Não sei se a Atlântida terá sido mais interessante que os Açores, tenho as minhas dúvidas. É difícil acreditar na lenda que situava naquele paraíso uma civilização de discos voadores…!
Mesmo no Inverno, sem as hortênsias azul e rosa a riscar montes e estradas, há flores e cor nas sebes de cameleiras enormes a separar veredas e quintais, nos maciços de azáleas rosa vivo, nas estrelícias, jarros e dedaleiras cor de fogo a forrar as encostas com a sua folhagem grossa verde-brilhante.
Gosto imenso do português falado nos Açores. Aquele sotaque brumoso, em que toda a estridência é aplainada para caber na boca redonda apenas aberta para o som ser audível. As palavras são enroladas na língua e saem como novelos de que é preciso encontrar a ponta, lá vem o “l” bailarino, o “u” assobiado” e o nasalado no fim da palavra, um pouco interrogado, como se a conversa fosse continuar.
É preciso habituar o ouvido àquele cantar suave, macio, da nossa língua vestida com o traje regional dos Açores…
Mesmo no Inverno, sem as hortênsias azul e rosa a riscar montes e estradas, há flores e cor nas sebes de cameleiras enormes a separar veredas e quintais, nos maciços de azáleas rosa vivo, nas estrelícias, jarros e dedaleiras cor de fogo a forrar as encostas com a sua folhagem grossa verde-brilhante.
Gosto imenso do português falado nos Açores. Aquele sotaque brumoso, em que toda a estridência é aplainada para caber na boca redonda apenas aberta para o som ser audível. As palavras são enroladas na língua e saem como novelos de que é preciso encontrar a ponta, lá vem o “l” bailarino, o “u” assobiado” e o nasalado no fim da palavra, um pouco interrogado, como se a conversa fosse continuar.
É preciso habituar o ouvido àquele cantar suave, macio, da nossa língua vestida com o traje regional dos Açores…
Talvez não exagere, se declarar aqui, agora, que na impossibilidade de visitar aquele arquipélago misterioso, que me atrai ha já longos anos e que ainda não tive oportunidade de conhecer, me considero ressarcido pela "tela-sonora" que acaba de nos oferecer.
ResponderEliminarObrigado, cara Suzana.
Suzana
ResponderEliminarQue bem cantou o cantar Açoriano. Obrigada.
Tenho sempre muito respeito pelos cantares das gentes, porque além de neles descobrirmos muito encanto, não seria capaz de os cantar.
Viajar é mesmo uma das coisas que vale a pena fazer. Conhecer, admirar, aprender, escutar, recordar e muito mais, que nos faz crescer e gostar cada vez mais da vida...
Meus Ilustres e Caros Autores do 4R - Quarta República,
ResponderEliminarInformo que apartir de hoje até ao proximo domingo vou estar ausente do vosso excelente Blog.Vou para um sitio tambem com a sua beleza Paisagista e encantadora(não para a Ilhota do Tio Alberto).Vai ser bom para os ilustres Autores, que vão passar um tempo em descanso e livres de um comentador incomodo, para mim, vou entrar numa fase de reflexão e penitência devido ao Bombardeamento que tenho deixado.
Contudo, um bom fim de semana,
Pedro Sergio (Palmela)
PS-Vou sentir a vossa falta!!!
Boas férias, caro Pedro Sérgio, já sabe que no 4r há o hábito de trazer recordações escritas das viagens...Cá ficamos a sentir a falta dos seus comentários e a única coisa de que deve penitenciar-se é da ausência :)
ResponderEliminarCaros Bartolomeu e Margarida, há mesmo muito para apreciar nos Açores e umas boas férias devem ser capazes de nos despertar para as grandes e pequenas maravilhas que o dia-a-dia não nos deixa ver...
O seu "incómodo", meu caro Pedro Sérgio, é sempre bem vindo neste espaço. "Bombardeie-nos" sempre que queira, com as suas opiniões e sentimentos porque o espaço da 4R é, nessa medida, genuinamente democrático.
ResponderEliminarE se outras paragens o acolherem, aqui ficamos à espera, como refere a Suzana, de impressões.
Até sempre que queira.