O nosso companheiro Tavares Moreira já comentou no 4R os dados do INE, segundo os quais a economia portuguesa teve um crescimento de 1% nos primeiros três meses de 2006, em comparação com igual período do ano passado. A grande razão veio da procura externa, que contribuiu para o aumento do produto precisamente com 1%. De facto, as Exportações tiveram um crescimento homólogo de 7,2%, ainda que as Importações tenham também acelerado, apresentando uma variação de 3%.
Assim sendo, o contributo da procura interna foi nulo, com o consumo privado a contribuir positivamente e o consumo público a contribuir negativamente.
O investimento também contribuiu negativamente, ao cair 2,7% em volume em relação ao trimestre homólogo.
Perante este dado, de queda do investimento em 2,7% em relação ao trimestre homólogo, muito me espantou a notícia inserta no Diário de Notícias de hoje, em que o Primeiro-Ministro, José Sócrates, qualificou a expansão da economia no primeiro trimestre como "virtuosa", porque "apoiada nas exportações e no investimento".
Congratulamo-nos todos com o crescimento de 1% da actividade económica, muito mais por ele se fazer por força das exportações e com diminuição do consumo público. Mas o Primeiro-Ministro tem que ser rigoroso e não nos pode vender grosseiramente gato enfezado por lebre gorda, ao dizer que o crescimento foi apoiado no investimento, já que este, pelo contrário, continuou a diminuir.
A palavra do Primeiro-Ministro tem que ser credível e episódios como este e como aqueles em que “afirmou” investimentos que o próprio Governo veio a abortar, não ajudam nada à credibilidade necessária e exigível.
Assim sendo, o contributo da procura interna foi nulo, com o consumo privado a contribuir positivamente e o consumo público a contribuir negativamente.
O investimento também contribuiu negativamente, ao cair 2,7% em volume em relação ao trimestre homólogo.
Perante este dado, de queda do investimento em 2,7% em relação ao trimestre homólogo, muito me espantou a notícia inserta no Diário de Notícias de hoje, em que o Primeiro-Ministro, José Sócrates, qualificou a expansão da economia no primeiro trimestre como "virtuosa", porque "apoiada nas exportações e no investimento".
Congratulamo-nos todos com o crescimento de 1% da actividade económica, muito mais por ele se fazer por força das exportações e com diminuição do consumo público. Mas o Primeiro-Ministro tem que ser rigoroso e não nos pode vender grosseiramente gato enfezado por lebre gorda, ao dizer que o crescimento foi apoiado no investimento, já que este, pelo contrário, continuou a diminuir.
A palavra do Primeiro-Ministro tem que ser credível e episódios como este e como aqueles em que “afirmou” investimentos que o próprio Governo veio a abortar, não ajudam nada à credibilidade necessária e exigível.
terá de acrescentar caro pinho cardão que este crescimento é claramente insuficiente para sustentar a diminuição do desemprego.é dito pelos economistas ( e nesta casa existem alguns ilustres..) que para o desemprego diminuir o crescimento tem de aumentar pelo menos 2%.
ResponderEliminarAlêm disso, quando a base é muito baixa é natural que a variação seja maior.o que é caso.dai não se poder já lançar os foguetes...
Ps:uma nota a despropósito.alguêm reparou na pag 15 do suplemento de economia do Expresso?um clone do desaparecido professor DJ! :D
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarO principal factor a notar é que, cada vez mais, as coisas acontecem apesar dos governos. E isso é muito bom, significa que o país se está a imunizar das "iniciativas políticas". É pequeno, como diz o Menino Mau? É aquele que se sabe, pelos números do desemprego há crescimento escondido que não está a ser contabilizado pelo INE.
Até que ponto os portugueses que estão a emigrar não estarão a reduzir a pressão sobre a taxa do desemprego?
ResponderEliminarO que quererá Miguel Cadilhe significar com os comentários e reticências que faz ao número sobre o crescimento das exportações?
Não Toni,
ResponderEliminarIsso é má vontade. Há crescimento porque há governos que o propiciam, independentemente da influencia directa das acções deste.
Não haveria crescimento com um governo Durão Barroso ou Santana Lopes, o que prova que não é indiferente quem está no governo, ao contrário do que tu queres fazer crer.
O crescimento existe "porque" e não "apesar de".
Veja o Canal 2, ou no Público de amanhã, a entrevista "Diga lá excelência"
ResponderEliminar"sustentado" e "permanente" caro Pinho Cardão! É a diferença. Não é coisa de um só trimestre...
ResponderEliminarBem sei que 1% é melhor que nada (é 1% melhor que nada). Mas parece-me claramente insuficiente para que alguém se possa sentir satisfeito e muito menos congratular-se com migalhas destas.
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão,
ResponderEliminarUma vez que é bom que o crescimento se faça apesar dos governos, qualquer tentativa de tirar proveitos políticos, seja de quem fõr, é abusiva. Seja do Sócrates, seja de quem fôr, no futuro.
Camarada Monteiro,
Resposta lá "em casa". Porque é grande!
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarPenso que há uns 3ou 4 trimestres que vem a subir... Pelo menos lá pelo Tonibler assinalamos sempre o acontecimento! E olhe que o petroleo está caro!
crescer? é como quem diz...visto como umas lupas..que aquilo é muito pouquinho e não é razão para lançar os foguetes!e mais., depende das lentes do crescimento..se é pelas lentes socialistas de vitor constancio ou pelas lentes do ine que não sei porque o governo quando tomou posse se aprestou a remodelar a direcção.mais: o ine está sob a alçada do braço direito de socrates, pedro silva pereira.como dizia o outro.." central de comunicação"? era assim não era?
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão,
ResponderEliminarO meu Amigo é mesmo uma pessoa de excepcional boa vontade! Com que então esperava uma declaração isenta e objectiva da parte de um dirigente político? E entende que a verdade e a isenção se podem sobrepor aos superiores critérios do marketing político?
Caro Pinho Cardão, é tempo de "cair na real", e de não ser tão exigente.
Gostaria apenas de lembrar, a título de exemplo, que o crescimento do PIB, no 1ºTrim/2006, foi na República Checa de 7,4% e na Letónia de quase 14%.
No 1º caso, já nos ultrapassou em PIB per capita. No 2º caso, aproxima-se velozmente.
Por cá, vamos festejando o 1%... e também o 1-0...
14% ...é muita fruta..nem quero imaginar o que socrates faria ou diria se se chegasse a esse numero...
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