quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

Boas práticas

Em política, como em tudo na vida, as boas práticas deveriam ser reflectidas e replicadas, mesmo em contextos diferentes. O processo que conduziu o Eng.º José Sócrates à liderança do Partido Socialista é um dos exemplos a ter em conta. A eleição pelos militantes, precedida de um debate público entre os vários candidatos, envolveu não só os socialistas, mas a grande maioria dos que se interessam pela vida política e pela forma como a política é projectada perante a opinião pública.

O Partido Socialista e o Eng.º José Sócrates começaram a ganhar as eleições e a legitimidade para governar nesse mesmo processo de escolha.

O Partido Social Democrata e os seus militantes deveriam pensar muito seriamente sobre aquela experiência. Os Congressos podem dar excelentes espectáculos mediáticos, mas dizem pouco sobre a democraticidade na escolha dos dirigentes e muito menos sobre as verdadeiras opções estratégicas que pretendem apresentar ao país.

Quando existem boas práticas não há que ter vergonha de copiá-las.

2 comentários:

  1. Perfeitamente de acordo. O PS deu um excelente exemplo de democracia interna.

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  2. 1. A ideia da eleição em Congresso tinha a haver com os delgados por inerência ao Congresso que eram os depositários dos bons princípios. Era uma reserva de elites que quer pelo voto quer pela intervenção em Congresso podiam "orientar", no bom sentido, as escolhas a fazer em congresso e contrabalançar os populismos e demagogias.

    2.Contra isto lutou Santana Lopes e percebeu-se porquê

    3. Hoje as inerências (e as elites) desapareceram e até mesmo os membros do Conselho Nacional se encontram distribuidos pelas várias listas das "bases". Ou seja sem qualquer poder de intervenção política de facto, para além de dizer amén a qualquer lider de ocasião.
    Assim foi possível a escolha de Santana Lopes porque só lá estava o Miguel Veiga para se opor. A razão de ser da eleição em Congresso desapareceu.

    4. O exemplo do PS é positivo.Mas n
    ao se pode atroplear as regras. Será preciso primeiro um Congresso para alterar os Estatudos e só dpois se pode eleger um Presidente se só depois uma direcção. Marques Mendes tem razão no factor tempo.

    5. Uma solução será depois de uma campanha prévia, as eleições de delegados ao Congresso poderem ser fundadas no apoio a algum dos candidatos (ou moção de estratégia). Foi o que fez Sá Carneiro para voltar á liderança do PSD

    6. Mas já me contentava se antes da votação os candidatos a delegados ao Congresso pudessem dizer o que tencionavam ir lá fazer. E não como até aqui em que as secções só abrem mesmo na altura do votação

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