sexta-feira, 25 de maio de 2018

“A QUEM PERTENCE A VIDA?”..

A quem pertence a vida? Uma pergunta que é colocada por muitas pessoas. Para uns, pertence a Deus. Para outros, a eles próprios, já que não aceitam qualquer origem divina.
Fugir ao sofrimento é uma constante desde a alvorada do tempo quando a consciência humana despertou, estremunhada, sem saber o que era e onde estava. Uma fuga que está condenada a ter de viver na noite fria e escura de um qualquer futuro.
Dói ver quem sofre às portas da morte? Se dói, para quem sofre e para quem partilha o sofrer. Já tenho a minha dose, vivi várias vezes essa misteriosa e iníqua situação. Pouco fiz, porque pouco podia fazer. Limitei-me a acompanhar o sofrimento, sofrendo ao mesmo tempo até que a morte libertadora nos tranquilizou, os que partiram e os que ficaram.
A essência da morte é a beleza cristalina, pura e definitiva da liberdade. Veste-se de preto em qualquer situação, até mesmo num belo e vulgar dia em que um céu brilhante e azul, dança, salta e canta alheio ao sofrimento humano.
Deus dono da vida? Melhor seria que a respeitasse e ajudasse a minorar o sofrimento. Não acredito que Deus se alimente de qualquer sofrimento, mas, também, não deixa de dar a entender que não se importa por aí além. Ele lá sabe, dirão alguns. Não sei e nem me interessa.
Ninguém é dono da vida, nem mesmo os escravos do sofrimento. A morte sim, a morte é que é a dona e senhora de qualquer vida...

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