quarta-feira, 30 de março de 2005

Desemprego de longa duração

O Eurostat divulgou os números consolidados da taxa de desemprego de longa duração (12 meses à procura de novo emprego) de 1992 a 2003. Para a média comunitária de 4% (25 países) ou 3,3% (15 países), Portugal apresenta para 2003 uma taxa de 2,2%, bem abaixo daqueles valores. Os antigos países de leste recentemente integrados na EU apresentam as mais elevadas taxas, revelando o esforço de reconversão da economia. Os casos mais gritantes são o da Eslováquia (11,1%) e o da Polónia (10,7%) entre os latecomers e o da Grécia (5,1%) e Itália (4,9%) entre os antigos países membros.

Os que os números publicados permitem concluir para a maior parte dos países e em especial para Portugal é o facto de as taxas de desemprego tenderem a manter-se altas nos períodos (geralmente de três a quatro anos) que se sucedem à retoma económica. Por exemplo, em Portugal as maiores taxas de desemprego de longa duração na década passada registaram-se entre 1994 e 1997. A teoria económica de há muito que explica o fenómeno, mas nunca é demais lembrar a pensar nos nossos próximos anos.

José Sócrates sempre falou nos empregos que queria criar, nunca nos que seriam eliminados.

1 comentário:

  1. O problema português é o desemprego de longa duração, pelos efeitos nefastos em termos psicológicoas ao provocar os sentimentos de revolta e inutilidade nos cidadãos. Os números têm de ser bem lidos, temos o jovens recem-licenciados que não entram nas estatísticas. Temos os desempregados por vontade própria, já que obtêm uma prestação muitas vezes agradável, quando combinada a fraude com o anterior patrão seu amigo pessoal.

    Apesar de tudo os números não andam longe do pleno emprego, porque ainda não se reflectiram mudanças estruturais que se verificaram em países mais desenvolvidos.

    Quanto à Polónia, os números são enganadores, dado que a tendência é contrária, visto estar noutro estádio de desenvolvimento.

    GB
    http://lapisdeminas.blogspot.com/

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