sexta-feira, 27 de julho de 2018

Um retrato da dita escola pública

Um dos Sindicatos dos Professores acusa de fraude o Ministério da Educação na avaliação de estudantes no 3º período, por  lhes ter sido atribuída de forma automática a nota do 2º período. 
O Ministério da Educação diz que isso terá acontecido porque "os docentes se recusaram a entregar as notas dos alunos...não possibilitaram o contacto, não atenderam o telefone, não foram à escola...". 
 Ora vejamos: 
1. Os professores fazem o mal e o sindicato a caramunha, acusando o governo por faltas que deveria atribuir em primeira mão aos professores. Assim a modos como aquele sujeito que matou os pais e depois pede clemência ao tribunal por ser órfão. 
2. O governo acha tudo normal, pois apenas diz que se limitou a aplicar a lei, sem uma palavra, já nem digo de crítica contundente, mas de reparo  à actuação dos professores, não vão os sindicatos aborrecerem-se. 
Para os sindicatos os professores são um fim em si mesmo, existem porque sim e em função de nada, a não ser deles próprios e o ministério, salvo alguns arrufos para manter as aparências, até concorda. E até vai aumentando o seu número, quando o número de alunos vai diminuindo.
Um retrato da escola pública em Portugal.
PS: Obviamente que uma enorme percentagem de professores são competentes, dedicados e cumpridores e vão sustentando a dita escola pública. O que só comprova a maldade do modelo em que estão inseridos. 

1 comentário:

  1. Os professores podem fazer "greve" recusando-se, apenas, a participar numa reunião para avaliar os seus alunos? A meu ver, não. Ou fazem greve a todo o serviço, nas condições estabelecidas na lei, e não vencem ordenado, ou comparecem ao serviço e são obrigados a cumprir as ordens legítimas dos seus superiores. Se assim for, e para mim é, os professores que se recusaram a avaliar os seus alunos, cometeram uma falta disciplinar grave.
    Assim sendo, o ministro podia mandar instaurar processos disciplinares aos professores faltosos? Parece-me que podia e devia.
    O ministro pode, unilateralmente, alterar o período de férias dos professores? No meu entender, não. Alterar o período de férias, por ordem ministerial, tal como foi noticiado, a meu ver é uma ilegalidade, logo um abuso, denotando, simultaneamente, uma falta de autoridade.
    Os Directores de Escola estão a ser coniventes com os professores faltosos? Pelo que ouvi, alguns estão. Isso faz sentido? Pode não fazer sentido, mas entende-se qual a razão: sendo professores nomeados directores de escola, não querem ficar de mal com os seus colegas. E isso é razoável? Acho que não.
    O ministro podia suspender ou demitir os Directores incapazes de se fazerem respeitar pelos seus subordinados? No meu entender poderia e deveria, depois de, previamente, os avisar.
    Os alunos a quem, administrativamente, atribuíram nota no 3.º trimestre igual à nota do 2.º poderão ter sido prejudicados? Claro que podem ter sido prejudicados. E havendo prejudicados, varre-se o assunto para debaixo do tapete? A ver vamos.

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