A RTP, dita televisão de serviço público, não se tem poupado a esforços para promover o livro de Manuel Maria Carrilho, dito “Sob o signo da verdade”.
Estou a falar, obviamente, de promoção fora dos blocos publicitários, não sei se aproveitando o livro para anunciar uma Grande Entrevista com o Professor, se aproveitando uma Grande entrevista para publicitar o livro, ou as duas coisas juntas.
A estação pública não fundamenta a entrevista num qualquer motivo relevante, como a divulgação de uma nova obra filosófica do professor, ou as realizações do seu eventualmente abnegado trabalho enquanto Vereador da Câmara de Lisboa, justificando-a, sim, nas armadilhas, nas difamações, nas críticas, nas interpretações abusivas de que Carrilho se faz eco no livro.
Temos então uma estação de televisão de serviço público a servir de veículo à repetição, além do mais retardada, de uma "intrigalhada" de que todos ainda temos memória, que não traz qualquer valor acrescentado à discussão política honesta e procura novamente levar-nos para o pântano de que muitos, entre os quais a RTP, neste caso, teimam em não sair.
Novamente a RTP coloca a sua informação ao serviço de interesses individuais ou meramente comerciais, promovendo um vergonhoso entrelaçamento entre a informação e publicidade, numa aliança espúria que uma informação rigorosa deveria liminarmente rejeitar.
Se esta aliança já é inadmissível nas televisões privadas, face aos propósitos expressos aquando do seu licenciamento e aos seus estatutos editoriais, mais intolerável se torna numa estação de serviço público.
Se a RTP não quer comportar-se como tal e não acrescenta valor em relação ao que as estações privadas fazem, então privatize-se.
Estou a falar, obviamente, de promoção fora dos blocos publicitários, não sei se aproveitando o livro para anunciar uma Grande Entrevista com o Professor, se aproveitando uma Grande entrevista para publicitar o livro, ou as duas coisas juntas.
A estação pública não fundamenta a entrevista num qualquer motivo relevante, como a divulgação de uma nova obra filosófica do professor, ou as realizações do seu eventualmente abnegado trabalho enquanto Vereador da Câmara de Lisboa, justificando-a, sim, nas armadilhas, nas difamações, nas críticas, nas interpretações abusivas de que Carrilho se faz eco no livro.
Temos então uma estação de televisão de serviço público a servir de veículo à repetição, além do mais retardada, de uma "intrigalhada" de que todos ainda temos memória, que não traz qualquer valor acrescentado à discussão política honesta e procura novamente levar-nos para o pântano de que muitos, entre os quais a RTP, neste caso, teimam em não sair.
Novamente a RTP coloca a sua informação ao serviço de interesses individuais ou meramente comerciais, promovendo um vergonhoso entrelaçamento entre a informação e publicidade, numa aliança espúria que uma informação rigorosa deveria liminarmente rejeitar.
Se esta aliança já é inadmissível nas televisões privadas, face aos propósitos expressos aquando do seu licenciamento e aos seus estatutos editoriais, mais intolerável se torna numa estação de serviço público.
Se a RTP não quer comportar-se como tal e não acrescenta valor em relação ao que as estações privadas fazem, então privatize-se.
Bem, o facto é que o homem publicou um livro (ou publicaram-lhe) a dizer mal de tudo e todos.
ResponderEliminarIsso parece-me notícia. E mais notícia ainda é mostrar ao contribuinte português que espécie de encomenda chega a prof. universitário, ministro da república e deputado da nação. Que tal publicidade seja positiva para a encomenda em causa, isso estou certo que não é.
Diversão também é serviço público e palhaços é diversão...
Ouviram a entrevista com a Judite de Sousa?
ResponderEliminarO Professor Manuel Maria Carrilho esclarece, de forma lapidar (direi quase tocante!), a razão pela qual a RTP deu tal destaque ao lançamento da sua “Obra ”:
« - Sou um devoto do Serviço Público.»
Terá sido, seguramente, por causa desta sua “religiosidade” que o homem mereceu este tratamento reverencial.
O seu ego daria um interessante estudo de caso. Trata-se de um buraco negro com tal força gravítica que todas as suas qualidades são, misteriosamente, aspiradas em direcção ao seu núcleo existencial. No fim, tudo somado, pouco sobra.
A RTP essa, meu caro Pinho Cardão, parece andar com nostalgia do seu passado recente: falida e ideologicamente alinhada com o poder vigente.
E assim se torram os nossos impostos.
Tanta devoção ao “Serviço Público” também não!
Ora bolas, perdi os palhaços....
ResponderEliminarCaro Esménio,
Publicitar a obra do Carrilho não é exactamente alinhar com o poder vigente. Aquilo até pode ser encarado como exploração excessiva das misérias alheias.
Já agora a minha opinião também.
ResponderEliminarParece-me que a RTP até está a fazer um serviço conveniente, desta forma não permite o braqueamento da imagem do MMC através do esquecimento.
Este "aparição" vem tão só relembrar que falta um parafuso ao sujeito, e disso já cá temos muitos!