Parece que acertei.
A notícia já deu mais uma notícia, no jornal Público, claro.
Mas ainda não é a última notícia.
O Prof. Cavaco Silva já a tinha desmentido.
Agora tornou a desmenti-la e com mais veemência!
Torno a fazer a pergunta: a quem servem estas notícias?
E repito o que disse: o último interessado é o Prof. Cavaco Silva.
Mas agora já se começa a descortinar alguns interesses na notícia.
Vejamos alguns dos seus efeitos:
- "(...) deixou em estado de choque vários dirigentes e candidatos a deputados, que acham que Cavaco está a prejudicar o PSD (...)";
- "(...) questionado ontem sobre se Cavaco continua a ser o seu candidato presidencial, Santana evitou responder (...)";
- "(...) Já temos Freitas do Amaral que chegue! (...)".
As notícias servem para acentuar a ideia de que o Prof. Cavaco Silva não quer aparecer ao lado do PSD nesta campanha.
Também servem para recordar os incidentes do artigo no Expresso em Novembro passado e da recusa em figurar no cartaz.
As notícias servem para atingir o Prof. Cavaco Silva, colocando em causa a sua lealdade para com o PSD (é óbvio que não faz sentido falar em lealdade relativamente a Santana Lopes).
As notícias servem para aprofundar as divisões existentes no PSD.
As notícias servem para que Santana Lopes, mais uma vez, se vitimize.
As notícias servem os que esperam pelo dia 20 de Fevereiro para tramar a candidatura presidencial de Cavaco Silva.
As notícias também servem os que entretanto já se preparam para se servir delas...
Esperemos por mais notícias.
A notícia pode não ter fundamento sólido, mas não acredito que o Público efabulasse algo de quejando. O meu jornal diário agiu mal, mas não duvido de que Cavaco aposta, efectivamente, na maioria absoluta do PS. E quanto ao excelso "bloguista", quais são os seus vaticínios? Indulte-me a ignorância, mas não sei se é militante do PSD. Sei que o Doutor David Justino é, mas gostaria de saber se todos os dinamizadores deste espaço também o são. Independetemente do factor militância, como reage às escabrosas declarações de Alberto João Jardim, para meu vexame, o líder político da minha terra?
ResponderEliminarVisto que tem curiosidade em identificar-me, encontra uma minha curta biografia em http://www3.parlamento.pt/deputados/biografia_ix/bio1935.html.
ResponderEliminarA minha militância de 30 anos no PSD nunca me impediu de pensar, de debater e até de contestar. Seja o que se passa no PSD, nos outros partidos ou na nossa sociedade.
Com uma grande vantagem. Não me chateiam por dizer o que penso. Eu é que por vezes fico chateado por ter que dizer certas coisas.
Caro Vítor Reis, a minha curiosidade nada tem de inusitado. Conheço o seu companheiro de blogue e ex-ministro da educação, por inerência das funções desempenhadas. Perguntei-lhe se era do PSD porque me regozijo ao verificar que há desassombro e desejo de mudança entre os militantes de base do seu partido. Vejo que é insubmisso, quando não aprova algo. O que dizer de Alberto João, também militande do PSD - embora tenha um partido próprio na minha Madeira?
ResponderEliminarBoa noite.
Satisfaço também a curiosidade do Vitor (que de facto nada tem de inusitado): não tenho hoje filiação partidária, o que não significa neutralidade. Há muito que fiz a minha opção pela social-democracia, continuando a considerar válidos - e sobretudo actuais -, os seus princípios.
ResponderEliminarAgradeço ao JM Ferreira de Almeida a divulgação da informção respeitante às suas escolhas ideológicas. Os princípios da social-democracia poderão estar revestidos de pertinência e actualidade mas, como adepto (e ex-militante, presumo) do PSD, não procurará arredar Santana Lopes da liderança, após 20 de Fevereiro? Formulo uma pergunta, dirigida a todos os dinamizadores deste espaço: O que é preferível: uma "derrota a toda a linha" do PSD, ou um sofrível resultado, que propicia a Santana a manutenção do cargo? Estou consciente de que esta é uma questão à qual poderão esquivar-se. Todavia, e tendo em conta o futuro próximo da Democracia portuguesa e do PSD, julgo ser premente a resposta. Palavras enxutas: Santana por mais quatro anos ?(atenção, são 12 vezes quatro meses!)
ResponderEliminarFinalmente!!
ResponderEliminarDepois do direito à indignação, temos agora o direito ao silêncio...
É bom saber que ainda vai havendo quem conceda à "classe política" alguns direitos... privados.
A minha intenção não é fomentar dissídios dentro do PSD. Só pugno pelo abandono de PSL da liderança do PSD. De facto, um pouco de humor não é nada nóxio, mas as suas palavras não me assentam bem. Ao contrário do Público, que citou alegadas frases de Cavaco, eu perguntei, directamente, aos responsáveis por este blogue o que pretendem. O silêncio de um militante, como o caro deputado Vítor Reis, é sintomático. Naturalmente que, quando não estamos descontentes, à minha pergunta se seguiria a imediata resposta, similar a este: "Não concebemos a derrota, só a vitória".
ResponderEliminarO silêncio, justamente invocado por Vítor Reis para não responder, já é uma resposta. Compreendo que não queira desenhar as letras da discórdia, mas aqui entre nós, fico satisfeito pelo seu silêncio. Pelo menos, não dissimula o seu desconsolo, verberando Santana e exortando ao voto nele. Como Marques Mendes. Se temos de compreender o silêncio, podemos compreender o ruído díspar?