Saí do país com “declarações” de Ana Gomes; regressei ao país com “declarações” de Ana Gomes. A respeito dos voos da CIA, a senhora anda num frenesim intenso, numa obsessão atroz, num “stress” agudo, mas já crónico, numa inquietação doentia. É um lamentável problema pessoal.
Mais lamentável, porque só aumenta o problema da senhora e nos massacra a todos, é o facto de ter, em qualquer parte onde se encontre ou vá, uma câmara e um microfone solícitos e sempre disponíveis a relatar as suas contínuas crises.
Crises essas que já lhe foram diagnosticadas não só pelo Governo do seu partido, como também pelo seu próprio partido, em Portugal, e ainda pelos seus colegas socialistas portugueses no Parlamento Europeu.
Hoje, o massacre informativo é que a senhora revelou que ouviu dizer que outros viram “ coisas estranhas” num qualquer aeroporto dos Açores.
Normalmente, as verdades reveladas têm na base as audições e visões estranhas dos profetas. Por isso, não me admira muito que esteja a nascer uma nova profetisa. Mas esta com a grande vantagem inicial de não ter que se esforçar muito para propagar a sua doutrina, já que nasceu com microfone incorporado e feixes móveis prontos a emitir!...
O que mais nos irá acontecer neste Novo Ano, com tão pouco auspiciosa amostra informativa inicial?
Mais lamentável, porque só aumenta o problema da senhora e nos massacra a todos, é o facto de ter, em qualquer parte onde se encontre ou vá, uma câmara e um microfone solícitos e sempre disponíveis a relatar as suas contínuas crises.
Crises essas que já lhe foram diagnosticadas não só pelo Governo do seu partido, como também pelo seu próprio partido, em Portugal, e ainda pelos seus colegas socialistas portugueses no Parlamento Europeu.
Hoje, o massacre informativo é que a senhora revelou que ouviu dizer que outros viram “ coisas estranhas” num qualquer aeroporto dos Açores.
Normalmente, as verdades reveladas têm na base as audições e visões estranhas dos profetas. Por isso, não me admira muito que esteja a nascer uma nova profetisa. Mas esta com a grande vantagem inicial de não ter que se esforçar muito para propagar a sua doutrina, já que nasceu com microfone incorporado e feixes móveis prontos a emitir!...
O que mais nos irá acontecer neste Novo Ano, com tão pouco auspiciosa amostra informativa inicial?
Parece-me haver a falta de alguém que diga "Oh, mulher... CALA-TE!". Parece-me...
ResponderEliminarTantas têm sido as intervenções desta senhora de carácter fundamentalista, que quase parecerem atitudes desmioladas, que me apetece chamar-lhe a Passionária portuguesa, sem ofensa para esta figura política espanhola, que tinha carisma e era inteligente.
ResponderEliminarA nossa preocupação devia ser averiguar toda a verdade acerca da alegada passagem do "Guantánamo Express" por Portugal e não tanto o "tempo de antena" da Sr.ª Eurodeputada Ana Gomes.
ResponderEliminarJaime
www.blog.jaimegaspar.com
Em tempos que já lá vão também eu não resisti à tentação de escrever sobre a senhora. Pois fui veementemente chamado a atenção para não perder tempo com análises de casos que têm causas que não estavam ao alcance dos meus conhecimentos. Ou seja, não era matéria do meu foro.
ResponderEliminarCalou-me fundo esse argumento.
E nunca mais comentei o que quer que fosse que saisse daquela boca.
O post do Pinho Cardão é uma tentação. Mas vou resistir. E preparar-me para escrever sobre uma outra picareta falante: o senhor ministro da saúde.
A sra Dra Ana Gomes já não carece das nossas preocupações! Os srs membros do governo, e seus camaradas de partido, particularmente o Sr MNE já cuidam de tratar das declarações da sra deputada, perdão euro...
ResponderEliminarOs ares asiaticos devem ter feito mal à sra! Muita humidade...
Muitas vezes, é necessário conhecer o perfil psicológico e a deliberada trajectória de pessoas que se consideram publicamente importantes e intervenientes nos acontecimentos do Mundo – e que detêm, para além de categorias na Administração Pública, cargos políticos.
ResponderEliminarA ambição de protagonismo e de política – portanto, de poder – levou o personagem em questão a uma luta sem quartel na Indonésia. Como socialista, foi nomeada por ser da confiança político-partidária do então nosso Governo socialista. Ninguém lhe fez mal – nem cá, nem lá. A diplomacia adquire várias formas, consoante os objectivos. E não é para brincadeiras quando se identifica uma questão prioritária, como era a de Timor.
Os dossiers técnicos são, evidentemente, fulcrais; o estilo pessoal, esse, é tão importante nas empresas como nos governos.
Estamos longe do conflito Leste-Oeste (saudoso), em que a URSS procurou, muito mais sabia, calma e distantemente do que no caso cubano, implantar um regime comunista no semi-defunto Território Português de Timor. A par dos graves confrontos então ocorridos, as Autoridades Portuguesas permitiram, na prática, que a Indonésia ocupasse a ilha – rapidamente e em força. Qualquer outro país, sob pena de engendrar um "alien" dentro de si, teria na altura – sem hesitações – feito o mesmo.
Timor tornou-se independente, com uma solução “negociada, justa e abrangente”. Talvez a única remissão nacional do desbarato verificado nos territórios – e suas populações – do Ultramar. Todos ficámos muito satisfeitos, sem nos termos apercebido das deficiências e fragilidades de política – económicas e petrolíferas só na cabeça dos jornalistas e viciados de televisão – de que o próprio território enfermava.
O personagem em questão não podia desconhecer as contendas e os denominadores locais por acompanhar, amadurecer, conduzir e negociar. Altos responsáveis das Comissões da ONU, incluindo o seu Secretário-Geral, declararam que foi prematura e insuficientemente preparada e executada a independência de Timor-Leste.
Passaram-se os anos e o personagem em questão é Deputado no Parlamento Europeu. Até porque é conhecida a sua sorte dentro do Partido Socialista, quando tentou por tudo – tudo ou nada – o arranjo com o então Presidente da República, por ocasião da partida do então Primeiro-Ministro Durão Barroso. Além da sua doentia hiper-actividade e necessidade de proeminência, tal explica em muito o que agora se passa.
Os chamados voos da CIA toda a vida existiram, como toda a vida todos os países tiveram que transportar por via aérea, rodoviária ou naval, passando por territórios de outros países, com licença prévia, criminosos ou terroristas. Invoca-se que, tratando-se de detidos civis, deveriam sempre ter sido feitos em voos civis, em cujo caso – no nosso caso – não poderiam fazer escala senão nos respectivos aeroportos nacionais.
É um perfeito absurdo, para não dizer aborto dos interesses nacionais e das obrigações que cada país tem para com os seus aliados.
O personagem em causa, deputado de um Parlamento que é legal mas que padece de legitimidade – com competências excessivas e sem suporte eleitoral absoluto – faz agora figura de irresponsável e de pouca portugalidade, a par de alguns seus pares de outros países nossos sócios, por desdenhar os altos interesses de segurança nacionais e da União Europeia e por, através da rede de jornalistas incessantemente acarinhada e alimentada durante anos, pretender mais uma vez obter notoriedade pública.
Caro Sr. Antunes Pedroso, parece-me que no que toca aos voos da CIA, passou ao lado da questão.
ResponderEliminarO problema com os alegados voos não é poder-se ou não transportar detidos (desde que detidos legamente, com respeito pelos seus direitos humanos e sem serem torturados) por território nacional, e também não é os voos serem civis ou não.
Tanto quanto sei do assunto, o problema é suspeitar-se que os detidos alegadamente transportados
- encontravam-se detidos de forma ilegal,
- eram sujeitos a violações dos seus direitos humanos e
- eram torturados.
Jaime
www.blog.jaimegaspar.com
Caro Jaime,
ResponderEliminarNão passei ao lado da questão porque não era essa a matéria que se discutia. Aludi brevemente ao “problema” dos chamados voos da CIA. Esse não era o ponto.
Se puder, caro Jaime, faça prova de que os detidos sofreram essas injustiças e maus tratos, por um lado, e identifique as vezes que o nosso País fechou os olhos a isso e autorizou os tais voos da CIA, por outro. Seria inconcebível que os Governos dos Países da UE fornecessem a este grupo de parlamentares europeus, arrependida e obedientemente, as verdadeiras listas dos voos. Uma Grã-Bretanha, uma França, uma Itália, já para não falar nos antigos países de Leste, nunca o farão. Não é matéria para curiosos, como compreenderá.
As três determinantes que aponta foram identificadas, salvo erro, por esse grupo de deputados europeus, cujo conteúdo é aliás correcto, à luz de todas as Convenções, Acordos e Tratados sobre a matéria ou incluindo-a – ainda que haja dúvidas quanto à definição da ilegalidade de deter criminosos de alta perigosidade (extraterritorialidade?). O problema é que decidiram chatear e formalmente interrogar os Governos dos Países da União, arvorados desta vez não só em anti-americanismo como em inquisidores de boas práticas dos Estados-membros.
E aí tem este espectáculo lamentável da deputada europeia socialista – espectáculo que deu já em vários países europeus nossos sócios, não sei se sabe – para incómodo escusado do nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros, que, como calcula e independentemente de ser socialista ou conservador, tem mais que fazer pelo nosso País do que andar a jogar à apanhada com televisões, jornalistas e alguns deputados nacionais, também eles ávidos de capitalizar com pretensas defesas de Direitos Humanos.
Aquilato como boa a premissa de priorizar – fatalmente de modo cartesiano – os altos interesses dos Estados relativamente a ameaças concretas ou a entidades que as escamoteiam e confundem, em nome de direitos de detidos. E veja bem o ridículo. As televisões não podem estar mais satisfeitas: atordoam e alienam sem cessar o enorme público seu consumidor e – explorando ao máximo os próprios detidos – vendem mais carros, detergentes e comida.
Pugnarei sempre pelos Direitos Humanos, mas infelizmente não posso de maneira irracional hipotecar em toda a linha sérias questões de segurança e de lealdade – de que depende a vida do caro Jaime, da sua Família e dos seus Amigos. Compreendo as preocupações das pessoas pela sorte de outras; não compreendo a irresponsabilidade política de certos deputados europeus, em geral, e da referida deputada europeia, em particular.
Caro Sr. Antunes Pedroso,
ResponderEliminarPessoalmente não tenho provas. Mas também o caro Sr. não deve ter pessoalmente provas da existência do holocausto, mas julgo que não duvida dele. Posso no entanto sugerir-lhe este link onde pode encontrar um resumo das acusações de tortura feitas por alguns dos detidos.
Quanto a ter havido injustiças parece-me que os próprios EUA libertaram alguns dos detidos por concluírem que eram inocentes (não posso dar a certeza porque estou a dizer de memória). Mas mesmo que os detidos sejam culpados de todos os males do mundo, isso não justifica o tratamento que eles alegam.
Não concordo que o alegado tratamento dos detidos seja correcto à luz de convenções, acordos e tratados. A alegada tortura é contra a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Quanto a ilegalidades, por exemplo o Supremo Tribunal dos EUA considerou ilegal não permitir aos detidos contestarem a sua detenção junto dos tribunais (refiro novamente o link para isto). As alegadas torturas a serem verdade serão ilegalidades.
Compreendo a sua opinião de que a actuação dos EUA garante em parte a minha segurança, mas devo-lhe dizer que eu não me sinto mais seguro. Pelo contrário, sinto-me menos seguro por estar num mundo onde os EUA alegadamente fazem o que fazem.
Refere-se uma vez aos detidos como «criminosos de alta perigosidade». Gostaria de lhe recordar que a culpa dos detidos não foi provada em tribunal, pelo que eles são só "suspeitos de serem criminosos de alta perigosidade".
Finalmente, gostaria de deixar uma lista de alegadas torturas (tiradas do link):
- isolamento,
- tortura do sono,
- exposição ao frio e calor,
- passar fome,
- posições desconfortáveis,
- humilhação e abuso sexuais,
- insultos religiosos,
- simular afogamento (waterboarding),
- choques eléctricos e
- espancamentos até à morte.
Jaime
www.blog.jaimegaspar.com
Caro Jaime,
ResponderEliminarTemos necessariamente opiniões diferentes, resultado de distintas abordagens e concepções da realidade. Isso é bom. Amigos à mesma, hein?
Cumprimentos do
Antunes Pedroso
Caro Sr. Antunes Pedroso,
ResponderEliminarAmigos, naturalmente. Não é por causa de debates saudáveis que as pessoas se aborrecem umas com as outras. :-)
E ainda podíamos discutir o aborto (cuja discussão é a moda do momento), debate em que suponho que voltaríamos a ter posições opostas. :-)
Cumprimentos,
Jaime
www.blog.jaimegaspar.com
Pois é, caros amigos: o 4R, como local neutro para um e para outro, está à vossa disposição para discordarem sempre que lhes apetecer...desde que com o nível que tem presidido às vossas discordâncias!...
ResponderEliminarObrigado por disponibilizar este espaço, caro Sr. Deputado Pinho Cardão.
ResponderEliminarCumprimentos,
Jaime
www.blog.jaimegaspar.com
Ex, meu caro Jaime, ex!...
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão: permita-me que comece por saudar o meu antigo "colega de carteira na AR" e desejar-lhe um Ano Novo mais feliz do que este seu post auspicia.
ResponderEliminarConcordo consigo e com Sr. Antunes Pedroso:
1- Já há muito que é impossível aturar a sra. Começa a ser tão mau ouvi-la como ter de ouvir um discurso de 4h do Fidel no tempo em que era mais do que o zombie actual.
2- A actuação do PE é lamentável e, do meu modesto ponto de vista, ilegítima visto que é aos parlamentos nacionais que cabe a fiscalização da actuação dos seus respectivos governos.
3- Isto é o que acontece quando temos umórgão que tenta pôr-se em bicos de pés para disfarçar a sua irrelavãncia e aus~encia de credibilidade junto dos cidadãos europeus.
4- Se eu fosse PM de Portugal, a única informação que a Comissão do PE recebia era um exemplar da Constitução Portuguesa.