segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Aumento da esperança média de vida, o preço a pagar...

A quem interessar. A esperança média de vida aos 65 anos de idade continua a aumentar. Isto mesmo foi hoje confirmado pelo Instituto Nacional de Estatística. Os portugueses com 65 anos podem esperar viver, em média, mais 19,31 anos (uma subida de 0,12 anos em relação à última estimativa realizada).
Viver mais é uma excelente notícia. Vamos agora às consequências para quem pensa na reforma.
1ª Aumento da idade normal de reforma
Aumenta a esperança média de vida aos 65 anos de idade, aumenta a idade normal de reforma:
Em 2016 – 66 anos e 2 meses
Em 2017 – 66 anos e 3 meses
Em 2018 – 66 anos e 4 meses
Com este ritmo de crescimento, podemos antecipar que a idade normal de reforma aos 67 anos chegará por volta de 2025
2ª Penalização das reformas antecipadas
Aumenta a idade normal de reforma, aumenta o factor de sustentabilidade.
Em 2017 vigorará um factor de sustentabilidade de 13,88%, contra 13,34% em 2016.
O factor de sustentabilidade aplica-se, em regra, às reformas antecipadas, isto é, concedidas antes da idade normal de reforma.
Em 2017 quem se reformar com menos de 66 anos de idade e 3 meses terá uma redução de 13,88% no montante da pensão de reforma calculado.
Mas atenção que por cada mês de antecipação acresce uma redução adicional de 0,5%. 
As reformas antecipadas na Segurança Social estão suspensas, com excepção para quem tenha 60 anos de idade e 40 anos de contribuições e desempregados de longa duração. Não estão suspensas as reformas antecipadas na Administração Pública para os trabalhadores abrangidos pela Caixa Geral de Aposentações.

3 comentários:

  1. No final, os únicos beneficiários/criadores do aumento da esperança de vida, são os grandes laboratórios que fabricam os medicamentos que irão prolongar os anos de vida. Digo os "únicos beneficiários" porque o idoso, por mais que lhe prolonguem a vida, acabará por morrer. É verdade que ao falecer, deixará de consumir medicamentos, mas o que vem a seguir, manterá a sustentabilidade; não a do sistema social, mas a do sistema laboratorial.

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  2. Caro Bartomeu
    Todos iremos desaparecer, mas é muito bom que vivamos mais tempo com saúde. Lucramos todos, a riqueza pode é não estar bem distribuída.

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  3. Não está, é um facto, cara Dra. Margarida e ao longo de toda a História da humanidade, não se conhece um tempo em que a riqueza estivesse distribuída.
    Mas na questão que referi, o que nunca esteve também com hoje, foi a absurda criação de meios lucrativos que destroem a humanidade e os mesmos, que criam meios lucrativos para prolongar a vida dessa mesma humanidade. Um jogo, portanto, de marionetas e fantasias.

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