A decisão de um tribunal, obrigando o ministério da educação a realizar um novo exame a uma aluna, que se sentiu prejudicada, na sequência da trapalhada dos exames de acesso ao ensino superior, foi acatada. Não podia deixar de ser num estado de direito. A justiça funcionou e de forma célere. Bom sinal para os cidadãos descrentes da eficiência do nosso sistema judicial.
A menina já fez o exame, no dia 7 de Novembro, mas não sabe ainda o resultado!
É interessante a cadeia de ignorância e de desresponsabilização. As instituições, hipoteticamente competentes, acabam por remeter para níveis superiores, afirmando que "não é possível dar qualquer tipo de informação sobre essa matéria, uma vez que a mesma está sob a alçada da tutela"! Sendo assim, será que a senhora ministra da educação "não quer" que o exame seja corrigido? Ou será que desconhece este atraso? Ter-se-á perdido o ponto? Será que algum "esperto" encontrou algum buraco no despacho do juiz?
Seja como for a situação é perfeitamente caricata. Se a ministra conhece a situação e não publica a nota, então revela falta de ética política, desrespeito pela decisão do poder judicial e, mais grave ainda, acaba por transmitir a uma população, que necessita de aprender o significado da justiça e da honra, um exemplo pouco dignificante.
Há perigo de consequências políticas? Talvez haja. Mas respeitar os direitos de um cidadão, independente das sequelas ou consequências políticas daí decorrentes, é um acto de grande dignidade. Uma atitude correcta, no momento oportuno, mesmo tratando-se de um caso singular, pode ter mais impacto do que muitas medidas políticas.
Quero ainda acreditar que a senhora ministra da educação não esteja a par da situação...
A menina já fez o exame, no dia 7 de Novembro, mas não sabe ainda o resultado!
É interessante a cadeia de ignorância e de desresponsabilização. As instituições, hipoteticamente competentes, acabam por remeter para níveis superiores, afirmando que "não é possível dar qualquer tipo de informação sobre essa matéria, uma vez que a mesma está sob a alçada da tutela"! Sendo assim, será que a senhora ministra da educação "não quer" que o exame seja corrigido? Ou será que desconhece este atraso? Ter-se-á perdido o ponto? Será que algum "esperto" encontrou algum buraco no despacho do juiz?
Seja como for a situação é perfeitamente caricata. Se a ministra conhece a situação e não publica a nota, então revela falta de ética política, desrespeito pela decisão do poder judicial e, mais grave ainda, acaba por transmitir a uma população, que necessita de aprender o significado da justiça e da honra, um exemplo pouco dignificante.
Há perigo de consequências políticas? Talvez haja. Mas respeitar os direitos de um cidadão, independente das sequelas ou consequências políticas daí decorrentes, é um acto de grande dignidade. Uma atitude correcta, no momento oportuno, mesmo tratando-se de um caso singular, pode ter mais impacto do que muitas medidas políticas.
Quero ainda acreditar que a senhora ministra da educação não esteja a par da situação...
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ResponderEliminarA ministra deveria ter agido imediatamente quando soube que os exames tinham erros. Não o fez.
ResponderEliminarOs professores que fazem os exames, supostamente os melhores que o sistema de ensino português têm para dar, dão erros básicos nos exames. Podemos concluir da qualidade dos professores que corrigem esses exames e, ainda, imaginar as encomendas que colocam à frente dos nossos filhos.
Afinal, um professor de Química que não saiba a lei de Lavoisier não é grave, disse a ministra por omissão. Nem sequer é grave que aqueles que devem ser os melhores de todos não o saibam, disse a ministra por omissão. Isto apesar da lei de Lavoisier ser o fundamento de TODA a Química.
A ministra estava a par do que ocorreu, decidiu (bem!) pela compensação aos lesados pelos erros dos exames mas, como "não houve erros nenhuns" os lesados passaram a beneficiados e, logo, todos os outros também têm direito.
A ministra nunca foi culpada pela gigantesca falta de qualidade profissional dos professores portugueses, é culpada por a tentar esconder. Não é da competência dela formar professores mas é defender os cidadãos dos professores mal formados. Fez o contrário. A ministra não só está a par da situação como foi ela a provocá-la.