O homem não tem noção do ritual das cerimónias militares e o que representam, desrespeita oficiais e soldados Qualquer dia, sujeita-se a passar revista a uma tropa fandanga. Teria o que merece.
É Licenciado, mestre e doutorado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, onde é professor universitário.
Foi Director da Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa (2005-2006) e Presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (2006-2011).
Talvez tenha faltado, só como hipótese de trabalho, a Instrução (primeira).
A figurinha do ministro é triste, sem sombra de dúvida que é. Mas mais triste ainda é a instituição militar consentir-lho. E só por aqui se vê a tão baixa conta em que as Forças Armadas Portuguesas se têm a si próprias. O que, enfim, não me surpreende, de todo em todo.~
Por muito menos do que isto consigo facilmente imaginar as Forças Armadas Espanholas em polvorosa com oficiais generais resmungando e aqueles já retirados a inundar os blogs e revistas militares do Reino com protestos. Em Portugal, pelos vistos, o ministro insulta a instituição militar e esta não reage. Fica quieta, sossegada. Em suma; não se dá ao respeito. Mas, enfim, alguém se admira?
Entretanto Louçã envergou gravata na reunião do Conselho de Estado. Para quem não acreditava na lei das compensações aqui está a prova de que ela rege.
Cara IsabelPS: O homem anda radiante, empertigado e contentinho do seu poder: aparece nos jornais, atavia-se ao modo do Bloco e do Syriza em manifestações solenes, obriga à demissão dos chefes maiores do exército, mostra todo o esplendor do seu poder. Coitado, que nem sabe , nem sonha que a entradas de leão correspondem saídas de sendeiro.
Caro Zuricher:
Bem, vamos ver o que acontece com a próxima nomeação dos chefes do exército. Creio que não vai ser fácil...E, muito menos, incondicional, perante a desfaçatez do ministro. Uma coisa é a submissão do poder militar ao poder político; outra coisa, muito diferente, é o desrespeito despudorado perante a instituição.
Isabel, sim, fica sossegada. A mera demissão é reacção muito curta para os enxovalhos dos últimos dias. Em todo o caso, as FA terem permitido ao ministro fazer revista às tropas em parada naqueles preparos é, por si, sintomático da falta de força que sentem e do pouco que se respeitam a si próprias. Em simultâneo, ele sentir o à vontade bastante para o fazer significa que sente não ter que as respeitar e que pode trata-las como quiser e bem lhe apetecer.
Já que aqui se fala nas demissões levadas a cabo, a pedido, nas Chefias militares, tudo depende da atitude do, ou dos, generais que vierem a ser convocados para os cargos deixados vagos. Para desgraça de todos nós e não só dos militares, não me parece que este ministro venha a ter qualquer dificuldade... E tudo como dantes, quartel general em Abrantes.
Não existindo correlação "mandatória" entre farda militar e traje civil, deve o assunto ser regido pelo bom senso, pelo que, estando os militares em traje de campanha é aceitável que o homem ignore a gravata... Além do mais, ele não se apresentou em trajes menores, ceroulas, ténis ou calções... Graças a Deus!...
Nos uniformes militares existe uma equivalência aos diferentes trajes civis. Cito como exemplo do grande uniforme, ao qual corresponde o fraque. Mas uma parada militar tem outros protocolos. Os militares da figura, estando de camuflado (normalmente usado em campanha), estão de luvas brancas e lenço ao pescoço, ou seja, cumprem as formalidades requeridas pela cerimónia em questão. Não é portanto possível, neste tipo de cerimónias, levar a correlação ao extremo. Quanto mais não seja, porque aos soldados não são distribuídos uniformes de cerimónia (os demais militares, se os quiserem, terão de pagá-los do seu bolso).
O homem é um civil. Civil que, por sinal e por decisão de um presidente da república que não deixa saudades, é ministro. Para todos os efeitos que me consiga lembrar, o ministro até poderia estar vestido de coelhinho da Duracell, militar está lá para obedecer e respeitar. Se assumirmos que o respeito da tropa depende da forma como o ministro se veste, então é acabar com ela. Quando eu trabalhava para a tropa, no pliocénico superior, não interessava como eu aparecia num quartel, a tropa percebia que era um civil a chegar e o respeito redobrava. Acho que ainda hoje será assim.
Caro Cruz, o grande problema é que eu não duvido absolutamente nada que seja e funcione assim. É pena. Longe vão os tempos em que um civil, ao entrar numa instalação militar, ficava sob alçada da jurisdição militar e devia obediência e respeito aos oficiais militares. Infelizmente em Portugal a sociedade foi enxovalhando a instituição militar e esta foi-se deixando rebaixar até ao ponto que se vê. O respeito pela instituição militar não depende só da forma como um ministro se veste mas a forma como se apresenta diante dos militares é expressão do respeito que tem pela instituição que tutela. Ou da sua falta...
Gostei da sua frase de que "militar está lá para obedecer e respeitar". Não, meu caro. Os militares não são as suas criadas de servir embora, na sociedade Portuguesa e naquilo que as Forças Armadas se tornaram em Portugal, não me admira que haja quem o pense. É pena... Mas sempre digo que gostaria de o ver apresentar-se num quartel em Espanha com essa atitude. Conheço mais do que um - e não apenas oficiais generais - que o poriam imediatamente sob detenção. E olhe que não era preciso ser o Coronel Tejero Díez, filho do Tenente-Coronel Tejero Molina do 23-F.
A forma como as Forças Armadas são tratadas em Portugal, na e pela sociedade Portuguesa não tem qualquer sombra de paralelo em qualquer outro país ocidental.
Na imagem, vê-se o ministro a passar, altivo como convém, revista a tropas em parada. Tanto quanto julgo saber, uma formatura para ministro implica a incorporação do Estandarte Nacional e respectiva escolta armada. O que confere à cerimónia uma solenidade que ninguém tem o direito de desrespeitar.
Respeito ao Estandarte... Enfim, Fernando Vouga, conquanto concorde plenamente com o que escreve no seu comentário não posso deixar de sorrir. Em Portugal o respeito pelos símbolos nacionais é inexistente e até mal visto em certos meios. Sucessivos governos espezinharam o respeito pela Nação e pelo que a simboliza com o desbragado apoio da vasta maioria da população. O resultado é o que conhecemos hoje em dia. Ninguém liga patavina a nada dessas coisas nem à Nação nem ao conceito de bem comum nem a nada que com isto tenha a ver.
Quantos países conhece onde a Bandeira Nacional só seja hasteada nos edifícios públicos aos Domingos? Quantos países conhece cujas leis permitam aos navios de tráfego local navegar sem o pavilhão hasteado na popa excepto aos Domingos? Quantos países conhece onde o hino toca e os presentes se mantenham sentados?
E sim, isto tem a ver com a falta da gravata do ministro. Está tudo no mesmo quarteirão.
... a propósito do respeito pelos símbolos nacionais, é de recordar que somos o País onde um Presidente da República hasteia a bandeira nacional ao contrário sem pestaneja e com ar de chuta para o lado. E como o "exemplo vem de cima", está tudo explicado...
a ditadura militar já acabou há uma décadas valentes. Militar serve para obedecer, senão não serve para nada e o quem manda neles (admitindo que o golpe de estado que o Cavaco e o Costa nos arranjaram não é golpe) é o povo por intermédio da figurinha que este bem entender. Se o povo entender que é o coelhinho da Duracell está a tropa toda a fazer continência ao coelhinho da Duracell e que não se veja o mínimo de desrespeito!
Caro Cruz, em Portugal, ditadura militar, houve apenas durante seis anos. Daí em diante não foi ditadura militar e com a Constituição de 1933 ficou expressa a natureza civil do regime.
Quanto ao resto, enfim, olhe, já houve muito quem pensasse isso até ao dia em que afrontou demasiado a instituição militar. Mas, realmente, nos países Ocidentais, algo como o que o Cruz acaba de dizer só poderia mesmo sair dum Português. Não vê tais atoardas em Espanhois, Franceses, Suíços, mesmo Alemães com a sua relação dificil com os militares ou, de todo, jamais em dias da vida, em Americanos. De qualquer forma, Cruz, lamento muito que pense isso.
Entre outras coisas serve para defender esse mesmo povo tendo no seu descritor funcional a obrigação de dar a vida se necessário for. Só isto seria suficiente para garantir respeito à instituição militar e não esse absurdo de tentar colocar as Forças Armadas ao nível da Direcção-Geral da Contabilidade Pública. Se quiser uma criada de servir, contrate uma. Se quiser um saco de boxe para descarregar uma má relação emocional com fardas, compre um. A instituição castrense está para dar a vida por si e pelos seus filhos se necessário for. Mas não está para suportar enxovalhos e maus tratos duma sociedade que se algo a atacar (até a meteorologia...) é para ela que se vira em busca de socorro.
As forças armadas não estão ao nível da direcção da contabilidade pública. Estão abaixo. E estão abaixo porque têm armas na mao. Por isso os seus elementos são limitados nos seus direitos. Por isso um militar é um cidadao que não tem os mesmos direitos dos outros. Não podem fazer greves, não podem manifestar-se e não têm querer. Não estão dispostos a cumprir com isto, dwspedem-se e passam a ser cidadãos normais e deixam de andar de armas na mão. O despeito que merecem está exactamente no ponto do respeito que têm pela escolhas do soberano que, poderá parecer surpresa, é o povo. O povo escolhe quem quer e o militar obedece e respeita. Não quer, entrega a arma e pode mandar as bocas que entende. Não está para suportar enxovalhos, como diz, despede-se. Não é demitir-se e ficar a ganhar ordenado na mesma. Assim até eu deixo de aturar "enxovalhos"/
Não vejo razão para criticar o ministro por se apresentar sem gravata. É uma questão de opção e ele faz a sua. Outro tanto não digo do coro de meninos que não gostam, esquecendo que o anterior ministro, um tal de Aguiar Branco, se apresentava vestindo um kispo seboso, como se pode ver em muitas fotos que ainda se encontram na net.
Se não há mal nenhum em apresentar-se numa cerimónia formal sem gravata, também não haverá mal nenhum em se apresentar em calções de banho e toalha ao pescoço.
Ena! A personagem:
ResponderEliminarÉ Licenciado, mestre e doutorado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, onde é professor universitário.
Foi Director da Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa (2005-2006) e Presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (2006-2011).
Talvez tenha faltado, só como hipótese de trabalho, a Instrução (primeira).
A figurinha do ministro é triste, sem sombra de dúvida que é. Mas mais triste ainda é a instituição militar consentir-lho. E só por aqui se vê a tão baixa conta em que as Forças Armadas Portuguesas se têm a si próprias. O que, enfim, não me surpreende, de todo em todo.~
ResponderEliminarPor muito menos do que isto consigo facilmente imaginar as Forças Armadas Espanholas em polvorosa com oficiais generais resmungando e aqueles já retirados a inundar os blogs e revistas militares do Reino com protestos. Em Portugal, pelos vistos, o ministro insulta a instituição militar e esta não reage. Fica quieta, sossegada. Em suma; não se dá ao respeito. Mas, enfim, alguém se admira?
Fica sossegada? E já vão dois, o CEME e o vice-CEME.
ResponderEliminarAfinal se calhar tinha sido melhor pôr o João Soares na Defesa.
Entretanto Louçã envergou gravata na reunião do Conselho de Estado. Para quem não acreditava na lei das compensações aqui está a prova de que ela rege.
ResponderEliminarCara IsabelPS:
ResponderEliminarO homem anda radiante, empertigado e contentinho do seu poder: aparece nos jornais, atavia-se ao modo do Bloco e do Syriza em manifestações solenes, obriga à demissão dos chefes maiores do exército, mostra todo o esplendor do seu poder. Coitado, que nem sabe , nem sonha que a entradas de leão correspondem saídas de sendeiro.
Caro Zuricher:
Bem, vamos ver o que acontece com a próxima nomeação dos chefes do exército. Creio que não vai ser fácil...E, muito menos, incondicional, perante a desfaçatez do ministro. Uma coisa é a submissão do poder militar ao poder político; outra coisa, muito diferente, é o desrespeito despudorado perante a instituição.
Isabel, sim, fica sossegada. A mera demissão é reacção muito curta para os enxovalhos dos últimos dias. Em todo o caso, as FA terem permitido ao ministro fazer revista às tropas em parada naqueles preparos é, por si, sintomático da falta de força que sentem e do pouco que se respeitam a si próprias. Em simultâneo, ele sentir o à vontade bastante para o fazer significa que sente não ter que as respeitar e que pode trata-las como quiser e bem lhe apetecer.
ResponderEliminarJá que aqui se fala nas demissões levadas a cabo, a pedido, nas Chefias militares, tudo depende da atitude do, ou dos, generais que vierem a ser convocados para os cargos deixados vagos.
ResponderEliminarPara desgraça de todos nós e não só dos militares, não me parece que este ministro venha a ter qualquer dificuldade...
E tudo como dantes, quartel general em Abrantes.
Caro Ferreira de Almeida:
ResponderEliminarO ministro anda a contra-ciclo...
Não existindo correlação "mandatória" entre farda militar e traje civil, deve o assunto ser regido pelo bom senso, pelo que, estando os militares em traje de campanha é aceitável que o homem ignore a gravata... Além do mais, ele não se apresentou em trajes menores, ceroulas, ténis ou calções... Graças a Deus!...
ResponderEliminarCaro Sr. Alves Ferreira
ResponderEliminarNos uniformes militares existe uma equivalência aos diferentes trajes civis. Cito como exemplo do grande uniforme, ao qual corresponde o fraque.
Mas uma parada militar tem outros protocolos. Os militares da figura, estando de camuflado (normalmente usado em campanha), estão de luvas brancas e lenço ao pescoço, ou seja, cumprem as formalidades requeridas pela cerimónia em questão.
Não é portanto possível, neste tipo de cerimónias, levar a correlação ao extremo. Quanto mais não seja, porque aos soldados não são distribuídos uniformes de cerimónia (os demais militares, se os quiserem, terão de pagá-los do seu bolso).
O homem é um civil. Civil que, por sinal e por decisão de um presidente da república que não deixa saudades, é ministro. Para todos os efeitos que me consiga lembrar, o ministro até poderia estar vestido de coelhinho da Duracell, militar está lá para obedecer e respeitar. Se assumirmos que o respeito da tropa depende da forma como o ministro se veste, então é acabar com ela. Quando eu trabalhava para a tropa, no pliocénico superior, não interessava como eu aparecia num quartel, a tropa percebia que era um civil a chegar e o respeito redobrava. Acho que ainda hoje será assim.
ResponderEliminarCaro Cruz, o grande problema é que eu não duvido absolutamente nada que seja e funcione assim. É pena. Longe vão os tempos em que um civil, ao entrar numa instalação militar, ficava sob alçada da jurisdição militar e devia obediência e respeito aos oficiais militares. Infelizmente em Portugal a sociedade foi enxovalhando a instituição militar e esta foi-se deixando rebaixar até ao ponto que se vê. O respeito pela instituição militar não depende só da forma como um ministro se veste mas a forma como se apresenta diante dos militares é expressão do respeito que tem pela instituição que tutela. Ou da sua falta...
ResponderEliminarGostei da sua frase de que "militar está lá para obedecer e respeitar". Não, meu caro. Os militares não são as suas criadas de servir embora, na sociedade Portuguesa e naquilo que as Forças Armadas se tornaram em Portugal, não me admira que haja quem o pense. É pena... Mas sempre digo que gostaria de o ver apresentar-se num quartel em Espanha com essa atitude. Conheço mais do que um - e não apenas oficiais generais - que o poriam imediatamente sob detenção. E olhe que não era preciso ser o Coronel Tejero Díez, filho do Tenente-Coronel Tejero Molina do 23-F.
A forma como as Forças Armadas são tratadas em Portugal, na e pela sociedade Portuguesa não tem qualquer sombra de paralelo em qualquer outro país ocidental.
Só mais uma achega
ResponderEliminarNa imagem, vê-se o ministro a passar, altivo como convém, revista a tropas em parada. Tanto quanto julgo saber, uma formatura para ministro implica a incorporação do Estandarte Nacional e respectiva escolta armada. O que confere à cerimónia uma solenidade que ninguém tem o direito de desrespeitar.
Respeito ao Estandarte... Enfim, Fernando Vouga, conquanto concorde plenamente com o que escreve no seu comentário não posso deixar de sorrir. Em Portugal o respeito pelos símbolos nacionais é inexistente e até mal visto em certos meios. Sucessivos governos espezinharam o respeito pela Nação e pelo que a simboliza com o desbragado apoio da vasta maioria da população. O resultado é o que conhecemos hoje em dia. Ninguém liga patavina a nada dessas coisas nem à Nação nem ao conceito de bem comum nem a nada que com isto tenha a ver.
ResponderEliminarQuantos países conhece onde a Bandeira Nacional só seja hasteada nos edifícios públicos aos Domingos? Quantos países conhece cujas leis permitam aos navios de tráfego local navegar sem o pavilhão hasteado na popa excepto aos Domingos? Quantos países conhece onde o hino toca e os presentes se mantenham sentados?
E sim, isto tem a ver com a falta da gravata do ministro. Está tudo no mesmo quarteirão.
... a propósito do respeito pelos símbolos nacionais, é de recordar que somos o País onde um Presidente da República hasteia a bandeira nacional ao contrário sem pestaneja e com ar de chuta para o lado. E como o "exemplo vem de cima", está tudo explicado...
ResponderEliminarJá que se falou de Espanha, um título do El Mundo:
ResponderEliminarEl protocolo de Pablo Iglesias: esmoquin para el cine, camisa para el Rey
Caro Zuricher,
ResponderEliminara ditadura militar já acabou há uma décadas valentes. Militar serve para obedecer, senão não serve para nada e o quem manda neles (admitindo que o golpe de estado que o Cavaco e o Costa nos arranjaram não é golpe) é o povo por intermédio da figurinha que este bem entender. Se o povo entender que é o coelhinho da Duracell está a tropa toda a fazer continência ao coelhinho da Duracell e que não se veja o mínimo de desrespeito!
Caro Cruz, em Portugal, ditadura militar, houve apenas durante seis anos. Daí em diante não foi ditadura militar e com a Constituição de 1933 ficou expressa a natureza civil do regime.
ResponderEliminarQuanto ao resto, enfim, olhe, já houve muito quem pensasse isso até ao dia em que afrontou demasiado a instituição militar. Mas, realmente, nos países Ocidentais, algo como o que o Cruz acaba de dizer só poderia mesmo sair dum Português. Não vê tais atoardas em Espanhois, Franceses, Suíços, mesmo Alemães com a sua relação dificil com os militares ou, de todo, jamais em dias da vida, em Americanos. De qualquer forma, Cruz, lamento muito que pense isso.
Não percebi, para que serve um militar senão para obedecer ao povo por intermédio do poder executivo? Só para esclarecer...
ResponderEliminarEntre outras coisas serve para defender esse mesmo povo tendo no seu descritor funcional a obrigação de dar a vida se necessário for. Só isto seria suficiente para garantir respeito à instituição militar e não esse absurdo de tentar colocar as Forças Armadas ao nível da Direcção-Geral da Contabilidade Pública. Se quiser uma criada de servir, contrate uma. Se quiser um saco de boxe para descarregar uma má relação emocional com fardas, compre um. A instituição castrense está para dar a vida por si e pelos seus filhos se necessário for. Mas não está para suportar enxovalhos e maus tratos duma sociedade que se algo a atacar (até a meteorologia...) é para ela que se vira em busca de socorro.
ResponderEliminarAs forças armadas não estão ao nível da direcção da contabilidade pública. Estão abaixo. E estão abaixo porque têm armas na mao. Por isso os seus elementos são limitados nos seus direitos. Por isso um militar é um cidadao que não tem os mesmos direitos dos outros. Não podem fazer greves, não podem manifestar-se e não têm querer. Não estão dispostos a cumprir com isto, dwspedem-se e passam a ser cidadãos normais e deixam de andar de armas na mão.
ResponderEliminarO despeito que merecem está exactamente no ponto do respeito que têm pela escolhas do soberano que, poderá parecer surpresa, é o povo. O povo escolhe quem quer e o militar obedece e respeita. Não quer, entrega a arma e pode mandar as bocas que entende. Não está para suportar enxovalhos, como diz, despede-se. Não é demitir-se e ficar a ganhar ordenado na mesma. Assim até eu deixo de aturar "enxovalhos"/
Pires da Cruz, não é por se repetir que fica com razão...
ResponderEliminarNão vejo razão para criticar o ministro por se apresentar sem gravata. É uma questão de opção e ele faz a sua. Outro tanto não digo do coro de meninos que não gostam, esquecendo que o anterior ministro, um tal de Aguiar Branco, se apresentava vestindo um kispo seboso, como se pode ver em muitas fotos que ainda se encontram na net.
ResponderEliminarSe não há mal nenhum em apresentar-se numa cerimónia formal sem gravata, também não haverá mal nenhum em se apresentar em calções de banho e toalha ao pescoço.
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