segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Quem queira afastar-se do ruído...

... habitual das campanhas e das profecias dos comentaristas e outros gurus televisivos, pode ler a análise de Pedro Magalhães aqui.

6 comentários:

  1. Pois... Marcelo, deu ontem a resposta a tudo isto e a mais.
    Ele disse muito simplesmente que as regras foram talhadas para governar ao centro-direita sob a batuta da menina Merkle.
    Para bom entendedor...
    Daí que, quer Cyriza, quer Podemos, quer outra força política qualquer que tencione deslocar este eixo, ver-se-ha travada pela dependência dos programas financeiros de apoio e pela despesa pública.
    No entanto, é toda esta mixórdia financeira que está a impedir os países de se autosustentarem, de fazer crescer as suas economias e de encontrar soluções internas para combater as taxas de desemprego, etc.
    Têm razão aqueles que advogam a saída do euro? Têm!
    Têm razão aqueles que advogam a permanência no euro? Têm!
    Eu, cético até à quinta casa, entendo que as economias não devem crescer, entendo que não devem ser os governos a apoiar ou a subsidiar os crescimentos, entendo que não se pode fazer o que é socialmente necessário, sentando o rabinho numa almofada de seda e esperar que um subsídio seja atribuido ao abrigo de um programa comunitário.
    Em minha opinião, precisamos de perder tudo para recomeçar do nada e ir construindo à medida das necessidades e das possibilidades, sem hipotecar os empregos e os ordenados dos nossos netos e dos netos dos outros.
    Se isto se consegue compolíticas de esquerda, do centro ou de direita, não sei. Prefiro acreditar que se consegue sem políticas mas com vontade e com espírito solidário.

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  2. Diferente, é certo, mas não menos errado.

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  3. Caro Bertolomeu,
    Será ironia do destino? Salazar conseguiu fazer isso :-)

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  4. De certa forma, sim, caro Alberto Sampaio.
    Salazar governava sem outro objectivo político que não fosse o de manter a nação autosuficiente, independente e sustentável.
    Tinha "ferramentas" excepcionais de que não abria mão e, não estava obrigado a negociar decisões políticas com partidos da oposição que, mesmo que percebessem a sua utilidade e necessidade as vetavam no parlamento, só por serem de cor política diferente.
    Diz-se que era um governo de repressão, que fomentava o analfabetismo, protegia o patronato e mantinha a posse de colónias com administrações que permitiam um sistema de escravização.
    Eu vivi sob o regime de Salazar, durante os primeiros 14 anos de vida, o meu pai foi empregado fabril, activista independente, eu estudei nas escolas públicas e fiz o curso comercial na Ferreira Borges, fui convocado diversas vezes para manifestações pro-governo, às quais nunca compareci, distribui folhetos políticos e participei nas manif do Técnico, nunca fui preso por ninguém. Mais tarde entrei para a função pública, secretaria de estado das pescas. Aí tomei conhecimento directo com o sector das pescas, essencialmente da pesca do bacalhau e da organização que a sustentava. O regime tinha criado mútuas para apoiar os armadores, e mútuas para apoiar os pescadores e as suas famílias, tinha criado postos de saúde espalhados pelo litoral e as famosas lotas que regulavam e garantiam os preços de mercado e a distribuição do pescado. Noutros sectores da economia, sentia-se também a mão reguladora do estado, na agricultura, os grémios que tinham a função de providenciar o apoio aos agricultores. Todos os sectores de produção do país tinham os seus grémios e os seus sindicatos. A governação de Salazar não permitia a especulação, não permitia as fraudes nem a falência de bancos e a consequente falência dos seus clientes. A nossa economia não era tão forte como a de outros paises europeus, mas era consistente e existiam contratos de trabalho e as qualidades dos trabalhadores eram valorizadas. Existia a polícia política que cometia imensos abusos de poder e que o próprio Salazar não conseguia controlar. No entanto, agora, que vivemos em democracia, continuamos a ter polícias secretas que continuam a cometer crimes contra os cidadãos, temos um sistema fiscal que comete crimes contra os cidadãos, um sistema jurídico que comete crimes contra os cidadãos, um sistema de saúde, um sistema educacional, um sistema bancário, etc, etc, etc. Hoje o cidadão português vive sob a ameaça constante de, de uma forma ou de outra, ser vítima da arbitreriedade de uma qualquer entidade pública que, em lugar de lhe respeitar e defender os direitos, lhos ataca e deturpa.

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  5. Um artigo que, goste-se ou não das conclusões, é bastante esclarecedor.
    E se houver quem possa demonstrar o contrário que o faça.

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  6. Caro Bartolomeu,
    Elucidado! Ou parafraseando uma fala "Estou satisfeito"

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