Como se não se soubesse já, Santana Lopes anunciou ontem a possibilidade de voltar a lutar pela liderança.
Ora, não é possível uma boa liderança, se o líder não souber o que quer liderar. E é logo nesta identidade que começa a grande confusão de PSL. A verdadeira identidade do partido que toma como seu, que define a sua natureza, é PSD/PPD e não PPD/PSD, como lhe chama, o que faz toda a diferença. Por isso, o partido que Santana Lopes pretendeu e pretende liderar é um partido que não existe, um conjunto vazio. O líder criou uma realidade virtual, afeiçoada à sua maneira de ser, e tomou-a como verdadeira. Assim, o PSD nem sequer esteve nas últimas eleições.
Mas também não é possível uma liderança sem líder forte e convicto.
Na anterior campanha do PPD, apareceu um líder vitimizado: os irmãos mais velhos davam-lhe bofetadas, alguns enjeitavam-no e não queriam aparecer na fotografia, nem atendiam os seus telefonemas, o Banco de Portugal não gostava dele, o Presidente da República demitiu-o, etc, etc. Ora esta forma de aparecer constantemente como um perseguido e um derrotado, sem força para se opor e vencer os seus adversários, é a maneira mais eficaz de negar qualquer liderança, mesmo que ela pudesse existir.
Essa ideia da vitimização continua viva em PSL, como se conclui do seu livro e da entrevista à RTP.
Assim sendo, que motivação se cria ao eleitor, ou mesmo ao militante, mesmo que de um hipotético PPD, para escolher um líder com este perfil de fraqueza, que nega logo qualquer liderança?
Ora, não é possível uma boa liderança, se o líder não souber o que quer liderar. E é logo nesta identidade que começa a grande confusão de PSL. A verdadeira identidade do partido que toma como seu, que define a sua natureza, é PSD/PPD e não PPD/PSD, como lhe chama, o que faz toda a diferença. Por isso, o partido que Santana Lopes pretendeu e pretende liderar é um partido que não existe, um conjunto vazio. O líder criou uma realidade virtual, afeiçoada à sua maneira de ser, e tomou-a como verdadeira. Assim, o PSD nem sequer esteve nas últimas eleições.
Mas também não é possível uma liderança sem líder forte e convicto.
Na anterior campanha do PPD, apareceu um líder vitimizado: os irmãos mais velhos davam-lhe bofetadas, alguns enjeitavam-no e não queriam aparecer na fotografia, nem atendiam os seus telefonemas, o Banco de Portugal não gostava dele, o Presidente da República demitiu-o, etc, etc. Ora esta forma de aparecer constantemente como um perseguido e um derrotado, sem força para se opor e vencer os seus adversários, é a maneira mais eficaz de negar qualquer liderança, mesmo que ela pudesse existir.
Essa ideia da vitimização continua viva em PSL, como se conclui do seu livro e da entrevista à RTP.
Assim sendo, que motivação se cria ao eleitor, ou mesmo ao militante, mesmo que de um hipotético PPD, para escolher um líder com este perfil de fraqueza, que nega logo qualquer liderança?
Os cidadãos querem líderes confiantes, convictos e vencedores. Como é que é possível captar votos para um líder que explicita de forma tão exuberante as fraquezas que os outros lhe apontam?
Nota:
O Partido nasceu como PPD, porque o nome PSD ficou prejudicado pelo registo anterior, em 1974, de um PSDC (Partido Cristão Social Democrata). Logo que este desapareceu, o PPD alterou a designação para PSD, juntando-lhe a anterior designação PPD, a qual iria caindo à medida que o Partido se tornasse mais identificado com a nova sigla.
O Partido nasceu como PPD, porque o nome PSD ficou prejudicado pelo registo anterior, em 1974, de um PSDC (Partido Cristão Social Democrata). Logo que este desapareceu, o PPD alterou a designação para PSD, juntando-lhe a anterior designação PPD, a qual iria caindo à medida que o Partido se tornasse mais identificado com a nova sigla.
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarAinda há dias falei do Dr.Santana Lopes no meu blogue, numa das revistas de imprensa semanais que faço. Como também já disse aqui, podemos ou não concordar com os conteudos da acção política do Dr.Santana Lopes, mas existem factos que não podem ser descurados. Se é verdade que a derrota eleitoral das legislativas foi pesada para o PSD, não é menos verdade que essa derrota foi consequência não só das acções do então primeiro-ministro de Portugal mas de ataques, por vezes injustos, que muitas vezes provieram de dentro do próprio partido. Temos que também salientar, que apesar de Marques Mendes ter conduzido o PSD a uma vitória nas autárquicas ( eleições que dependem essencialmente dos candidatos locais, mas que mesmo aí, poderiamos considerar que foi Santana Lopes que em primeira instância roubou a câmara da Capital nas eleições anteriores) e de o mesmo Marques Mendes ter apoiado um candidato vencedor nas Presidencias ( que venceu pelo seu próprio capital político ) no que respeito ao domínio da oposição executiva existe um verdadeiro deficit. Sondagens são sondagens, mas o que é certo é que em todas elas Marques Mendes, estando na oposição há mais de um ano e meio, consegueria um resultado pior que o alcançado por Pedro Santana Lopes em condições, como já referi, muito especiais e particularmente dificeis.