupa no estendal da vixzinha... não passaremos do atual passatempo de corte; o de criticar o empoado da cabeleira... alheia.

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  12. Caro Eduardo Freitas:

    Demolir o gongorismo, deixar a pessoa incólume...

    Caro Bartolomeu:

    Gostava de saber onde encontra, na núvem opaca em que a oratória de Sampaio da Nóvoa se exprime, onde encontra, repito, "um projeto de tornar Portugal mais saudável e os portugueses menos insatisfeitos e mais desejosos de participar num projeto de recuperação económica, social e financeira", para utilizar as palavras do meu amigo.

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  13. Dr. Pinho Cardão, para poder satisfazer a sua curiosidade, preciso que refira a palavra, a frase ou o parágrafo do meu comentário em que leu expressa a minha opinião acerca da bondade daquilo que disse Sampaio da Nóvoa.

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  14. O post e os comentários eram sobre Sampaio da Nóvoa.
    Mas se não se refere a SN...

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  15. O post sim. O comentário a que me referi ( o segundo de Manuel Silva) ultrapassa o essencial do "argumento" do post (talvez por não lhe atribuir suficiente interesse).
    Sr. Dr. Pinho Cardão, eu visito o "Quartarepública" hà uma década e os post publicados, dependendo da tendência literária que cada autor possui eram, na sua maioria, de extremo interesse. Revelavam uma forma de analise e de comentário muito concreta, abordavam os assuntos com extrema clareza e justeza e, apesar de a linha editorial se colar à do PSD, notava-se coerência no tratamento dos assuntos que eram da actualidade. No seu caso (e não tome isto como uma crítica) eu notei que se alterou essa forma de analise de abordagem, passando progressivamente os seus post a evidenciar uma crítica destituída do sentido inicial de consistência. No meu comentário, acentuei aquilo que Manuel Silva expressou, porque vem ao encontro daquilo que sinto quando assisto a estas manifestações gratuitas de crítica que não possuindo força destrutiva, também não dignificam quem as tece. Recordo-me de vários posts escritos por si e da oportunidade dos mesmos, porque tocavam com precisão e da forma que aqueles pontos, na conjuntura da altura exigiam, fossem comentados.
    Agora, tenho perfeita consciência que o Sr. escreve de acordo com a sua visão e a sua sensibilidade; lamento que (do meu ponto de vista) se tenham "degradado", talvez pelo efeito da passagem do tempo, porque outros motivos maiores, não vejo quais possam ser.
    No entanto, vou mantendo as visitas ao blog, lendo sempre os post colocados, apesar de sem o mesmo interesse de outrora mas, mantendo a esperança de que algumas sensibilidades desviadas, retornem ao rumo abandonado.
    Talvez, lá mais para depois das eleições legislativas. Sim, porque as de Belém... sabemos todos que são "para inglês ver".

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