sábado, 21 de julho de 2018

O estado a que isto, a escola pública, chegou!

Mas alguém podia imaginar que os senhores professores podiam ir de férias sem darem as notas de fim de ano aos alunos ou, na moderna pedagogia, fazerem a avaliação dos alunos? 
Pois bem, pensaram os senhores professores que, de falta em falta, iam protelando as avaliações. E foi preciso que o Ministério da Educação viesse estabelecer que os senhores professores só podiam ir de férias após as avaliações terminadas. 
Bom, apesar de tudo, uma primeira atitude de rebeldia do Ministério perante os chefes sindicais a quem o Ministro é sempre atento, venerador e obrigado.  Mas que revela o estado a que isto, a reclamada escola pública,  chegou.

2 comentários:

  1. O melhor mesmo era implantarem outra vez o salazarismo ou o marcelismo, a Guarda Republicana a ameaçar «Olha qu´o cabalinho pija», a PIDE a arrancar unhas e a entalar testículos e a queimar corpos com pontas de cigarro e a aplicar a tortura do sono e a «estátua», os lápis azuis a cortar o que não interessava ao regime e aos senhores Pinhos desta e da outra vidas, porrada nos contestatários, matá-los. Então é que os professores se portariam na linha, ali, direitinhos que nem fusos. Os professores e todos os trabalhadores que lutam pelos seus direitos, malandragem que não quer trabalhar, cambada de comunistas e antipatriotas. Hem, senhor Pinho Cardão?
    E se o senhor Cardão fosse pentear macacos-cães para o sul da Guiné-Bissau, pra ficarmos só por aqui, que não sou de baixar ao nível de qualquer biscareta?

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  2. Custa-me a entender esta greve dos professores apenas às reuniões de avaliação dos alunos.
    Em primeiro lugar, estava convencido que um trabalhador, quando faz greve, interrompe, voluntariamente, a sua actividade, ou seja, não comparece ao trabalho e, por isso, é legítimo ser-lhe cortado o salário pelo tempo da greve.
    Depois, pensava que os trabalhadores, todos os trabalhadores, são obrigados a desempenhar as tarefas que lhe sejam ordenadas pelo patrão, ou pelo seu superior hierárquico, salvo se essas tarefas forem ilegítimas ou ilegais.
    E assim sendo, pergunto: os professores que se recusam a avaliar os alunos, continuam a auferir o seu vencimento? Será que, agora, os trabalhadores podem recusar-se a desempenhar apenas determinadas tarefas, sem que daí lhe advenham quaisquer inconvenientes?
    O empregado barbeiro pode recusar-se a pentear os clientes? O médico pode recusar-se a prescrever? A educadora infantil pode recusar-se a comunicar aos pais o estado de saúde das crianças deixadas à sua guarda?
    Tudo para dizer que não entende este tipo de greves dos professores.

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