Leio que o Presidente Obama proferiu vigorosas declarações a propósito dos Panamá Papers, considerando que a fuga aos impostos através destes esquemas - cito o que leio na imprensa - é "um grande problema global". Sê-lo-á por certo e sobre isso o presidente dos EUA não foi atingido por qualquer súbita epifania. Estou aliás convencido que, preocupado como está, Obama já estará a preparar medidas para, pelo menos, o "mitigar" (para usar a expressão do nosso PS) no seio dos próprios EUA.
Entretanto, para quem ainda queira aproveitar (enquanto Obama não toma medidas alinhadas com as suas preocupações) fica aqui mais uma informação de serviço público prestada gratuitamente pelo 4R:
É difícil fazer rimar este tema, caro Dr. José Mário. Porém, na sua essência, Epifania rima unicamente com Teofania, caso que não se aplica neste contexto; não estou a ver Deus a aparecer em sonhos a estes manganões e dar-lhes conselhos de como fazer os biliões passar por entre as malhas dos sistemas fiscais diretamente para os paraisos onde o fisco é palavra desconhecida.
ResponderEliminarHipocrisia parece-me que a rimar... só se for com neoplasia, um tumor que últimamente se tem desenvolvido no mundo dos ricos e que tende a tornar-se genéricamente malígno. Até ver, a Islândia estripou o que a começava a minar... mas é claro, o frio nórdico é menos corrosivo que o americano e ainda menos que o da Europa Mediterrânica e que o da Ásia e o raio que os parta a todos.
E eu a pensar que o meu caro Bartolomeu facilmente glosaria o tema e seria fiel às rimas :)
ResponderEliminarCaro Ferreira de Almeida,
ResponderEliminarQueria mesmo agradecer-lhe ter indicado o site, que não hesitarei em usar assim que tiver posses suficientes.
Mais a sério, julgo que tem razão, é hipocrisia e o site que indicou sendo de uma empresa dos EUA comprova-o.
Sobre o assunto temos assistido a uma avalanche de hipocrisia e demagogia, em que os autores misturam os vários tipos de uso desses escritórios e mecanismos no mesmo saco. Julgo haver utilizações perfeitamente justificáveis.
Seria mais interessante que se procurasse mitigar as causas, isto é, os impostos excessivos e por vezes duplicados em particular sobre as empresas. Impostos esses em muitos casos, como o Português, servem em grande medida para que os estados que se endividam imoralmente e com isso arrastem os cidadãos para situações dramáticas. Só menos estado é que permite inverter essa causa.
Por outro lado, menos estado também poderia permitir reduzir as possibilidades de corrupção, para além de reduzir o parasitismo e estimular a sociedade tornando-a em geral mais empreendedora. Dessa forma, os cidadãos estariam menos vulneráveis aos actos de pior governação e os governos com menos possibilidade de cometer esses actos.
Para terminar, não disse em momento algum que a sociedade não deve ajudar os que realmente precisam.
Meu caro asam, subscrevo por inteiro.
ResponderEliminar