Segundo dados da Associação Portuguesa de Bancos, citados pelo Diário de Notícias de hoje, os lucros da Banca aumentaram 30% em 2005, atingindo 1,6 mil milhões de euros, contra 1,230 mil milhões de euros em 2004.
É um aumento fantasmagórico, tanto mais que a remuneração dos capitais próprios bancários já é muito elevada e o retorno do capital investido, o famoso ROE (return on equity), fica aquém dos 5 anos.
A Banca portuguesa soube modernizar-se, apresenta altas rentabilidades e elevada produtividade e está na vanguarda da “indústria” a nível mundial, mas tem vindo a demitir-se da função social de uma redistribuição mais justa da riqueza gerada, que cabe a todas as empresas, nomeadamente às mais produtivas e lucrativas.
A parte distribuída pelos trabalhadores vem-se degradando de ano para ano, os clientes vêm pagando cada vez mais pelo serviço prestado e só os accionistas, através dos dividendos, da capitalização bolsista ou do incremento dos “fundamentais” dos Bancos estão largamente a beneficiar da situação.
Este desequilíbrio distributivo não é justo e vai contra princípios mínimos de ética empresarial e de responsabilidade social.
É um aumento fantasmagórico, tanto mais que a remuneração dos capitais próprios bancários já é muito elevada e o retorno do capital investido, o famoso ROE (return on equity), fica aquém dos 5 anos.
A Banca portuguesa soube modernizar-se, apresenta altas rentabilidades e elevada produtividade e está na vanguarda da “indústria” a nível mundial, mas tem vindo a demitir-se da função social de uma redistribuição mais justa da riqueza gerada, que cabe a todas as empresas, nomeadamente às mais produtivas e lucrativas.
A parte distribuída pelos trabalhadores vem-se degradando de ano para ano, os clientes vêm pagando cada vez mais pelo serviço prestado e só os accionistas, através dos dividendos, da capitalização bolsista ou do incremento dos “fundamentais” dos Bancos estão largamente a beneficiar da situação.
Este desequilíbrio distributivo não é justo e vai contra princípios mínimos de ética empresarial e de responsabilidade social.
Eu não conheço em detalhe os detalhes da comunição da APB, mas seria prudente nesse número de 30% de crescimento nos resultados, uma vez que 2005 foi ano de alterações de critérios contabilísticos, nomeadamente ao nível do provisionamento do crédito vencido. Agora, o camarada Pinho Cardão, tem razão independentemente do número.
ResponderEliminarMas sabe que qualquer banco português que não mostre uma previsão de resultados razoavelmente imoral é porque está a pedir ser comprado. Se jogarmos isto com o accionista do maior banco andar à doida à procura de dinheiro (o estado), a mistura é mesmo aquela que descreveu. É bom para accionista e mau para toda a gente.
O que me parece é que taxar mais os bancos, nesta mesma situação, só vai provocar o aumento dos custos dos clientes.
Há Bancos que não sendo obrigados, já apresentaram os resultados segundo os novos critérios, entre os quais alguns dos «pesos-pesados».
ResponderEliminarO comentário de Pinho Cardão (de quem já tinha lido uma intervenção neste sentido anteriormente) tem toda a razão de ser. Continua a existir a apresentação de "bons resultados" aos accionistas e de "a coisa está complicada" aos trabalhadores.
Absolutamente de acordo, meu caro Pinho Cardão. Foi exactamente isto que senti quando pela manhã ouvi pela rádio esta notícia. Independentemente das contabilidades, é notório que existe aqui uma desigualdade manifesta entre o sector financeiro em relação a outros sectores, que igualmente se souberam modernizar e dão o seu contributo para a economia. Em especial não se percebe como permanentemente se agravam os preços dos serviços prestados pela banca aos seus clientes, em especial aos depositantes quando se verifica um aumento considerável dos resultados.
ResponderEliminarMuito bem dito, meu caro Pinho Cardão. Ninguém, na área do PSD, perde credibilidade política por trazer esses pontos de vista a público, ao contrário do que imagina uma certa corrente «social-democrática» prevalecente na direcção do PSD, de há anos a esta parte. Todos podem mudar de opinião ou até de doutrina, sendo inteiramente livres de perfilhar os credos políticos que entenderem, mas quem se acolhe a uma organização que usa a designação social-democrática, julgo que contrai, com essa atitude, algum compromisso político, mesmo que nos dias de hoje ninguém pareça preocupar-se com isso. Bem haja, embora seja sintomático que já tenhamos de saudar coisa tão simplesmente natural...
ResponderEliminarOra mas que boa notícia!!!
ResponderEliminarQuando tudo o resto está a falir, é sempre bom saber que "alguém" está a crescer.
Vamos ver o lado positivo das coisas; quando já não houver mais nada para falir e já tudo estiver desempregado, vai tudo trabalhar para a banca (até porque maior parte das pessoas já o faz, logo "experiência" é o que não lhes falta).