A nossa prestigiada pianista, Maria João Pires, vai abandonar Portugal e fixar-se no Brasil. A notícia entristece-nos por vários motivos: abandono de um projecto que mereceu os maiores encómios e os argumentos da própria artista que, diga-se, em abono da verdade, são muito penalizadores para o nosso país: “estava a ser vítima de uma verdadeira tortura”, “ parto para me salvar dos malefícios que Portugal me estava a fazer” e “sofri fisicamente todos aqueles anos que me dediquei ao projecto”.
O que é que pensarão os intelectuais de outros países que seguem atentamente a carreira internacional da pianista? Que somos um povo bárbaro? Que não temos carinho nem respeito pela arte? Que os melhores para sobreviverem têm que sair do país, exilando-se “voluntariamente”? Levanto estas questões, porque se analisássemos o número de insatisfeitos neste país e com este país, ainda corríamos o risco de o esvaziar. A senhora deverá ter as suas razões, claro está, mas seria preferível que dissesse concretamente o que é lhe fizeram, denunciando o que deve ser denunciado do que ficar por estas frases “duras” que traduzem, sem sombra de dúvida, o seu estado de alma. Mas os que ficam e os que vão ficando, não obstante todas as contrariedades e dificuldades, tudo farão para que o nosso país possa evoluir, evitando que no futuro os “maiores” das letras, das artes e das ciências não tenham que nos abandonar.
Pela minha parte, farei todos os possíveis, dando o meu melhor, mesmo que esteja insatisfeito, o que acontece na maior parte do tempo….
O que é que pensarão os intelectuais de outros países que seguem atentamente a carreira internacional da pianista? Que somos um povo bárbaro? Que não temos carinho nem respeito pela arte? Que os melhores para sobreviverem têm que sair do país, exilando-se “voluntariamente”? Levanto estas questões, porque se analisássemos o número de insatisfeitos neste país e com este país, ainda corríamos o risco de o esvaziar. A senhora deverá ter as suas razões, claro está, mas seria preferível que dissesse concretamente o que é lhe fizeram, denunciando o que deve ser denunciado do que ficar por estas frases “duras” que traduzem, sem sombra de dúvida, o seu estado de alma. Mas os que ficam e os que vão ficando, não obstante todas as contrariedades e dificuldades, tudo farão para que o nosso país possa evoluir, evitando que no futuro os “maiores” das letras, das artes e das ciências não tenham que nos abandonar.
Pela minha parte, farei todos os possíveis, dando o meu melhor, mesmo que esteja insatisfeito, o que acontece na maior parte do tempo….
Nem mais!
ResponderEliminarA história está toda contada á portuguesa:
ResponderEliminarNão tenho a versão os organismos oficiais
Porque vai para o Brasil e não para Nova Iorque, Los Angeles, Viena de Austria, sei lá?
Deixa de ser portuguesa por sair?
Deixa de tocar?
Saramago vive em Fuerte ventura e não fez nem metade do escarcéu que a senhora e, bem vistas as coisas é Prémio Nobel
Cumprimentos
Adriano Volframista