domingo, 29 de outubro de 2017

A política desprezível da geringonça

O Instituto Português de Oncologia não consegue utilizar a verba que lhe foi entregue pelo anterior Ministro Paulo Macedo para abrir mais um bloco operatório, por falta de autorização do Ministro Mário Centeno. Entretanto, cresce a fila de espera no IPO para intervenções oncológicas.
Ao contrário, tudo é desbloqueado para promoções de funcionários, progressões automáticas, aumentos salariais, admissão de precários sem concurso, bolseiros e estagiários. E para menos horas de trabalho. 
A geringonça dá prioridade a quem vem agitar as ruas e faz greves por tudo e por nada, e os doentes do IPO à espera de cirurgia não fazem greve. Por isso, nada contam para um governo que mercadeja o dinheiro público na manutenção do poder e na compra permanente dos seus alvos eleitorais.
Mário Centeno deveria ter um sentimento de desprezo por si próprio pelas prioridades que escolhe ou é obrigado a adoptar.
Nota: O post é baseado em notícia da edição do Expresso de ontem, 28 de Outubro (não se conseguiu o link), notícia aliás confirmada em entrevista ao Presidente do CA do IPO, antigo Secretário de Estado de um governo socialista.

10 comentários:

  1. Só temos o quê merecemos. Pagamos os nossos impostos para o "governo" distribuir pelos seus clientes. Estamos domesticados e mansos. Lamento.

    ResponderEliminar
  2. Caro José Domingos:
    Enorme indulgência a sua, e também a minha, quando se chama a isso um governo...

    ResponderEliminar
  3. Não merecemos. Temos sido mansos e cobardes. O que não é elogio.
    Para bandidos nem a morte os redimirá

    ResponderEliminar
  4. Para não falar da pediatria do Hospital de S. João. Outra vergonha politiqueira. Com um deputedo da CE.

    ResponderEliminar
  5. Temos realmente o que merecemos... desde 25 de Abril de 1974.
    Antes, tínhamos aquilo que o governo de Oliveira Salazar e depois Marcelo Caetano, achavam ser justo, sem direito a contestação.
    Depois de termos ganho esse direito, acobardámo-nos e escusámo-nos a exerce-lo.
    A democracia é uma coisa munta linda mas para aquele pessoal do norte da Europa. Mais para sul, começa a diluir-se nas politiquices, nos jogos políticos, na contrainformação, na ausência de gente capaz de fazer oposição séria e construtiva. Considero não ser despiciendo o que disse a Drª Manuela Ferreira Leite certa altura... a democracia devia ser suspensa durante seis meses. Só??? Senhora Doutora.

    ResponderEliminar
  6. Credo, caro Bartolomeu, sem democracia seria muito, muito pior. Temos é que ser exigentes com quem democraticamente, mesmo que, no caso presente, por portas "travessas", nos governa.

    ResponderEliminar
  7. Caro Por agora:
    Claro que tem havido cortes e mais cortes nos serviços públicos. E cativações ad-hoc. E colossal propaganda para dizer que tudo vai no melhor dos mundos. Aí, a geringonça é altamente competente!

    ResponderEliminar
  8. Estou por ver se as "portas travessas" que se abriram para dar passagem a uma "geringonça" pós-formada, se fecharam de vez ou se voltarão a ser usadas... talvez por aqueles que agora tanto as criticam.
    Não, devo confessar que não concordo com uma coligação formada depois do voto dos eleitores. Mas é á constituição que devemos a existência dessas "portas" e á falta de caráter dos políticos o seu uso.

    ResponderEliminar
  9. Nem mais, caro Bartolomeu!

    ResponderEliminar
  10. Dr Pinho Cardão,
    Venho agradecer o ter eliminado o post, nesta área, em que escrevi que estava «muito zangado».
    O que prantei foi demais para a minha educação. Pela eliminação muito lhe agradeço.
    eao

    ResponderEliminar