Inspirado no exemplo de Wangari Maathai, a queniana a quem foi atribuído o Nobel da Paz em 2004 que liderou um movimento responsável pelo plantio de milhões de árvores por vários dos países africanos, o Programa para o Ambiente da ONU (PNUA) desafia as instituições políticas centrais e locais, as empresas e em geral a sociedade civil dos Estados a promover a reflorestação, plantando mil milhões de árvores durante o ano que agora se inicia.
Trata-se de um excelente programa, esperando-se que o mundo a ele adira.
Compensar não só os milhares de hectares de floresta que diariamente se perdem, mas também apostar nas cidades verdes, é um projecto que só pode ser acarinhado pela comunidade internacional pelos beneficios colectivos que serão colhidos do seu sucesso.
Espero que Portugal adira. É uma oportunidade de se reporem vastos activos biológicos perdidos nos desvastadores fogos florestais. Mesmo em tempo de dificuldades financeiras, oxalá o governo, as autarquias, a sociedade, saibam fazer as contas. Neste caso as contas não se fazem tendo em vista o curto prazo, mas sim os benefícios que uma floresta sustentável trará no futuro. Benefícios no plano económico de que o País de resto vem tirando vantagem há muitos anos. Mas também no combate à poluição, à erosão e à desertificação. Na protecção da paisagem. Na defesa da diversidade biológica através da recuperação de habitats.
Do governo espera-se que os estímulos financeiros ou fiscais sejam pensados em função da mais valia para o País no desenvolvimento das actividades ligadas à floresta.
Mas esta é também um oportunidade de corrigir os erros das políticas de florestação levadas a cabo no passado, apostando mais nas espécies autóctones, aspecto que igualmente preocupa o PNUA que garante assistência técnica de modo a evitar que este programa favoreça a alteração dos ecossistemas pela introdução de espécies inadequadas.
Ora aí está uma boa sugestão, caro Ferreira de Almeida!...
ResponderEliminarPor mim, sobretudo através da minha mulher, lá vou plantando uma boas arvorezitas por ano!...
E eu sou testemunha, meu caro Pinho Cardão, que o gesto é retribuído pela natureza que vos brinda com um belissimo jardim num dos mais belos enquadramentos paisagisticos do mundo.
ResponderEliminarAlém disso, plantar uma árvore é um gesto de paz. De homenagem à vida e ao que a vida tem de mais encantador.
Também por isso o programa é importante. São mil milhões de gestos de paz num mundo que vive a angústia permanente do terror.
É pena que este desafio tenha que ser lançado exactamente aos mesmos países que levaram por diante políticas de desvalorização ou até de destruição dos habitats florestais.
ResponderEliminarEsperemos bem que o Governo corresponda ao desafio. Não pode é cair no erro de olhar para reflorestação como mais uma despesa corrente, em lugar de a considerar uma despesa de investimento, que colherá benefícios no futuro.
A óptica da tesouraria condena em absoluto o investimento, hipotecando inexoravelmente o futuro.
Temos muitos casos assim...
O problema é que a maioria de nós com 3 assoalhadas, 98m2, 3 crianças, temos alguma dificuldade em enfiar lá as arvorezitas, porque nem todos têm "os quintais" do dr PC(!!!!)
ResponderEliminarA gente até gostava de colaborar. Mas se formos plantar arvores no jardim aqui do bairro, ou no quarteirão da minha prima, vem a Policia Municipal e ainda pagamos uma coima!
Meu caro RuiVasco, 98 m2 ainda dá para uns tantos bonsai...
ResponderEliminarPois JMFA...só dá, pensei nisso! Mas não sei se isso conta!
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