Acho que o choque tecnológico foi um slogan bem encontrado para a mudança de que Portugal necessita.
Mas a palavra foi rapidamente banalizada e já serve para tudo.
Servindo para tudo, acaba por servir para nada e, sobretudo, distrai do objectivo essencial.
O objectivo essencial do choque tecnológico é o desenvolvimento, através da inovação, ou da transformação do conhecimento em produtos, serviços e processos, novos ou aperfeiçoados, susceptíveis de serem comercializados, isto é criadores de valor.
Temos uma forte investigação pública, nos Laboratórios do Estado, nos Institutos de Investigação, nas Universidades e Politécnicos.
O problema é que essa investigação, que custa largas centenas de milhões de euros por ano aos contribuintes, não tem mostrado qualquer capacidade para transformar o conhecimento nesses produtos susceptíveis de serem comercializados.
Portanto, é investigação que, em geral, não serve para nada, a não ser para afagar o ego e sustentar os investigadores que, à falta de organização, funcionam em circuito fechado, com objectivos que eles próprios determinam, em razão das suas preferências pessoais.
Por isso, raramente chega ao mercado um produto novo criado em Portugal.
Para além desta constação prática, também o indicador relativo ao registo de patentes é elucidativo, com um registo anual, por milhão de habitantes, que não chega sequer às 10, para 350 da Suécia ou 90 da Irlanda e uma média da União Europeia de 150.
Mas a palavra foi rapidamente banalizada e já serve para tudo.
Servindo para tudo, acaba por servir para nada e, sobretudo, distrai do objectivo essencial.
O objectivo essencial do choque tecnológico é o desenvolvimento, através da inovação, ou da transformação do conhecimento em produtos, serviços e processos, novos ou aperfeiçoados, susceptíveis de serem comercializados, isto é criadores de valor.
Temos uma forte investigação pública, nos Laboratórios do Estado, nos Institutos de Investigação, nas Universidades e Politécnicos.
O problema é que essa investigação, que custa largas centenas de milhões de euros por ano aos contribuintes, não tem mostrado qualquer capacidade para transformar o conhecimento nesses produtos susceptíveis de serem comercializados.
Portanto, é investigação que, em geral, não serve para nada, a não ser para afagar o ego e sustentar os investigadores que, à falta de organização, funcionam em circuito fechado, com objectivos que eles próprios determinam, em razão das suas preferências pessoais.
Por isso, raramente chega ao mercado um produto novo criado em Portugal.
Para além desta constação prática, também o indicador relativo ao registo de patentes é elucidativo, com um registo anual, por milhão de habitantes, que não chega sequer às 10, para 350 da Suécia ou 90 da Irlanda e uma média da União Europeia de 150.
Por isso, e na minha opinião, o verdadeiro choque tecnológico seria acabar com o investigador funcionário público e colocar os Centros de Investigação públicos e os Investigadores ao serviço da economia, através de exigentes protocolos com as empresas, com objectivos bem definidos, hierarquia consolidada e financiamento assegurado pelo mercado.
Sei que é difícil, face às forças instaladas.
Mas tem que ser feito e muitos países o fizeram, com bons resultados.
Se o choque tecnológico tivesse este único objectivo e todas as forças para ele se dirigissem, não duvido que se conseguiria.
O problema é que o Plano Tecnológico é imenso, com muitos "objectivozinhos" que distraem do essencial.
Sei que é difícil, face às forças instaladas.
Mas tem que ser feito e muitos países o fizeram, com bons resultados.
Se o choque tecnológico tivesse este único objectivo e todas as forças para ele se dirigissem, não duvido que se conseguiria.
O problema é que o Plano Tecnológico é imenso, com muitos "objectivozinhos" que distraem do essencial.
Caro P Cardão
ResponderEliminarApenas um pequeno acrescento:
O ratio engenheiro/habitante é o mais baixo da U.E;
As performances a matemática são notícia de jornal;
As avaliações PISA colocam-nos nos lugares que nos colocam
ergo,
vamos fazer planos tecnológicos com os licenciados em letras, história, filosofia, direito e outras ciências mais/menos ocultas?
Comemos papel e tinta? é isso?
A história da sopa da pedra demonstra que é necessário que alguêm traga os ingredientes, o problema é que existem outros sitíos onde a pedra é melhor e já fornecem alguns dos ingredientes.
Cumprimentos
Adriano Volframista
A ignorância é muita, valha-nos deus !
ResponderEliminarEu a julgar que o choque tecnológico tinha começado quando o "homem" resolveu talhar um seixo.
Pinho Cardão a Presidente da República, Primeiro-Ministro e Presidente da AR, tudo junto, já!
ResponderEliminar120% de acordo! Mais, como a vida de investigador-funcionário-público é uma santa vida( têm objectivos mas são tão "esotéricos" que são sempre cumpridos), ainda por cima bem paga, os poucos que as universidades produzem são todos absorvidos pelos estrangeiros e pelo estado. Resumindo, quando alguém está disposto a investir alguma coisa, tem que os ir buscar ao 2º ano, antes de serem devorados pela "repartição". Esses institutos têm um duplo efeito negativo - não só destroiem o valor do impostos, como fazem concorrência desleal na contratação
Com ordenados acumulados???...
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