terça-feira, 24 de julho de 2007

A "second life" do Ministério da Educação!...


O episódio de ontem, em que Sócrates e Ministra da Educação deram início ao “plano tecnológico da educação”, e a que me referi no meu post de ontem, O figurão e os figurantes, acaba por ser o exemplo mais perfeito do modo como é gerido o ensino em Portugal.
Uma sala, que não era sala de aulas, professores que não eram professores, e alunos que eram figurantes!...
O Ministério da Educação vive numa completa realidade virtual, em que a sala de aulas é salão de exposições, professores são substituídos por demonstradores e os alunos pagos à peça pelas empresas fornecedoras e, no fim, pelo orçamento.
Não acabem com ele, não!...

8 comentários:

  1. Caro Pinho Cardão,

    Quanto ao episódio dos figurantes eu não consigo dizer absolutamente nada. Sinto apenas vergonha.
    Mas circunstâcias em que ocorreu o episódio, a apresentação da utilização de uns quantos instrumentos tecnológicos como caminho para resolver os problemas do ensino do país, mostra um dos "alegres" equívocos a que alegremente todos batem palmas, de professores a ministros, de presidentes de câmara a investigadores, meios de comunicaçã e muitos pais (nós).
    Mas quem se está a rir, são os vendedores dessas tecnologias (quimeras?) que até dá para pagarem estas encenações.
    Mas a encenação é todo o projecto: dá para mostrar as verbas "enterradas" na educação, dá para dizer que os professores estão a inovar, que as ´políticas são modernas, etc, etc.
    O problema é que educar é coisa "velha"!...

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  2. ...E �rdua, nada tendo a ver com folclore!...

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  3. Não me parece que os "vendedores" dessas tecnologias se estejam a rir, quanto mais não seja porque o Estado não é um exemplo de bom pagador.

    O Estado só é bom a exigir o pagamento de terceiros, agora ser ele a pagar é que nem por isso. Qualquer empresa que se meta em negócios com o Estado está, à partida, em maus lençóis. Isso, é conhecimento geral.

    Tirando o caricato desta situação toda, os QBI já existem em algumas escolas portuguesas há, pelo menos, 3 anos e já há professores a darem formação nessa área há, pelo menos, 2 (sem terem tido necessidade de recorrer à figuração). Portanto, nem sequer estou a ver qual é o "choque" disso. "Choque" teria sido se as pessoas que trabalham nesse projecto tivessem sido apoiadas quando começaram.

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  4. E que tal contratar os professores aos ingleses, os ministros aos finlandeses, não? Bolas, pelo menos para comprar um caderninho de exames com perguntas certas deve haver um dinheirinho...

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  5. Caro Dr Pinho Cardão
    A que estado chegou a máquina de propaganda deste "desgoverno"!!!
    Será que é mesmo verdade, que contrataram uma empresa de "casting" para fornecer a simulaçao de alunos numa sala de aulas? Não posso acreditar, será que é mesmo verdade?

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  6. Interrogados sobre o assunto, os membros do Governo escudaram-se na empresa fornecedora e não desmentiram.

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  7. Maria de Lurdes Rodrigues, uma revisão do vexame público

    http://asvicentinasdebraganza.blogspot.com/2007/07/tubares-submarinos-e-rmoras.html#links

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  8. As palavras do primeiro comentador, SC, resume, na verdade, o meu sentimento: vergonha. Vegonha epena deste pobre país.
    O problema é que não são tartarugas que estão no pote, mas jacarés.

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