O esforço por um melhor ambiente está na ordem do dia. Encontrar combustíveis alternativos, menos poluentes e evitar o efeito estufa constituem objectivos prioritários.
Dentro dos gases com efeito estufa destacamos o metano. Tem várias origens, mas uma delas não é nada discipienda. O gado bovino é um dos principais responsáveis. Em França, por exemplo, as vacas e touros gauleses são responsáveis pela emissão de 38 milhões de toneladas de metano por ano, mais do que o dobro dos gases emitidos pelas 14 refinarias de petróleo do país. De facto, a agricultura francesa é a campeã europeia da emissão de gases com efeito estufa. Não sei se o protocolo de Quioto contempla a compra de créditos de metano. Mas não são só as vacas francesas a poluírem de metano a atmosfera. Os próprios comedores de coxas de rã, devido ao hábito de comerem muita carne, também contribuem para a emissão deste gás.
Os suecos, por sua vez, descobriram uma nova forma de obter energia: biogás proveniente de vaca. O combustível pode ser obtido a partir de restos de animais. As vacas são abatidas e trituradas e misturadas com água e plantas. Após semanas de decomposição produz-se metano que alimenta os motores. Graças a este novo combustível foi possível por em marcha o primeiro comboio do mundo movido a vacas. A primeira viagem inaugural decorreu muito recentemente numa extensão de 80 Km. A propósito, o consumo médio é de uma vaca por quatro quilómetros. Sendo assim foram necessárias 20 vacas. Quem diria que muitos países já manifestaram o seu interesse, entre eles a própria Índia. Neste último caso, as vacas, sendo sagradas, não poderão ser usadas como combustível directo, mas os produtos dos quatro estômagos, ricos em metano, poderão ser uma interessante opção.
Ora, aqui está uma alternativa válida para um país, como o nosso, que não dispõe de petróleo. Produzir metano não me parece ser muito difícil de alcançar. Temos vacas, touros e outros animais, claro…
Podemos pôr um reservatório à porta do gabinete do Mário Lino...
ResponderEliminarBoa! Metano ministerial!
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