Qualquer semelhança entre a propaganda da
geringonça e a execução orçamental divulgada pelo
Ministério das Finanças de janeiro a setembro é
pura coincidência.
Não testei os números, mas,
segundo o DN, o que se verifica é um mega desvio da execução face ao orçamento.
O que só seria de espantar a quem tivesse esquecido o colossal logro subjacente aos pressupostos macroeconómicos da geringonça.
Assim, e segundo o Diário de Notícias:
1. A receita fiscal cresce 0,7%, contra os 3,4% previstos, desvio negativo de 917
milhões de euros.
2. O IRS apresenta um desvio negativo de 579
milhões, com a colecta a cair 6%, contra os 2,4% orçamentados. Quanto ao IRC, o desvio é de 212 milhões de euros.
3. O
IVA apresenta uma derrapagem de 411 milhões de euros, e o ISP de 282 milhões de euros.
Para
compensar o desaire na receita, o governo recorre a uma forte contenção do investimento e da despesa corrente:
1. A
Despesa de Capital, isto é, o investimento público, está a descer mais de 5%, quando o OE apontava para uma
expansão de 18%, gerando uma folga de 814 milhões de euros.
2. As transferências correntes para outros sectores da administração geram uma poupança vai
em 501 milhões de euros.
Fica comprovado o mega erro do crescimento através
do consumo, que levou a um desvio colossal na receita, pelo que o défice apurado só pôde resultar de violentos cortes no investimento e na
despesa corrente, com reflexos na deterioração dos serviços públicos, tanto maiores quanto estes não sofreram qualquer reestruturação e viram aumentado o
custo com o pessoal. Não falando já da contabilidade criativa que permite
baixos saldos orçamentais, todavia postos em causa e contraditados por um desproporcionado avolumar da dívida pública.
ResponderEliminarTenho a certeza que acosta, cmartins e jsousa virão brevemente a terreiro reconhecer o falhanço da estratégia e pedir a demissão do primeiro. Afinal, trata-se de pessoas honestas.
Parece certo que só ainda não o fizeram por manifesta falta de tempo. O País que espere, juntamente com os fornecedores e outros. Mas vão conseguir baixar o défice. :-)
ResponderEliminarRectificação:
A culpa é de passos coelho por não ter aumentado suficientemente os impostos.
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarquanto à dívida pública, ela tem de crescer ainda bastante mais para o bloco conseguir atingir o seu objectivo.
Prevejo que isso não vá ser muito difícil dada a importância que o pm e os seus amigos dão em manter-se no poder.
Vou dar um conselho gracioso ao pm e ao seu partido. Ao negociar com o "bando" do bloco, podem usar contra o bloco a vontade que estes têm de levar o País à ruína. O bloco vai tentar manter o governo pelo maior período de tempo possível.
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarComo disse um dia o Prof. Miguel Beleza, "sou economista, eu nem nas previsões para o ano passado acerto"....
Caro Alberto Sampaio:
ResponderEliminarEles falam, falam, mas diminuir o colossal aumento de impostos que tanto criticaram é que não diminuem...
Caro João Pires da Cruz:
Pois é verdade, mas para esta geringonça o rigor é não acertar em nada. Ainda hoje eu ouvi, na Conferência da Ordem dos Economistas, na Gulbenkian, um secretário de estado a falar da rigorosa execução do orçamento. Em que cada grande rubrica da receita ou da despesa está a ficar a milhas do previsto. Isso é que é boa pontaria, acertar longe do alvo!...
Bastava ver o exemplo brasileiro, com os governos socialistas de Lula e Dilma, para antever o colossal fracasso dessa política!!! Crescimento econômico baseado em expansão de consumo tem, logicamente, um limite, mas parece que socialistas não se apercebem disso!! Depois do descontrole total das finanças públicas, o que pode o povo fazer? Bem, talvez o que resta ao povo é nas próximas eleições chamar de volta os "malvados" conservadores para que resolvam o problema, mediante a clássica política de só gastar o que se arrecada!!
ResponderEliminarFalácia básica:
ResponderEliminarOs partidos que estão agora no Governo criticaram o brutal aumento de impostos, agora deviam acabar com ele.
Se isso fosse verdade, tudo o que o PSD criticou no Governo Sócrates também devia ter eliminado quando foi governo. E isso não só não aconteceu, como aconteceu o oposto!
Mas, assim que tocaram nas escolas com contrato de associação, foi um "Ai Jesus!"...
Agora, são falsamente acusados de estar a reverter todas as medidas tomadas. Disso e do seu contrário.
É o partidarismo em funcionamento.
Democracia? Venha de lá uma verdadeira "Quarta República"! Assente em valores e correntes ideológicas coerentes no tempo!
Já passaram uns dias, será que o acosta e os seus amigos já reconheceram o fracasso da estratégia? Afinal se falhou e são pessoas de carácter, certamente que até pediram a demissão.
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