sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006
Pinks
Li hoje no Diário de notícias que Londres vai ter uma frota de táxis cor-de-rosa, só para senhoras e crianças. Num serviço de valor acrescentado, as taxistas vestem da cor dos táxis mas sabem bem defender-se e os carros têm GPS para não se enganarem no caminho. As clientes só saem de casa quando as chamarem e o táxi fica à espera de as ver entrar em segurança no local de destino. Tudo isto em nome da segurança, muito louvável portanto. O próximo passo devem ser táxis castanhos para os africanos, amarelos para os chineses, azuis claros para os rapazes até aos 18 anos, verdes para os sportinguistas que vão ao jogo do Benfica (não sei nomes dos clubes ingleses, peço desculpa aos entendidos) e vice versa, numa segmentação por perigosidade previsível que tem um grande potencial de negócio. Esperemos que o sucesso da ideia e a eliminação dos factores de risco que se venham a demonstrar não levem os zelosos governos a tornar obrigatório o uso desses tais táxis por segmento. Se queria ir em segurança, porque é que não foi num táxi para senhoras? É só telefonar, não ande na rua sozinha...
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ResponderEliminarCara Suzana Toscano,
Sinceramente isto cheira-me a mais um negócio com o respectivo marketing promocional, do que propriamente a uma medida de carácter publico. Se o fosse, seria manifestamente securitária.
Cumprimentos,
AAF
http://regioes.blogspot.com
Ufa! Por momentos pensei que se tratava de táxis para gays...
ResponderEliminarAh! Vocês não sabiam que os ingleses são racistas?
ResponderEliminar...segmentação da segmentação da segmentação do mercado, a quanto obrigas!!
ResponderEliminarÓ Pinho Cardão já se está a ver onde leva esta discussão! O meu amigo propõe TODOS os táxis azuis e brancos numa tentativa imperialista que não deixará de despertar os mais justos protestos. Eu cá acho que os táxis pink têm que ser a maioria e os residuais bem podem ser colectivos, já que o perigo parece vir desse lado. Portanto, temos aqui uma bela polémica de estatísticas onde haverá resultados para todos os gostos, como de costume.=)
ResponderEliminarE voltamos à teoria do Henry Ford: os carros podem ser de todas as cores, desde que sejam pretos.
ResponderEliminarOu então adoptamos a versão mais moderna dos telemóveis: umas tampinhas movíveis.
E, assim, vamos evoluindo na concepção do negócio.
Esta questão dos taxis cor-de-rosa pôs-me a pensar, exactamente, nas mesmas questões da "discriminação" que a Suzana levantou. São as coisas do costume, cor-de-rosa p'ra menina, azul p'ro menino, blá blá blá, blá blá blá. O principio é o mesmo que aplicamos quando se trata de dizer que, as pessoas portadoras de deficiência são iguais a nós e não devem ser discriminadas por terem um "handicap". E o que é que nós fazemos em seguida? Colocamo-lhes autocolantes nos autocarros, nos parques de estacionamento etc, para nos recordar que há deficientes e para as recordar a elas, que são deficentes e logo não são iguais a nós.
ResponderEliminarMas voltando aos taxis, a questão que vos coloco é porquê insistir ver as coisas sempre da mesma maneira? Porque não ver as coisas pelo seu lado positivo?
Quantos de vocês conhece alguém que gostasse de roubar um carro cor-de-rosa? Quem diz cor-de-rosa, diz verde alface ou mesmo azul turquesa. Ninguém rouba um carro cor-de-rosa.