sexta-feira, 31 de março de 2006

Ainda a propósito do “Nenhuns motivos para sorrir”

Meu caro Anthrax,

Muito obrigado pelos seus simpáticos comentários ao texto “Nenhuns motivos para sorrir”…
É verdade que, para além de dizer aquilo com que não concordo, também gosto – e procuro sempre – apresentar soluções para sairmos da situação em que nos encontramos. Mas por acaso também sou um fã (e que fã!...) do Rei Leão (o meu filme de eleição de banda desenhada e meu musical preferido, que não perco sempre que vou a Londres ou Nova Iorque, e que aconselho vivamente a quem visitar estas paragens). E lembro-me perfeitamente de o macaco (Rafiki) dizer, depois de dar a paulada na cabeça do Simba (leão já adulto): "It doesn't matter - it's in the past!".
É verdade – mas acho que o passado também deve servir para retirarmos ilações para o futuro.
E aqui, por exemplo, devíamos apreender com os XV e XVI Governos Constitucionais e não deitar fora oportunidades de "fazer", "fazer mesmo", "mudar" – como infelizmente (não) aconteceu.
Mesmo sendo Social Democrata, acredite que o que eu quero mesmo é que o Engº Sócrates tenha aprendido com os erros de Guterres, Durão e Santana, e faça, faça mesmo...
Até agora, os anúncios têm sido positivos, mas não passam disso mesmo, só anúncios... veremos com será a prática…
Ah, e depois, há aquele pecado fundamental de o Engº Sócrates não acreditar na fiscalidade competitiva... Aí, eu divirjo 100% dele. E acho que, infelizmente para todos nós, tenho razão...

2 comentários:

  1. Camarada Reis Soares,

    Portugal já era AA-, acho eu. Se o outlook é estável, não entendo porque é que isto reflecte a deterioração do que quer que seja.

    De qualquer forma, este tipo de classificação é má para os bancos portugueses, não necessariamente para a economia portuguesa. O estado português não tem problemas com a dívida, o problema vai cair sobre o financiamento dos bancos cujos ratings vão estar sempre abaixo do rating do estado. Mas os bancos estrangeiros a operar em Portugal já são mais que muitos e a economia não deverá sofrer substancialmente com aquilo que os senhores da S&P dizem...

    Os senhores da S&P, cujo prestígio é um dos mistérios da natureza humana, limitam-se a constatar o óbvio e a retransmitir aquilo que os jornais já dizem. Nada de novo, portanto...

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  2. Diabos, que eu não me lembrava do nome do macaco!

    Infelizmente ainda não tive oportunidade de ir ver os musicais, não porque não queira mas porque as contigências só cobrem os táxis e as ajudas de custo costumam ter um triste fim quando se passeia em Londres.

    Já no que respeita à fiscalidade competitiva, seria bom que o «tio» PM mudasse de opinião rapidamente até porque seria uma forma de contra-balançar o "emagrecimento" do Estado (digo eu, sei lá... parece-me lógico que assim seja). Mas de facto não me parece que ele siga por esse caminho, por isso é que, infelizmente, eu também acho que o Miguel tem razão.

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