Ponto final numa ilusão. A de pensar que quem sempre utilizou o terror para impor os seus pontos de vista, quem demonstrou vezes e vezes sem conta desprezar a vida humana, quem sacrificou gratuitamente e sem hesitações nem arrependimento a vida de inocentes, poderia ser digno de confiança. Só os tolos admitem negociar com quem não merece confiança.
Com o terrorismo não se negoceia. Eis um princípio que até hoje não viu contestada a sua validade. Pelo contrário. O atentado de Barajas só veio afinal confirmá-lo.
Que dirão hoje os nossos ilustres concidadãos (lembram-se de algum?) que aplaudiram entusiasticamente a decisão do PSOE de por o governo espanhol a negociar com o terrorismo da ETA?
Terrorista é uma questão de perspectiva. Ainda ontem lia quem chamasse terrorista aos anti-fascistas chilenos que foram mortos por Pinochet.
ResponderEliminarEu não aplaudi porque seria dificil, mas concordei com a iniciativa. Se, na perspectiva ETA, não fossem terroristas, a algum acordo teriam chegado. Mas isso só se poderia ter chegado( as autoridades espanholas ) à conclusão agora. Porque acordos com exércitos de libertação (na perspectiva ETA) já se fizeram dezenas na história.
Libertação de quê, caro Tonibler? Nesta caso, claro.
ResponderEliminarSe a ETA tivesse de si a opinião de que é um exército de libertação, veria um acordo como um caminho natural da luta. Não viu. Mas isso dependeu só deles, não das autoridades espanholas (acho...). Estas agiram bem e não vejo onde é que perderam por terem agido assim e, se tivessem acertado, tinham ganho bastante.
ResponderEliminarClaro que tudo isto parte do pressuposto que os atentados recentes foram responsabilidade da ETA. O 11 de Março tb começou por ser culpa deles...