Repentinamente, há muita gente com pressa.
Já há duas candidaturas à liderança do PSD.
O Congresso será no próximo dia 15 de Abril.
Os apoios sucedem-se e contabilizam-se.
O frenesim da contagem de espingardas é visível.
A preocupação em tomar posição e não deixar espaço para os adversários locais é evidente.
Mas aonde é que isto nos leva?
Que reflexão é possível fazer nestas circunstâncias?
Como podem os militantes escolher os seus delegados ao Congresso num espaço de menos de 30 dias?
Como podem os candidatos organizar, divulgar e debater com os militantes os seus programas, em tão pouco tempo?
A resposta é simples: não podem!!
Este processo, conduzido desta forma, corre o sério risco de se transformar numa operação que serve para ocupar umas cadeiras vazias.
Dentro de um ano estarão a dizer que as escolhas eram transitórias.
É sempre assim. O PS opta pelo sufrágio universal, sempre é a melhor maneira de eleger o líder. Mas e quanto às Comissões Políticas e afins? Isso, já se sabe, não há cá debater moções, debater ideias, qual quê. Ficamo-nos pelo velho "um pra ti, um pra mim, dois pra ele, etc." No fim, debateram-se ideias? Pois sim, e o Pai Natal vem cá todos os anos.
ResponderEliminarA partir do momento em que existem lugares para partilhar tudo o que podia ser discussão ideológico-política acaba, afinal temos os partidos inundados de "tacho-dependentes", sim, desses que são capazes de vender a mãe por um lugar. Todos sabemos disto, mas o terrível é que ninguém lhes mexe.
Um abraço.