Os movimentos ambientalistas têm algumas tiradas capazes de provocar avinagradas reacções face a um aparente “patetismo”. No entanto, importa saber que, ao chegarem a essas atitudes, despoletadoras de críticas, já decorreram muitas e muitas tragédias tradutoras de incúria e falta de respeito pelo ambiente, além dos fatais interesses económicos.
As evidências científicas têm vindo a esclarecer muitas dúvidas e alertando para situações que, à falta de melhor expressão, poderemos classificar como dramáticas. Caso das modificações do comportamento e sobrevivência de batráquios e répteis e agora de aves.
O uso indiscriminado de pesticidas tem tido efeitos muito nefastos. O velho DDT, usado indiscriminadamente durante muitos anos, e apesar de ter sido abandonado, continua a fazer das suas. Quem diria que certas partes dos cérebros de tordos, responsáveis pelas “cantigas” e pelo acasalamento, sofrem uma atrofia quando expostas a níveis elevados daquele pesticida? É verdade. O facto da natureza não conseguir degradar de forma adequada este químico, já que continua a persistir desde a década de sessenta, assusta qualquer um com interesses nestas áreas.
Como a poluição é fundamentalmente “feminina”, os machos são os mais atingidos. As partes do cérebro mais sensíveis às hormonas reprodutivas, associadas com o canto e o acasalamento, são bastante afectadas. Coitados! Querem cantar e devem sair sons que aos ouvidos das fêmeas devem soar a perfeitos castrati, ou, então, querem acasalar mas, quando chegam a vias de facto, não devem saber como! O estudo incidiu em tordos, mas é muito provável que atinja outras aves e que outros pesticidas possam ter efeitos semelhantes. Desconhecem-se, como é óbvio, as consequências neurológicas e comportamentais nos seres humanos, mas não é de excluir alguns efeitos. O tempo o dirá. Quem sabe se muitas das atitudes, face ao aparente “patetismo” dos que pretendem defender o meio ambiente, não são já uma tradução do atrofiamento do cérebro provocado pelos pesticidas, isto para não nos envolvermos com certas formas de “cantar”…
Como a poluição é fundamentalmente “feminina”, os machos são os mais atingidos. As partes do cérebro mais sensíveis às hormonas reprodutivas, associadas com o canto e o acasalamento, são bastante afectadas. Coitados! Querem cantar e devem sair sons que aos ouvidos das fêmeas devem soar a perfeitos castrati, ou, então, querem acasalar mas, quando chegam a vias de facto, não devem saber como! O estudo incidiu em tordos, mas é muito provável que atinja outras aves e que outros pesticidas possam ter efeitos semelhantes. Desconhecem-se, como é óbvio, as consequências neurológicas e comportamentais nos seres humanos, mas não é de excluir alguns efeitos. O tempo o dirá. Quem sabe se muitas das atitudes, face ao aparente “patetismo” dos que pretendem defender o meio ambiente, não são já uma tradução do atrofiamento do cérebro provocado pelos pesticidas, isto para não nos envolvermos com certas formas de “cantar”…
Notável, meu caro Professor!
ResponderEliminarEstou com a Margarida: mas terão sido só os tordos (recte, as "tordas") a sofrer?
Os tordos nem se devem aperceber, as "tordas" sim!
ResponderEliminarÉ muito provável que estes produtos e muitos outros exerçam efeitos muito complicados e comprometedores para muitas espécies, incluindo a nossa. É preciso transformar a informação que nos chega em conhecimento. Este “pequeno” passo é muito grande e dele irá depender o futuro. Mas não é fácil, há sempre os chamados factores de distorção que impedem esta vital “alquimia” de atingir o seu objectivo. No fundo, é isso mesmo, uma alquimia…