Ao lado de um patético artigo de Eduardo Prado Coelho que explicava ontem no Público que só agora se deu conta de que existia e o significava em Lisboa um estabelecimento chamado ´Elefante Branco´ (“Uma delas [amigas] disse-me que morava para o pé do Elefante Branco e, na minha inexpugnável inocência, eu perguntei: «Onde é que isso fica?»”), o jornal publicava a opinião de Reis Borges sobre as políticas de infra-estruturas e de transportes em Portugal e em Espanha.
Uma síntese verdadeiramente notável que o Autor titulou “Aprendam com os espanhóis”. Daquelas que se guardam para memória futura.
Põe-se aí a nú a nossa incapacidade de planear. De preparar o futuro a médio e a longo prazo. De sustentar políticas em prognoses tecnicamente fundadas, socialmente compreendidas e democraticamente caucionadas. Por flagrante contraste com os nossos vizinhos. Confesso que o escrito me encheu as medidas. Deixo aqui o registo das conclusões de Reis Borges:
“…o certo é que Sócrates está perante um dilema com consequências profundas no futuro de Portugal. Tem de escolher sem hesitações entre o rigor e o MIT (por um lado) e a mediocridade e o negocismo por outro lado. Ou indica à juventude portuguesa o espírito de Bill Gates ou deixa-a na aprendizagem do saque público em que se convertem as nossas jotas. Ou pretende Livros Brancos redigidos de forma independente e competente ou entra numa de branqueamento que não leva a lado nenhum. Ou prepara políticas sectoriais sérias ou terá às costas uma gestão pública que acabará por cair de podre. Ou impõe nova relação dialéctica entre membros do Governo, deputados e militantes ou não resistirá para além da legislatura. Vamos ter três anos sem eleições. Tempo bastante para as reformas necessárias. Senhores, aprendam (pelo menos) com os espanhóis”.
Uma síntese verdadeiramente notável que o Autor titulou “Aprendam com os espanhóis”. Daquelas que se guardam para memória futura.
Põe-se aí a nú a nossa incapacidade de planear. De preparar o futuro a médio e a longo prazo. De sustentar políticas em prognoses tecnicamente fundadas, socialmente compreendidas e democraticamente caucionadas. Por flagrante contraste com os nossos vizinhos. Confesso que o escrito me encheu as medidas. Deixo aqui o registo das conclusões de Reis Borges:
“…o certo é que Sócrates está perante um dilema com consequências profundas no futuro de Portugal. Tem de escolher sem hesitações entre o rigor e o MIT (por um lado) e a mediocridade e o negocismo por outro lado. Ou indica à juventude portuguesa o espírito de Bill Gates ou deixa-a na aprendizagem do saque público em que se convertem as nossas jotas. Ou pretende Livros Brancos redigidos de forma independente e competente ou entra numa de branqueamento que não leva a lado nenhum. Ou prepara políticas sectoriais sérias ou terá às costas uma gestão pública que acabará por cair de podre. Ou impõe nova relação dialéctica entre membros do Governo, deputados e militantes ou não resistirá para além da legislatura. Vamos ter três anos sem eleições. Tempo bastante para as reformas necessárias. Senhores, aprendam (pelo menos) com os espanhóis”.
Elefante quê? Pois, também não estou a ver....
ResponderEliminarPois, caro JMFA, discordo totalmente, tanto da visão como do diagnóstico. Nós temos planos, só que saiem furados. Temos apostas, só que são as erradas. Temos infraestruturas, só que parecem sempre nunca chegar.
Que tal parar de tentar definir o futuro e deixar que Portugal vá no caminho que entende ir? Se calhar os nossos políticos entendiam de uma vez que liberdade não é aquilo que acontece debaixo da sua decisão. É aquilo que acontece apesar dela!
Caro Jorge Lúcio, deixe lá estar o "centrão". Não acha que "ele" já fez asneira que baste?...
Suponho que sabem a diferença entre um militar brasileiro e um argentino?
ResponderEliminarNa época das ditaduras, um general argentino visitou o seu colega barsieliro em sua casa.
A sumptuosidade da casa fê-lo perguntar como o conseguia com um salário de general.
Ao que le respondeu : está a ver aquela auto estrada com seis faixas?
Não apnes vejo quatro retroquiu o argentino.
Pois as outras duas estão aqui, apontando para a casa.
Alguns anos depois, o brasileiro deslocou-se à argentina e visitou o seu amigo.
A sumptuosidade da casa era fenomenal pelo que lhe perguntou como era possível.
O argentino respondeu: está a ver aquela ponte sobre o rio?
Não respondeu o brasileiro.
Pois olhe, está toda aqui.
Devem conhecer a situação actual de cada um desses países, não conhecem.
Digam-me lá se as comparações, com cuidados, não se podem fazer? Até temos diferenças relativas semelhantes....????
Cumprimentos
Adriano Volframista