sexta-feira, 27 de maio de 2016

Tempos novos...politiquices revelhas

"Vamos imaginar que Passos Coelho e Paulo Portas tinham conseguido formar governo...
Vamos imaginar ainda que que os números esta semana divulgados pelo INE seriam os mesmos, ou seja, que o desemprego subia, como subiu, o crescimento patinou, como patinou, e o crescimento caía, como efectivamente caiu. Quais seriam as reacções da esquerda agora unida?
Comecemos por Catarina Martins, que diria algo parecido com isto:
O aumento do desemprego é a demonstração da falência do governo de direita, do neoliberalismo e  das políticas de Bruxelas. A austeridade falhou, como sempre dissemos...Os trabalhadores estão a sofrer com os resultados desta política ..é urgente mudar de política...A queda do investimento mostra que nem já os capitalistas acreditam neste governo...é urgente que as forças de esquerda se unam para acabar de vez com as políticas de austeridade".  
Luís Marques, no artigo Tempo Novo, Expresso de 21 de Maio. 
Afinal, agora louva o que antes criticava. Tempos novos...politiquices velhas...

11 comentários:

  1. Caro Pinho Cardão,

    Ainda podemos escrever uma carta ao Cavaco a agradecer a borrada que fez.... Não só levou o estado à falência, impediu a sua recuperação com golpes "legalistas", como nos deixou esta prenda. Uma marca para a história!

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  2. Essa foi a pior asneira de Cavaco.

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  3. é a sinistra com as suas bocas-do-corpo

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  4. A economia vem a cair desde o primeiro trimestre de 2015 com crescimentos trimestrais homólogos de 1,7%, 1,5%, 1,4% e 1,3% ao longo do ano. Os três primeiros meses de 2016 o novo governo de António Costa foram governados em duodécimos. Só em Abril o novo orçamento entrou em vigor. Por outro lado, a economia tem a sua inércia, pelo que os efeitos da débil reversão das medidas anteriores jamais se poderão sentir de imediato. Só o sectarismo desenfreado da direita PPD/PP, cegos e desesperados como andam, acreditam numa outra leitura. Desejavam que se continuasse com a mesma receita, que se aprofundasse a austeridade e o empobrecimento “virtuoso”.

    Só que as políticas neoliberais de austeridade, está provado, são uma grande trampa. Não provocam nenhum dos efeitos económicos benéficos que apregoa. Nem crescimento económico, nem diminuição da dívida.
    Ao contrário, provoca o empobrecimento das famílias e do país, e criou um crédito mal parado nas instituições financeiras nacionais que atinge hoje os 30.000 milhões de euros e coloca em causa a sustentabilidade do sistema financeiro. É o reverso da medalha. Até o capital financeiro é atingido pelas políticas da austeridade.
    Bem andava certo Keynes quando demonstrou aos ricos que a miséria é também ruim para os ricos, e não apenas para os pobres.

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  5. Só o sectarismo da esquerda ps/bloco cegos e desesperados como andam, acreditam numa outra leitura. Desejavam que que se continuasse com a mesma receita (da bancarrota), que levou à bancarrota, à austeridade e ao empobrecimento.

    Só que as políticas de esquerda, está provado (3 bancarrotas), são uma grande trampa. Não provocam nenhum dos efeitos económicos benéficos que apregoa. Nem crescimento económico (crescimento prometido em campanha pelo aldrabão de quase 3%?) nem diminuição da dívida pública (que o governo deste aldrabão insiste em aumentar).

    Ao contrário, provoca o empobrecimento das famílias e do país, bla,bla,bla.
    Bem andava certo Keynes quando demonstrou aos ricos que a miséria é também ruim para os ricos, e não apenas para os pobres. Isso é tão óbvio que até Keynes o percebeu. Não viveu o suficiente para perceber que as suas ideias aplicadas pela esquerda já levaram a 3 bancarrotas num único país.

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  6. Caro João Pires da Cruz:
    Cavaco sempre teve um entendimento muito institucional, ou muito à letra, da nossa constituição. Como tal, não se poderia esperar que fizesse outra coisa.

    Cara Leitora Atenta:

    Pois, os efeitos não são realmente os melhores. Aliás, a fórmula do governo, por nunca ter sido apresentada, nunca foi votada pelos portugueses.

    Caro Carlos Sério:

    O meu amigo tortura os dados para chegar ao que lhe convém. Creio que nem a si se convence.

    Caro Alberto Sampaio:
    Concordo com muito do que diz. Quanto ao Keynes, as suas teorias e os seus princípios continuam válidos em muitas economias, mas não, aqui e agora, em Portugal. Porque da sua aplicação, num país com uma carga fiscal equivalente ao confisco, uma elevadíssima dívida pública e défices públicos ainda não controlados, insistir na despesa pública é homicídio da economia. Keynes viveu há cem anos. Nessa altura, as economias eram muito fechadas, a despesa pública em Inglaterra era de 9% do PIB, a dívida pública era baixa e interna, os défices insignificativos. Nestas circunstâncias, até seria válida a caricatura atribuída a Keynes de que se justificava a medida de ter um grupo de operários a abrir um buraco e outro a tapá-lo e assim sucessivamente.

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  7. Meu caro Pinho Cardão,
    Aos dados do INE chama martelar os números? Vá lá renda-se à evidência dos números e deixe-se de fantasiar a realidade.

    Índice de Vendas no Comércio a Retalho acelerou em termos homólogos - Abril de 2016
    O Índice de Volume de Negócios no Comércio a Retalho passou de uma variação homóloga de 2,4% em março, para 2,9% em abril. Os índices de emprego, de remunerações e de número de horas trabalhadas ajustadas de efeitos de calendário apresentaram, no mês de referência, taxas de variação homóloga de 2,8%, 5,0% e 1,6%, respetivamente (2,7%, 4,3% e 3,5% no mês anterior, pela mesma ordem).

    Índice de Produção Industrial registou variação homóloga positiva - Abril de 2016
    O índice de produção industrial apresentou uma variação homóloga de 3,5% em abril (-0,4% em março). A secção das Indústrias Transformadoras registou uma variação homóloga de 0,4% (-1,6% no mês anterior).

    Indicador de confiança dos Consumidores e indicador de clima económico aumentam - Maio de 2016
    O indicador de confiança dos Consumidores aumentou em maio, após ter diminuído no mês anterior, retomando a tendência ascendente observada desde o início de 2013.
    O indicador de clima económico aumentou entre março e maio, após ter estabilizado em fevereiro. No mês de referência, os indicadores de confiança aumentaram no Comércio e na Construção e Obras Públicas e diminuíram nos Serviços e na Indústria Transformadora.

    (Dados do INE de 30 de Maio de 2016)

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  8. Caro Pinho Cardão,

    Mas é curioso que os 13 primeiros artigos tenham sido sempre rejeitados. Vá-se lá perceber porquê....

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  9. Caro Pinho Cardão,
    faltou responder à sua questão.
    a reacção seria dizer que era tudo fruto das políticas neoliberais da direita.

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  10. Caro João Pires da Cruz:
    Agora, apanhou-me distraído e não sei do que fala. Mas palpita-me que a tirada deve ter formidável ironia. Só que não cheguei lá...

    Caro asam:
    Claro, essas nefandas políticas neoliberais de direita...

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  11. Caro Pinho Cardão,

    Perante a afirmação de que o ex-PR seria muito respeitador da constituição, eu questiono-me como é que se consegue juntar os mandatos dele e os 13 primeiros artigos da constituição. Como é que, por exemplo, perante um governo escolhido pelo poder legislativo à revelia do voto popular se consegue enquadrar isso no princípio da soberania popular e da separação de poderes. Quer-me cá parecer que nunca a entendeu...

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