quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Mega geringonça...mega desvio orçamental...mega desinformação

Qualquer semelhança entre a propaganda da geringonça e a execução orçamental divulgada pelo Ministério das Finanças de janeiro a setembro é pura coincidência.
Não testei os números, mas, segundo o DN, o que se verifica é um mega desvio da execução face ao orçamento. O que só seria de espantar a quem tivesse esquecido o colossal logro subjacente aos pressupostos macroeconómicos da geringonça.
Assim, e segundo o Diário de Notícias:
1. A receita fiscal cresce 0,7%, contra os 3,4% previstos, desvio negativo de 917 milhões de euros.
2. O IRS apresenta um desvio negativo de 579 milhões, com a colecta a cair 6%, contra os 2,4% orçamentados. Quanto ao IRC, o desvio é de 212 milhões de euros.
3. O IVA apresenta uma derrapagem de 411 milhões de euros, e o ISP de 282 milhões de euros. 
Para compensar o desaire na receita, o governo recorre a uma forte contenção do investimento e da despesa corrente:
1. A Despesa de Capital, isto é, o investimento público, está a descer mais de 5%, quando o OE apontava para uma expansão de 18%, gerando uma folga de 814 milhões de euros. 
2. As transferências correntes para outros sectores da administração geram uma poupança vai em 501 milhões de euros.
Fica comprovado o mega erro do crescimento através do consumo, que levou a um desvio colossal na receita, pelo que o défice apurado só pôde resultar de violentos cortes no investimento e na despesa corrente, com reflexos na deterioração dos serviços públicos, tanto maiores quanto estes não sofreram qualquer reestruturação e viram aumentado o custo com o pessoal. Não falando já da contabilidade criativa que permite baixos saldos orçamentais, todavia postos em causa e contraditados por um desproporcionado avolumar da dívida pública.

8 comentários:



  1. Tenho a certeza que acosta, cmartins e jsousa virão brevemente a terreiro reconhecer o falhanço da estratégia e pedir a demissão do primeiro. Afinal, trata-se de pessoas honestas.

    Parece certo que só ainda não o fizeram por manifesta falta de tempo. O País que espere, juntamente com os fornecedores e outros. Mas vão conseguir baixar o défice. :-)

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  2. Rectificação:

    A culpa é de passos coelho por não ter aumentado suficientemente os impostos.

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  3. Caro Pinho Cardão,

    quanto à dívida pública, ela tem de crescer ainda bastante mais para o bloco conseguir atingir o seu objectivo.

    Prevejo que isso não vá ser muito difícil dada a importância que o pm e os seus amigos dão em manter-se no poder.

    Vou dar um conselho gracioso ao pm e ao seu partido. Ao negociar com o "bando" do bloco, podem usar contra o bloco a vontade que estes têm de levar o País à ruína. O bloco vai tentar manter o governo pelo maior período de tempo possível.

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  4. Caro Pinho Cardão,

    Como disse um dia o Prof. Miguel Beleza, "sou economista, eu nem nas previsões para o ano passado acerto"....

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  5. Caro Alberto Sampaio:
    Eles falam, falam, mas diminuir o colossal aumento de impostos que tanto criticaram é que não diminuem...

    Caro João Pires da Cruz:
    Pois é verdade, mas para esta geringonça o rigor é não acertar em nada. Ainda hoje eu ouvi, na Conferência da Ordem dos Economistas, na Gulbenkian, um secretário de estado a falar da rigorosa execução do orçamento. Em que cada grande rubrica da receita ou da despesa está a ficar a milhas do previsto. Isso é que é boa pontaria, acertar longe do alvo!...

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  6. Bastava ver o exemplo brasileiro, com os governos socialistas de Lula e Dilma, para antever o colossal fracasso dessa política!!! Crescimento econômico baseado em expansão de consumo tem, logicamente, um limite, mas parece que socialistas não se apercebem disso!! Depois do descontrole total das finanças públicas, o que pode o povo fazer? Bem, talvez o que resta ao povo é nas próximas eleições chamar de volta os "malvados" conservadores para que resolvam o problema, mediante a clássica política de só gastar o que se arrecada!!

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  7. Falácia básica:
    Os partidos que estão agora no Governo criticaram o brutal aumento de impostos, agora deviam acabar com ele.

    Se isso fosse verdade, tudo o que o PSD criticou no Governo Sócrates também devia ter eliminado quando foi governo. E isso não só não aconteceu, como aconteceu o oposto!


    Mas, assim que tocaram nas escolas com contrato de associação, foi um "Ai Jesus!"...

    Agora, são falsamente acusados de estar a reverter todas as medidas tomadas. Disso e do seu contrário.

    É o partidarismo em funcionamento.

    Democracia? Venha de lá uma verdadeira "Quarta República"! Assente em valores e correntes ideológicas coerentes no tempo!

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  8. Já passaram uns dias, será que o acosta e os seus amigos já reconheceram o fracasso da estratégia? Afinal se falhou e são pessoas de carácter, certamente que até pediram a demissão.

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