O reinado da geringonça é um achado de extravagâncias e de achados verdadeiramente mirabolantes.
Logo, a ideia de querer pôr a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa a investir 200 milhões de euros, digo 200 milhões de euros, por 10% do Banco Montepio Geral. Uma ideia fantástica que pressupunha que o Montepio fosse mais valioso que o BPI, já nem digo que o Novo Banco!...
Depois, essas aparições recentes de António Costa nos locais dos grandes incêndios do Verão, quando alguma obra vai aparecendo, e esse discurso de Natal, cheio de sentimento e afecto, quando na altura da primeira tragédia mais não fez do que pirar-se para férias, deixando o povo à sua sorte...
Seguiu-se essa lei ignóbil do financiamento e da isenção de IVA dos partidos políticos, logo quando em 2018 a carga fiscal sobre os portugueses aumenta em 2018, os quadros do OE o confirmam, contra aquilo que a geringonça mentirosamente, com ar matreiro, vai dizendo.
E, cereja no topo do bolo, perante o despropósito da lei e o alarido geral, alguns dos partidos que na véspera aprovaram a lei, vêm no dia seguinte dizer que a mesma “não espelha a posição de fundo sobre esta matéria”...
E é nesta liderança de malucos que temos que ir vivendo...
O ano de 2017 em dez gráficos
ResponderEliminarMargarida Peixoto e Catarina Melo
In ECO-online
https://www.blogger.com/comment.g?blogID=8810054&postID=4820200928941969459&isPopup=true
Há anos de má memória, mas o que agora está a terminar, nem por isso. Olhando apenas para a economia, há motivos para celebrar: o PIB surpreendeu pela positiva, a dívida encolheu e o défice está cada vez mais perto de 1% — isto com o desemprego a baixar de forma expressiva. São sinais encorajadores que se traduziram numa queda acentuada dos juros da dívida portuguesa, num ano de ganhos expressivos para a bolsa de Lisboa. Veja, em dez gráficos, o que aconteceu em 2017.
Economia surpreende
A economia surpreendeu pela positiva, com um primeiro semestre muito mais forte do que o esperado. A meta de crescimento começou por ser de 1,5%, mas foi sendo revista em alta até atingir os 2,6% em outubro. Tudo indica que será cumprida.
Dívida em queda
Em agosto, a dívida superou a fasquia dos 250 mil milhões de euros na ótica de Maastricht, fazendo soar alertas, mas o Governo garantiu que daria um “trambolhão até ao final do ano”. A expectativa confirmou-se e o rácio da dívida sobre o PIB deverá recuar para valores em torno de 126%.
Défice vai ficar abaixo de 1,3%
No ano em que Portugal saiu do PDE, por referência aos dados de 2016, as finanças públicas continuaram a ser fonte de boas notícias. O défice deverá voltar a superar a meta de 1,4%. O primeiro-ministro já disse que o défice será inferior a 1,3%.
Desemprego em queda. Vai continuar
Foi um ano bom para o mercado de trabalho português, que viu a taxa de desemprego recuar para valores abaixo dos dois dígitos. O bom momento deverá estender-se por 2018, confirmando e reforçando a recuperação económica.
Balança comercial dá confiança
Apesar de o ritmo de crescimento ter acelerado, a economia conseguiu manter um saldo da balança comercial (bens e serviços) positivo, quando medido sobre o PIB nominal. É um dos sinais que permite olhar para a retoma com mais confiança.
Malparado alivia…
Em 2017, o crédito malparado deu alguns sinais de alívio. Os montantes de crédito em incumprimento já representavam no final de outubro menos de 8% do total dos empréstimos às empresas e famílias. As empresas continuam a ter a grande fatia do crédito malparado, mas é notória uma diminuição da sua representatividade no “bolo” total” do incumprimento, num contexto em que a nova concessão de empréstimos a esse segmento também apresenta uma tendência de queda.
… novo crédito acelera. Stock ainda cai
A palavra de ordem do BCE para os bancos abrirem a torneira do crédito continua a não ser suficiente para puxar pelo crédito. O stock de crédito às empresas e aos particulares continua a cair, estando abaixo da fasquia dos 190 mil milhões de euros.
Dívida nacional, a estrela da Zona Euro
A melhoria da perceção do risco do país tem contribuído para o forte alívio dos juros da dívida, num ano cuja fase final fica marcada pela retirada de Portugal da classificação de “lixo” pela Standard & Poor’s e pela Fitch. A taxa de juro a dez anos da dívida soberana nacional arrancou o ano nos 4%, mas já negoceia abaixo da fasquia dos 2%, em mínimos de abril de 2015.
Portugal pagou mais mil milhões ao FMI
ResponderEliminarRafaela Burd Relvas
18 Dezembro 2017
In ECO-online
https://eco.pt/2017/12/18/portugal-pagou-mais-mil-milhoes-ao-fmi/
Portugal quase livre do spread agravado na dívida ao FMI
O país reembolsou mais uma parcela do empréstimo, cujo pagamento estava programado para 2021. 80% da dívida ao FMI já está liquidada.
Portugal concluiu mais um pagamento antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Tal como estava programado, o país reembolsou 1.001 milhões de euros de uma parcela do empréstimo do FMI, que vencia entre março e maio de 2021. Fica assim liquidado 80% da dívida ao fundo.
O anúncio foi feito, esta segunda, pelo Ministério das Finanças, que dá conta de que, com esta operação, ficaram concluídos os reembolsos antecipados ao FMI em 2017. Feitas as contas, este ano, Portugal pagou 10.013 milhões de euros a um dos principais credores do país.
Ao todo, Portugal já reembolsou mais de 21 mil milhões de euros à instituição, ficando assim liquidado aproximadamente 80% do empréstimo total do FMI, no montante de 26.30 milhões de euros.
O Ministério das Finanças indica ainda que “o plano de amortizações antecipadas ao FMI continuará a ser implementado no próximo ano, como previsto no programa de financiamento da República, mantendo-se ainda assim uma prudente almofada financeira”.
Com esta estratégia, o Governo procura obter ganhos com a redução do custo da dívida por duas vias: em primeiro lugar, através da substituição do empréstimo mais oneroso do Fundo por colocação de nova dívida no mercado a taxas bem mais favoráveis; depois, porque ao baixar a exposição junto do Fundo, também alivia os juros cobrados pelo valor da dívida que permanece por pagar ao FMI.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarMas... << a lei ignóbil do financiamento e da isenção de IVA dos partidos políticos >> não foi proposta no parlamento pelo PSD e cínica ou oportunamente aproveitada pelos restantes partidos do meio-círculo?
ResponderEliminarNão sei... digo eu, como quem debita perdigotos.
Dear myinteriors:
ResponderEliminarThank You, very much
Caro Bartolomeu:
De quem foi a iniciativa, não sei, pelos vistos foi tudo muito secreto, nem actas parece que há. Quem aprovou, sabemos. Quem quer manter a aprovação, também.
De qualquer modo, que a iniciativa quer a conclusão são inaceitáveis.
Um abraço e votos de Bom Ano para o meu amigo
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