A Drª Maria do Carmo Vieira, Professora do 8º Grupo B (português e francês) publicou no Público de ontem um revelador artigo sobre o ensino do português.
Entre muitas novidades que me deixaram boquiaberto, aquela professora revelou as instruções recebidas sintetizadas na nova nomenclatura oficial TLEBES: Terminologia linguística para o ensino básico e secundário.
Deixo um ligeiro apontamento sobre os adjectivos e substantivos.
Antes do TLEBES havia os adjectivos qualificativos, mas isso é história.
Agora os ditos passam a ser adjectivos de possibilidade e adjectivos relacionais.
Os adjectivos de possibilidade, veja-se a definição, são adjectivos “derivados de uma base verbal” e podem ser parafraseados por uma expressão “que poder ser VPP”, sendo VPP “a forma do particípio passado da base verbal derivante”. Perceberam?
Por sua vez, os adjectivos relacionais, podem ter uma forma forte ou uma forma fraca.
Mas aqui a dita Professora confessou não saber como passar a sua definição aos alunos.
Quanto aos substantivos, com o TLEBES deram o último pio…Já não há…passaram a “nomes”.
E para além de nomes próprios, comuns ou abstractos, passa a haver nomes epicenos, agentivos e nomes de qualidade!...
E nestes, também, por que não, digo eu, nomes nobres ou plebeus, nomes masculinos ou femininos, masculinos com tendência feminina, femininos com tendência masculina, mistos, etc, etc…
Os Gabinetes de Estudos do ME servem para isto?
E os Ministros deixam passar isto tudo, em nome de quê?
Entre muitas novidades que me deixaram boquiaberto, aquela professora revelou as instruções recebidas sintetizadas na nova nomenclatura oficial TLEBES: Terminologia linguística para o ensino básico e secundário.
Deixo um ligeiro apontamento sobre os adjectivos e substantivos.
Antes do TLEBES havia os adjectivos qualificativos, mas isso é história.
Agora os ditos passam a ser adjectivos de possibilidade e adjectivos relacionais.
Os adjectivos de possibilidade, veja-se a definição, são adjectivos “derivados de uma base verbal” e podem ser parafraseados por uma expressão “que poder ser VPP”, sendo VPP “a forma do particípio passado da base verbal derivante”. Perceberam?
Por sua vez, os adjectivos relacionais, podem ter uma forma forte ou uma forma fraca.
Mas aqui a dita Professora confessou não saber como passar a sua definição aos alunos.
Quanto aos substantivos, com o TLEBES deram o último pio…Já não há…passaram a “nomes”.
E para além de nomes próprios, comuns ou abstractos, passa a haver nomes epicenos, agentivos e nomes de qualidade!...
E nestes, também, por que não, digo eu, nomes nobres ou plebeus, nomes masculinos ou femininos, masculinos com tendência feminina, femininos com tendência masculina, mistos, etc, etc…
Os Gabinetes de Estudos do ME servem para isto?
E os Ministros deixam passar isto tudo, em nome de quê?
Meu caro Pinho Cardão
ResponderEliminar"Mas aqui a dita Professora confessou não saber como passar a sua definição aos alunos."
Pois é, aqui é que está o buzílis.
De superlativo em superlativo até à ignorância total.
Às vezes pergunto-me se há um plano maquiavélico, superiormente dirigido, para aniquilar a nossa sociedade, e levá-la a um estádio primitivo de civilização.
Alguns dos progressos educacionais fazem-me pensar naquelas bandas desenhadas que descrevem as pequenas sociedades sobreviventes de algum holocausto imaginário.
E não pensem que sou um saudosista.
Com o tempo os "trava-línguas" vão-se banalizando!, estes alunos devem achar que dividir as orações (acho que agora são sintagmas, não sei ao certo) dos Lusíadas era um divertimento...
ResponderEliminarPois. Depois querem que os alunos vão para as aulas de Português com prazer...
ResponderEliminarFaz-me lembrar outro assunto: as obras de leitura obrigatória. Na era da multimédia, quando se pretende criar algum gosto pela leitura... inicia-se o processo nas escolas com obras do sec. XIII...
Que se lixe a ordem temporal...querem ou não que os alunos adquiram hábitos de leitura? Não querem!
O plano para acabar com o vocabulário está em marcha desde "1984".
ResponderEliminarEstou com o camarada Madureira. O que é que se perde com o fecho do ME?
ResponderEliminarse fossem só os epicenos... o pior são as amálgamas de tempo-modo-aspecto e pessoa-número... ou os compostos morfo-sintácticos coordenados, já para não falar da coerência pragmático-funcional...
ResponderEliminarSou prof de português há quase vinte anos e ando grega desde o início deste...
compostos morfo-sintácticos coordenados?????? Eheheheheh, se o ridículo matasse......
ResponderEliminarCaros Arnaldo Madureira e Tonibler
ResponderEliminarFaz-se a implosão.
Cheio ou vazio?
A coerência pragmático-funcional parece-me um conceito muito promissor...
ResponderEliminarAqui fica a minha solidariedade a emn, podia continuar a contar-nos as novidades desse TLEBES, podiamos até servir de teste para a adivinhação do alcance desses conceitos!
haja paciência para a arrogância dos Haja Paciência...
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