quarta-feira, 3 de agosto de 2005

Percebe-se agora (ou perceberam logo?)

Neste post perguntava qual o sentido de se despedir o presidente do CA da CGA com fundamento na perda da confiança política. Suspeitava que a confiança política significava, na verdade, discordância com as medidas de gestão por razões estritamente políticas, o que é bem diferente.
A notícia do DN de hoje, a ser verdadeira, confirma isso mesmo.
Signficativo é facto de o novo Ministro das Finanças não querer comentar.
E não deixa de chamar a atenção a reacção frouxa dos partidos da oposição à direita, em especial do CDS, apesar desta demissão configurar puro acto de saneamento. Que misteriosa razão explicará esta frouxidão? (A pergunta é meramente de retórica. Eu sei a resposta.)

Transcreve-se parte da notícia, e quem se interesse pode ler todo o artigo aqui.


"Segundo fontes do mercado ontem contactadas pelo DN, os desentendimentos entre Vítor Martins e o Governo resultaram, em grande parte, da recusa da administração da CGD em participar nos financiamentos privados aos grandes investimentos públicos, como o futuro aeroporto da Ota e a rede de TGV. No mercado fala-se de decisões de crédito polémicas e contestadas, que no entanto não chegaram a ser conhecidas. Confrontada com estas e outras questões, a administração da Caixa remeteu-se ontem ao silêncio. Também o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, através do seu gabinete, escusou-se a comentar".


4 comentários:

  1. Calados que nem uns ratos...

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  2. Ainda sobre este assunto o que é que eu dizia ontem (leia-se esta madrugada)?...

    Não há fumo sem fogo!

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  3. Realmente, explicações para quê? É Agosto, está tudo de férias, não tarda mesmo nada e este "pequeno episódio" passa à história tão depressa como a saída intempestiva do Ministro das Finanças. E ficamos esclarecidos, por omissão, quanto ao conceito de confiança política.

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  4. Anónimo00:20

    Pois é Suzana. Mas é muito preocupante que as férias apaguem da memória factos com a gravidade dos que temos comentado aqui.
    O País não está bem também neste aspecto. Em tempos não muito recuados lembramo-nos bem de como se levantava, ufana e protestante, a elite dos bem-pensantes, que por muito menos condenavam e arrastavam a opinião publicada, lançando a incerteza na opinião pública.
    Agora tudo parece passar com um colectivo encolher de ombros.
    Até a oposição foi a banhos.

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