terça-feira, 16 de maio de 2006

Industria Farmaceutica nacional, no bom caminho?

A propósito do desafio e apelo feito ontem pelo Presidente da República às empresas portuguesas onde salientou a importancia do investimento na inovação e a abertura aos mercados internacionais e apelou à cooperação como forma de aproximar "os que sabem e os que precisam de saber", lembrei-me da Resolução de Conselho de Ministros de Setembro de 2002 que, na senda de uma outra de 2001, procurou concretizar medidas nas áreas prioritárias para a indústria farmaceutica em Portugal e para o medicamento, reconhecendo o sector como de interesse estratégico nacional.
Foram variadíssimos os projectos concretizados de então para cá, mas agora só vou referir o "projecto PharmaPortugal" de parceria entre a Apifarma, o Icep Portugal e o Infarmed cujos objectivos são promover a exportação e internacionalização das empresas farmacêuticas portuguesas, construir e divulgar uma imagem externa para o sector de base nacional, incentivar a cooperação com outras empresas nacionais e internacionais, aumentar as exportações em mercados alvo, contribuir para a valorização dos produtos e serviços na respectiva cadeia de valor e criação e registo da marca "PharmaPortugal".
Aderiram 14 empresas de capitais exclusivamente nacionais, com produção em Portugal, e que apontaram como mercados prioritários do projecto, na Europa Espanha,Polónia e Rep.Checa; No Magrebe, Argélia, Marrocos e Tunísia, nos Palop, Angola, Cabo Verde e Moçambique e ainda Brasil, EUA e Israel.
O principal objectivo centra-se na duplicação, em 3 anos , do volume actual de exportação de medicamentos de Portugal, que ronda os 300 milhões de euros.
A Ind. Farmc. nacional já se situa ao nível de sectores que têm vindo a usufruir de apoios para a sua internacionalização há muito mais tempo, encontrando-se imediatamente a seguir ao sector de exportação de vinho do Porto.
O mercado farmaceutico português situa-se nos 3,8 mil milhões de euros com uma quota de 15,24% e com 3% de expressão no mercado farmac. da UE., tendo gerado em 2005 cerca de 11ooo postos de trabalho, 30,4% dos quais são quadros superiores.
Estamos no bom caminho com a indústria nacional?

4 comentários:

  1. Mais algumas achegas (IAPMEI):

    Este sector produtivo tem ainda revelado uma notável dinâmica de crescimento, com a quota de mercado nacional, do conjunto das principais empresas, a passar de cerca de oito para 15 por cento na última década. O mercado nacional é o principal destino da produção de medicamentos o que corresponde a cerca de 84 por cento dos produtos vendidos por estas empresas. O seu valor total, a PVA, em 2003, era de 2.715 milhões de euros (76 por cento correspondem ao mercado ambulatório e 24 por cento ao mercado hospitalar).

    De 2001 a 2004, Portugal perdeu 14,29 por cento das suas unidades fabris. Tendo como base os associados da APIFARMA, existem actualmente em Portugal 142 empresas farmacêuticas, com um total de 10.718 trabalhadores. Destas, 23 fabricam no território nacional e empregam 3.283 trabalhadores directos.

    Segundo o mesmo relatório o sector farmacêutico assume a liderança na comparação com outros sectores (Químico, Alimentar, Tecnologias de Informação, Telecomunicações e Material médico). Por exemplo o sector das telecomunicações, em segundo lugar em termos de VAB por trabalhador, apresentou em 2002 um valor de cerca de 1/3 do das empresas farmacêuticas.

    AF - Regionalização
    .

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  2. Caríssima Clara,

    E não se esqueça dos chineses. Se passarem a comer pudim Abade de Priscos em grandes doses, acabarão por ter problemas de colesterol, e os nossos fármacos encontrarão aí mais uma oportunidade.
    Duplo benefício para a nossa indústria em perspectiva, se o Pinho Cardão não objectar...

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  3. Na parte que me toca, faço diariamente mais de 5 kms a pé e tomo o yogurte recomendado, para dispensar os fármacos para os chineses.
    Quanto ao Pudim, é matéria que respeita em exclusivo ao P.Cardão, não provo disso há anos.
    Para a China, rapidamente e em força!

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  4. Os 5 kms a pé, que são verdade, também servem para evitar males maiores como ver televisão, por exemplo, em especial a de serviço público com que o nosso P.Cardão anda tão consumido.
    Aproveito para sugerir ao amigo Mafr, que tem a gentileza de me tratar por companheiro, que se associe à ideia da criação da Confraria do Pudim Abade de Priscos, que terá a Clara Carneiro por madrinha e o P.Cardão por primeiro Presidente.
    Escritura para breve.

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