Regresso de jovens emigrados: e você, também acredita?
- Segundo a imprensa de
hoje, o MF terá declarado acreditar que a proposta de OE/2016 tem medidas que irão promover o regresso dos jovens que saíram do País nos últimos
anos…
- Considero esta manifestação
de crença no regresso de jovens emigrados, a partir de uma simples proposta do
OE, uma das mais notáveis e ousadas criações estratégicas de que haverá
memória.
- Será que a proposta de OE/2016 incorpora uma componente ainda não divulgada, com potencial para operar tal reviravolta nos fluxos migratórios?
- E você, também
acredita?
E você, também acredita?
ResponderEliminar“OECD calls for less austerity and more public investment
(http://www.theguardian.com/business/2016/feb/18/oecd-calls-for-less-austerity-and-more-public-investment)
Lá se foram as certezas dos economistas dos "mainstream ortodoxo”.
Acredito que, por uma questão de economia de recursos, devemos começar a mencionar aquilo que o MF não disse e não aquilo que ele disse.
ResponderEliminarEu acredito que o grande salto estratégico está em acreditar nas mais absurdas patranhas. O problema está no fundamento desse golpe estratégico: é que há, de facto, muito boa gente que acredita no Pai Natal...
ResponderEliminarCaro Pires da Cruz,
ResponderEliminarMencionar o que o MoF não disse (ou não prometeu)?! Mas isso não será um conjunto vazio?
A economia de recursos será então máxima, nada haverá a dizer...
Caro Ferreira de Almeida,
Ora aí temos uma excelente definição de salto estratégico.
E, como se pode concluir por alguns virtuosos exemplos, que por fortuna nossa vão chegando até este recatado blog, não falta quem, beneficiado por uma lucidez de 25a Hora, descubra nas Erratas orçamentais as mais excelsas virtudes - até esta, de imanizar os emigrantes jovens!
Costa gritou, emigraram 500.000. ERAM 15.000 POR MÊS dizia. Já começou a reverter com bons empregos e salários.
ResponderEliminarReverteu o ministro da Educação,portanto já só são 499.999 emigrados.
Há ainda muito em Portugal quem veja a imigração que acontece hoje em dia como a que ocorreu nos 1960s em que as pessoas saíam do país mas voltavam no Verão, iam fazendo as suas casinhas lá na terra e tinham a intenção de voltar quando se reformassem. Esses tempos já lá vão.
ResponderEliminarNão apenas os motivos pelos quais se sai hoje em dia são muito mais diversos como as intenções dos que saem quanto a voltar a Portugal são bastante diferentes.
Os media têm feito um trabalho francamente mau quanto a este assunto. É que reportagens sobre o choradinho vê-se muitas. Normalmente a puxar à lagriminha fácil. Reportagens a sério sobre o assunto, nestes últimos anos, vi uma única. Contrariamente ao que é o senso comum em Portugal, a grande maioria dos jovens que sai não faz quaisquer intenções de voltar a viver em Portugal. E, realmente acabam por arrumar a sua vida nos países para onde vão, quantas vezes com outra gente que não os nativos do país de acolhimento, e lá vão fazendo as suas vidas e ficando. Nem sequer educam os filhos com canones Portugueses nem nada dessas coisas. A história do imigrante que ia para França ou para a Alemanha, não aprendia mais do que os rudimentos da lingua do sítio para onde ia viver e fazia toda a sua vida social nas agremiações de Portugueses é exactamente isso: história. Por fim, quanto às motivações, a questão económica será uma delas, sem dúvida, mas há outras mais. O mundo é diferente do de há 50 anos, as pessoas querem coisas diferentes e, sobretudo, querem experiencias diferentes.
Todos os indicios apontam para uma campanha eleitoral, em curso. Ganhar votantes grão a grão é o que me parece do "trabalho" do 1º e ajudantes.
ResponderEliminarSerá que este OE também contém a cura do cancro? É que tem tantas coisas maravilhosas.
ResponderEliminarCaro opjj,
ResponderEliminarSem dúvida um balsamo para o País o regresso de tal jovem emigrante, vai poder revolucionar a educação em Portugal segundo um método, infalível, que consiste em não deixar pedra sobre pedra!
Quem vier a seguir (haverá a seguir?) terá a gratificante missão de fechar a porta...
Caro Zuricher,
Creio que a sua análise ao fenómeno emigratório está carregada de realismo, o mundo é hoje bem diferente do que era há 50/60 anos, aquando do grande êxodo de centenas de milhares de portugueses em busca de condições de trabalho que não existiam cá pelo burgo...
Quem não mudou, ou terá mesmo involuído, é esta magnífica classe mediática, presa às suas concepções do pós-guerra, maniqueísta e claustrofóbica, que por isso mesmo tem o dever de acreditar nas potencialidades do OE/2016 para inverter o fluxo migratório...
Caro António Cristóvão,
Tenho encontrado muita gente subscrevendo essa tese de uma velada campanha eleitoral...
Mas, para ser franco, não me inclino muito para tal interpretação, acho tudo demasiado desconjuntado para ser uma maquinação exequível.
Caro Nuno,
Mas certamente e mais do que isso, também tem medidas para a erradicação do Zika!
Não acredito porque para igual trabalho e igual remuneração (atendendo às diferenças do nível de vida) "lá fora" pagam-se menos impostos e sabe-se para aonde este dinheiro vai.
ResponderEliminar“OECD calls for less austerity and more public investment
ResponderEliminar(http://www.theguardian.com/business/2016/feb/18/oecd-calls-for-less-austerity-and-more-public-investment)
Lá se foram as certezas dos economistas dos "mainstream ortodoxo”.
E todos continuam como "Dantas"
"BASTA PUM BASTA!
OECD calls for less austerity and more public investment:
ResponderEliminarCarlos brincalhão, só pode ser!
Não foram estes economistas que disseram ao PS do socretino para gastar à fartazana? E a seguir, veio...?... O FMI...
Economistas há muitos. Uns dizem para roubar o povo (como estes da OCDE)
Outros dizem para largar a mão do povo.
Ò carlos estou a pedir-te:
LARGA-ME A MÃO. Faz-te à vida. Deixa-me gastar o dinheiro que eu ganho com sacrifício para mim, não me queiras roubar para dar aos corruptos, políticos empresas de construção, sindicatos...Corjas que vivem destas politicas que nem trazem crescimento nem + bem estar.
O que o PS gastou devia dar para ter crescimento de PIB de 20%. Veja o aumento da divida, (que não é impostos) deveria se ter traduzido em aumento do PIB! Ou não? Para onde foi esse dinheiro?
Nada de insultos por favor.
ResponderEliminarCaro ainda ha,
ResponderEliminarUma explicação simples, cartesiana, que não carece de mais explicações...
Caro Vasco Já foste,
Eu só não consigo entender onde estará o investimento público, preconizado pela OCDE...Será nalguma caixinha de surpresas, a divulgar na hora da votação na especialidade, ou noutro documento sigiloso?
Acredito que jovens saídos do país, sem qualificações académicas e profissionais, que perseguiram a utópica ideia que no estrangeiro o dinheiro cai das árvores, regresse a Portugal se no OE for inscrito um subsídio para retornados, que lhes permita andar por aí a polir as esquinas com as costas. Aqueles que foram (como conheço meia-dúzia)para trabalhar nas áreas a que os cursos superiores lhes davam acesso, como engenharia, medicina, informática, etc, e que se encontram a usufruir de ordenados que lhes permitem um modo de vida confortável e até pensar em formar família, esses... nem que o MF mande estender uma carpete encarnada para os receber.
ResponderEliminarOra aí temos uma excelente síntese da teoria do regresso dos emigrantes jovens, caro Bartolomeu!
ResponderEliminarVamos então ao subsídio (é só mais um, a final), que as esquinas precisam, urgentemente, de polimento!
Contudo, caro Dr. Tavares Moreira, não nos podemos esquecer do que motivou a saída massiva do país, de jovens qualificados.
ResponderEliminarO anterior PM (PSD) e o Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social (CDS)pelas declarações que fizeram mas, sobretudo, por o mesmo governo não ter sido capaz de criar incentivos de desenvolvimento económico que levassem as empresas a aproveitar o potencial que deixámos coar-se para o estrangeiro.
Se este MF nos está a endrominar, o que à primeira vista nos parece ser (a menos que o Harry Potter lhe tenha emprestado a varinha e o livro das fórmulas mágicas).
ResponderEliminarTambém é verdade que os anteriores já nos haviam endrominado.
O que não temos qualquer dúvida, ser a realidade, são os números de desempregados, o número de empresas em dificuldade os números do baixo crescimento da economia e... como diz o povo "o que lá vai, lá vai" o melhor é não desejarmos que os nossos jóvens emigrados se deixem convencer por promessas insustentáveis e quando um dia regressarem, se regressarem, enriqueçam o país com a experiência adquirida tanto profissionalmente como em matéria de cidadania.
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminarNão será muito auspicioso desconcentrarmos nossos esforços em considerações mais ou menos exotéricas, que, por muito sedutoras que sejam, não acrescentam valor fundamental ao tema em análise!
Vamos directos ao polimento de esquinas, devidamente subsidiado por todos nós, esse sim uma verdadeira prioridade nacional!
Sim, caro Bartolomeu, os jovens qualificados sempre foram muito respeitadores dos políticos, particularmente daqueles qualificados com distinção na Universidade Rute Marlene de Ciências Políticas e Derivados....
ResponderEliminarEm todas as sociedades há quem vença a selecção natural da qualificação. O resultado dessa selecção natural é um valor acrescido dessas pessoas perante a economia. Quando a economia vizinha é má, há outras melhores. Quem faz os jovens qualificados emigrarem não são os discursos dos ministros que, como toda a gente sabe, servem para decoração dos produtos da Renova. São as medidas que destroem a economia onde eles se deveriam integrar. Essa obra é totalmente da responsabilidade da República Portuguesa e dos trafulhas que decidiram tirar dinheiro de onde ele é útil para onde ele dá votos.
Caro Dr. Tavares Moreira, o "polimento de esquinas" é a única garantia de ocupação "profissional" que qualquer governo, atualmente, pode oferecer a qualquer incauto emigrante que decida regressar.
ResponderEliminarA menos que... o MF esteja a pensar converter as Berlengas (como foi pensado ha uns anos pelo ator Mário Viegas) EDIFICANDO ali um reino que funcione em regime de "offshore" com os emigrantes altamente qualificados que abandonaram o "triângulo" (efeitos da inflação).
Caríssimo Cruz,
ResponderEliminarNão fazia ideia da existência de tal universidade. Não estará o amigo a confundir universidade com fundação?
Quanto ao resto; o meu amigo está a referir-se a competição, não a competência, derdade?!
Pois, foi essa ideia peregrina, que em minha opinião, conduziu o mundo à crise de que ainda não saiu e que tem a ver diretamente com a defesa dos interesses capitalistas. Ou seja; aproveitar à exaustão a "carne fresquinha para canhão".
E no entanto, o mundo lá se vai mantendo inalterado, nas suas voltas intermináveis sobre o próprio eixo... Ou, como diz a voz popular "só mudam as moscas, a merda, é sempre a mesma".
Não, caro Bartolomeu.
ResponderEliminarEstou-me a referir ao sistema educativo português que produz as pessoas mais competentes exactamente porque é um processo de optimização conhecido por selecção natural. As pessoas que de lá saem são excelentes porque tiveram de sobreviver a todo o tipo de mandrião e calaceiro que tentou destruir a sua vida. Claro que estas pessoas são tão procuradas como seriam os sobreviventes das cidades-lixo do México, conhecidas por serem as mais saudáveis do mundo se passarem os 4 anos de idade.
De resto, que tem o meu caro amigo a ver com a vida das pessoas? Se os patrões deles os querem e eles querem outros patrões, é deixa-los. A sua culpa está exactamente em achar que aqueles que os poderiam empregar cá são os "interesses capitalistas". Assim, vão satisfazer os "interesses capitalistas" para outro lado. Festeje, portanto, que essa gente não interessa a ninguém....
Pois, caro amigo Cruz,
ResponderEliminarSe a fórmula fosse de facto, esse pretérito perfeito que enuncia, o mal que ao mundo viria seria bem menos denso e penoso que aquele que conhecemos.
Embora, a seleção natural que refere, correse côxa.
A seleção natural, na sua essência, não pode incluir somente, aqueles cujos "skills", fundamentados em formação técnica ou na participação em lobbis, são reconhecidos. Os restantes, ou excluidos, possuem também capacidades uteis que devem ser aproveitas e potenciadas.
Não ha seleção natural, caro Cruz; ha sim, preconceito social e muita incapacidade para gerir valores.
E aqui chegados, temos forçasamente de incidir de novo nos interesses capitalistas. Ou seja, nos interesses da capitalização à custa da exclusão e da escravidão de que todos afinal acabam por ser vítimas.
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminarEu nada tenho contra o polimento de esquinas, que até me parece uma actividade económica e socialmente muito relevante, uma proxy da produção de "graffiti" mas bem mais nobre pois não suja as paredes.
E, por isso mesmo, justificativa de mais uma abertura dos cordões à bolsa por parte dos contribuintes portugueses...desde que seja para cumprir os superiores desígnios do OE/2016, bem entendido!
Mas alguém está a dizer que não? Não pode é o meu caro defender o regime que faz a selecção e depois vir a reclamar que a selecção não deveria ser feita. A melhor forma de fazer selecção é obrigar os putos a usar as suas competências, herdadas ou adquiridas, para resolver aquilo que deveria ter sido o meu amigo a resolver. Os meus filhos que vivem numa casa onde há mais graus académicos que em 99% dos prédios do país não precisam de bons professores, quem precisa são aqueles que vivem em casas onde não há nenhum. E qual é a preocupação dos governos que arranjamos? Se os professores que promovem essa selecção natural ganham bem. Aumentam os transportes aos miúdos para que os professores maus ganhem mais.
ResponderEliminarPois, meu caro, os melhores, os que venceram as adversidades que o meu amigo lhes arranjou na vida, esses são demasiado valiosos para por cá andarem. Mas, festeje, pelos menos os professores deles podem ter um LCD com mais 12''....
Caríssimos Doutores Tavares Moreira e Pires da Cruz,
ResponderEliminarNão defendo regimes.
Lamento que sejam desperdiçadas potencialidades humanas.
Lamento que sucessivos governos, deitem fora uma força motriz mais ou menos qualificada, que deveria ser aproveitada num projeto global de crescimento da economia.
Entretanto, os anos e os governos vão passando, a dívida vai acumulando, a economia estagnando, o desemprego num sobe-e-desce quase apático, a saúde, a justiça, a educação, a segurança, uns dias assim, outros assado e os governos, cada um a inventar formas de não mudar nada disto, fingindo estar a tomar medidas que antes de ser adotadas já estão a produzir resultados fantásticos.
Estamos a viver intensamente uma época de faz-de-conta.
C aro Bartolomeu,
ResponderEliminarFaz-nos muita falta uma maior expansão da despesa pública, nomeadamente de investimento, financiada a partir do céu (ou seja sem custos), para que o País possa progredir rapidamente e em força, absorvendo os emigrantes jovens e os de meia idade, distribuindo riqueza não produzida, afirmando-se, no seio das nações mais desenvolvidas como um oásis de progressão em ritmo célere, para a felicidade dos povos do Minho ao Algarve (não esquecendo as Regiões Autónomas).
Os polidores de esquinas, devidamente subsidiados, estariam na vanguarda deste movimento irreprimível de exaltação nacional!
Só falta mesmo o velho António Ferro, mestre da arte de comunicar, para escrever o Guião de tal epopeia.
Pois falta, caro Dr. Tavares Moreira, falta tudo isso e muito mais.
ResponderEliminarMas tenhamos esperanças que do céu caia o tão desejado maná, capaz de apaziguar a gula de todos os que têm praticado a corrupção no nosso país e que as polícias investigam e a justiça finge ir julgar.
Pode ser que na próxima visita do Papa ao nosso país, possamos pedir-lhe que interceda em nosso nome. Isto... se sua santidade não nos considerar tão "não-cristãos" como ao Donald John Trump e tão egoistas como ao fiel que o ia fazendo estatelar-se.
Esse maná pode chegar, caro Bartolomeu, sob a forma por exemplo de uma reestruturação da dívida - pública, pois claro, que esse tipo de privilégios não é para os privados - tema que, da forma mais auspiciosa e clarividente, está regressando ao debate público.
ResponderEliminarSerá esta certamente a altura mais apropriada para discutirem de forma séria a reestruturação - com algum fervor patriótico e tiradas gongóricas à mistura, não faz nada mal - irão entender rapidamente os benefícios de tal empreitada.
Só não se deverão surpreender nem afobar pelo facto de as taxas de juro poderem voltar a subir...serão, naturalmente, os primeiros frutos, ou primícias, bem saborosos,do tem reestruturação. O tal maná.
Sabe o meu estimado Amigo, Dr. Tavares Moreira, que o agravamento das taxas de juros da dívida pública, nem sempre se deve aos mesmos motivos, os quais... umas vezes têm origem na(s) politica(s), outras, na económica e financeira e outras, uma azia terrível das empresas de rating. Ha dias assim... umas vezes acordamos cheios de energia e capazes de dar dez voltas ao mundo a correr e outras, colamos o cu ao sofá e não hà quem nos consiga arrancar de lá.
ResponderEliminarNão pretendo dizer com isto que considere descabidas as (des)auspiciosas previsões que adianta.
A reestruturação... O meu Amigo está a brincar, não está?!
So se for a reestruturação dos salários de um grupo de gestores públicos, com aumentos na ordem dos cento e tal por cento, de resto... não estou nada a ver que outras possam ocorrer.
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminarSão de uma infinita variedade os factores que actuam sobre o nível de taxas de juro (yileds) das dívidas que se transacionma em mercado aberto como é o caso da dívida portuguesa e tantas outras.
Em Portugal é que existe uma certa crença, de base pueril, sobre factores mais ou menos obscuros capazes de influenciar, num modo quase satanico, a oferta e a procura de dívida portuguesa...
Quanto á reestruturação da dívida, fiquei hoje mais esclarecido com a declaração, atribuída ao MF, segundo a qual essa reestruturação é para discutir (na AR, em princípio) mas não para promover...magnífico!
Ora aí temos um atractivo entretenimento, aparentemente sem consequências (a ver vamos...) para os Senhores deputados!
E o MF ficou-se por aí, porque o PM lhe bichanou a emenda...
ResponderEliminarMas eu faria uma pergunta preliminar a todos os que reclamam e a todos os que prometem a reestruturação: que reestruturação?
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminarNão serei eu a poder responder a tão dilacerante pergunta: pela razão simples de que nunca defendi, nem acredito na viabilidade, de uma reestruturação nos moldes em que tem sido preconizada por múltiplos grupos de opinião - lembra-se do Manifesto dos 77, há cerca de 3 anos?
A reestruturação pode fazer-se, até eficazmente, desde que respeitada uma condição básica (entre outras exigências técnicas, certamente): nunca se falar dela.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarReestruturação significa calote. Porque os prazos estão a ser rolados sem problema nenhu. Talvez os senhores do banco de Portugal possam dar alguns esclarecimentos com a experiência acumulada comnas obrigações do Novo Banco.
ResponderEliminarCaro Pires da Cruz
ResponderEliminarNão tenha dúvidas de que os sonhos dos múltiplos proponentes da sempre desejada reestruturação da dívida (pública, pois claro), a começar no "dream team" dos 77 e a continuar nas distintas agremiações Bloco e PC, consistem exactamente em não pagar, ou seja em reduzir a dívida e o nível de juros da que ficar depois da redução, sem mais consequências.
Só que este escol de pensadores ainda não se lembrou de que os detentores de dívida pública portuguesa sabem fazer contas e não gostam, naturalmente, de ser esbulhados nos seus direitos.
Pelo que, em caso dessa sonhada reestruturação, teríamos de ir à procura de novos financiadores, certamente em praças financeiras tão distintas como Harare, Caracas, Pyongiang e Santiago de Cuba. Uma beleza.
Caro Tavares Moreira,
ResponderEliminarArrisco-me a dizer que já nenhum investidor estrangeiro ainda tem dívida pública portuguesa, por isso o eventual calote iria, muito provavelmente cair na Segurança Social de forma directa e no Fundo de Reestruturação de forma indirecta. O que até estaria bem de acordo com as teorias do Doutor Centeno, suportadas nas suas próprias versões de perpetuum mobile. Quem sabe não se vem a descobrir dali um multiplicador que faria deste mecanismo de calote em cadeia um motor de desenvolvimento? A/C Sr. Galamba, temos trabalho pela frente....